segunda-feira, 23 de março de 2015

Eu vim para servir

Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo de Juiz de Fora (MG)

A Campanha da Fraternidade deste ano de 2015 tem como lema “Eu vim para servir”, expressão tirada da palavra de Cristo registrada por São Marcos em seu evangelho: “Eu vim para servir e não para ser servido” (Mc 10, 45).

Toda pessoa humana se realiza pela prática do bem, da generosidade, da misericórdia. Servir gratuitamente vale mais que qualquer remuneração material. O contrário seria culto ao egoísmo e à ganância, o que não dignifica a ninguém. Também a Igreja quer ser servidora, solidária e só se realiza com a prática destas virtudes, pois assim lhe ensinou seu fundador, Jesus. Em que a Igreja quer servir? Em tudo aquilo que dignifica a pessoa humana, em tudo aquilo que leve o planeta e a raça humana serem melhores, mais conformes ao plano do Criador.
Um dos problemas ameaçadores da humanidade hoje é o cuidado com a ecologia. Vivemos num planeta cada vez mais complicado com certas situações, pois o próprio ser humano, que deveria cuidar muito bem de seu habitat natural, coloca-o em risco de sobrevivência. A natureza se compõe de muitos elementos que convivem harmoniosamente, como um jardim de muitos matizes que se completam de forma equilibrada, resultando na formação da beleza natural que encanta e emociona. A imagem do jardim do Éden, descrito no livro do Gênesis, traduz esta realidade harmoniosa entregue pelo Criador ao homem e à mulher. Porém, submissos ao pecado, ao invés de cuidar amorosamente do seu espaço, o ser humano faz queda no egoísmo, e coloca em risco a criação.
Na realidade atual, os cientistas têm alertado, com frequência, a respeito do aquecimento global, sobre o efeito estufa, sobre as mudanças climáticas, afinal sobre o novo comportamento da natureza. O ser humano não é apenas usuário da natureza, nem só seu desfrutador, mas é parte integrante e como tal é parte interessada. Porém, com ele, todo o sistema é também todo ele interessado. Quando faltam condições de vida, faltam-nas para as pessoas, para os animais, para os vegetais, afinal, para o planeta.
Tais preocupantes mudanças experimentadas, sobretudo de 30 anos para cá, têm causado situação realmente alarmante. As causas são muitas, porém as mais graves são as antropológicas. A pessoa humana tem utilizado mal os recursos naturais. Porque não sabe? Não, propriamente. A maioria das pessoas sabe que respeitar a natureza é algo necessário, bom e indispensável para que se possa viver bem. Porém, há um fator inebriador, massificante da consciência que é a sede de lucro. Um provérbio latino cabe bem aqui: Auri Sacra Fames. De fato, a fome execranda do ouro ilude a mente humana e embota o espírito. Por causa do dinheiro fácil e volumoso, desmatam-se florestas, sem recompô-las, ajuntam-se lixos nos lixões que produzem gases entorpecentes e líquido venenoso agredindo o ar, as águas, matando os pássaros, os peixes, as árvores e causando danos ao ser humano direta e indiretamente. A poluição das chaminés, dos canos de descarga dos veículos e outros elementos poluentes continuam envenenando a atmosfera produzindo danos ao planeta.
A Campanha da Fraternidade conclama a todos para um grande mutirão de serviço global, ou seja, propõe união inteligente para vencermos juntos nossos problemas comuns. Quer ser a voz dos que crêem em Deus, Pai - Criador, e a partir da Palavra revelada, deseja prestar um serviço à pessoa humana alertando, formando, despertando as consciências para dizer que ainda é tempo de salvar a natureza, e proteger o planeta para que este continue sendo um lugar de vida e não uma ameaça de morte.
Servir é também semear esperança e convidar para a ação positiva que se dará por uma movimentação educativa, a fim de que os homens e as mulheres saibam cuidar melhor do jardim de Deus oferecido gratuitamente a todos nós.
 Fonte: CNBB

domingo, 22 de março de 2015

"Vemos que o papa está respondendo às necessidades da Igreja no mundo atualmente", afirma presidente da CNBB

O primeiro papa latino-americano da história completa dois anos de pontificado. Jorge Mario Bergoglio foi eleito no dia 13 de março de 2013, assumindo a direção espiritual de mais de 1,2 bilhões de católicos. Por onde passa, arrasta multidões. Sob o nome de Francisco e focado na simplicidade, o novo papa não demorou a ganhar o título de uma das personalidades mais carismáticas do mundo.
Em um momento de crise econômica mundial, os gestos simples do papa e o cuidado com os pobres e idosos conquistaram os católicos. A partir de seu pontificado, é possível ver fiéis abrindo as portas para o acolhimento e o diálogo com grupos excluídos da sociedade. 
Neste ano, o pontífice enfrenta dois desafios: a reforma da Cúria, projeto lançado ainda em 2013; e a resposta aos desafios da família moderna e sua evolução, com o Sínodo dos Bispos, que será realizado em outubro, no Vaticano.
Sobre o Papa
O arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis, durante entrevista coletiva à imprensa nesta quinta-feira, 12, concedida ao final da reunião do Conselho Permanente da Conferência, convidou os jornalistas a rezarem um Pai-nosso pelo papa Francisco. Dom Damasceno desejou saúde e um ministério frutuoso ao papa. “Nós achamos que a escolha (no conclave) não foi só nossa, mas que os cardeais foram muito inspirados pelo Espírito Santo. Comemoramos dois anos da eleição do papa Francisco, pastor universal da Igreja e bispo de Roma. Rogamos à Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil e nossa mãe, que continue a abençoar e proteger nosso querido papa em sua missão de pastor à serviço de toda Igreja”, disse o cardeal.
Dom Damasceno recordou ainda o carisma de Francisco. "Vemos que o papa está respondendo às necessidades da Igreja no mundo atualmente, haja visto a simpatia com que é acolhido por onde passa, o carinho com que é recebido, sua maneira informal de se aproximar das pessoas e sua capacidade de comunicação”, afirmou o arcebispo.
 Ao final ressaltou a maneira transparente com que Francisco trata sobre diversas questões, mesmo internas. “São marcas do governo do papa Francisco e corresponde às necessidades da sociedade de um modo geral, no momento em que vivemos”, concluiu.
Lições de Francisco
A fim de demonstrar seu desejo de mudança, o papa concedeu a um pequeno jornal de um bairro periférico de Buenos Aires, na Argentina, seu país de origem, uma entrevista exclusiva por ocasião dos seus dois anos de pontificado.
O papa fala aos fiéis acerca da perda da sensibilidade, buscando resgatar a ideia da importância de se comover e solidarizar com a dor do outro. “[…] no mundo de hoje falta o pranto! Choram os marginalizados, choram aqueles que são postos de lado, choram os desprezados, mas aqueles de nós que levamos uma vida sem grandes necessidades não sabemos chorar. Certas realidades da vida só se veem com os olhos limpos pelas lágrimas”, disse o papa durante visita à Ásia. Além disso, Francisco costuma falar de esperança, sentimento escasso na sociedade atual.
A mensagem de Francisco tem alcançado o mundo, mas principalmente o seu continente, a América, região onde vive grande parte dos católicos.
No dia 17 de dezembro do ano passado, dia de seu aniversário de 78 anos, Francisco propiciou, por meio de seu prestígio, o início das negociações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos, contribuindo, assim, para a abertura de uma nova fase para a história de toda a América.
Fonte: CNBB

sábado, 21 de março de 2015

Placas antigas divulgam a vida dos exilados judeus na Babilônia

Uma pouco conhecida coleção de mais de 100 placas de argila em escrita cuneiforme, que remonta ao Exílio Babilônico cerca de 2.500 anos atrás, foi revelada, o que permite um vislumbre da vida cotidiana de uma das comunidades mais antigas de exilados do mundo.
Prof. Wayne Horowitz, um dos arqueólogos que estudaram as placas, diz que este é o arquivo judaico antigo mais importante desde a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto.
Graças ao costume babilônico de inscrever cada documento com a data, de acordo com o ano do monarca no poder, os arqueólogos puderam datar as placas entre 572 e 477 aC. A placa mais antiga na coleção foi escrita cerca de 15 anos após a destruição do Primeiro Templo por Nabucodonosor, o rei caldeu da era neo-babilônica, que deportou os judeus para a Babilônia. A mais recente foi escrita cerca de 60 anos após o retorno de alguns dos exilados a Sião, que foi permitido pelo rei Ciro da Pérsia em 538 aC.
Até agora, muito pouco era conhecido sobre a vida da comunidade judaica que tinha sido arrancada de Jerusalém e deportada para a Babilônia. A coleção também corresponde com o texto bíblico em que o profeta Ezequiel escreve:"como eu no meio dos cativos, junto ao rio Quebar" (capítulo 1, versículo 1). O "rio Quebar" ou "aldeia do rio Quebar" aparecem várias vezes sobre as placas.
Os estimados 80.000 judeus que permaneceram na Babilônia-Iraque após o retorno a Sião formaram o que viria a se tornar uma das comunidades mais antigas de exilados do mundo, existente por cerca de 2.500 anos sem interrupção até 1948. — www.haaretz.com, 29 de janeiro de 2015
Somos lembrados aqui do Salmo 126: 1-2 : "Quando o Senhor trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham. Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o Senhor a estes." Esse foi o segundo retorno de Israel a Sião: o primeiro é o seu regresso do Egito para Israel.
Hoje em dia, o terceiro de retorno está ocorrendo. Este terceiro e último retorno dos judeus à terra de Israel é descrito nos dois últimos versos do profeta Amós: "E trarei do cativeiro meu povo Israel, e eles reedificarão as cidades assoladas, e nelas habitarão, e plantarão vinhas, e beberão o seu vinho, e farão pomares, e lhes comerão o fruto. E plantá-los-ei na sua terra, e não serão mais arrancados da sua terra que lhes dei, diz o Senhor teu Deus." (Amós 9: 14-15). — Arno Froese
Fonte: Beth-Shalom


quinta-feira, 19 de março de 2015

Papa Francisco convoca Ano Santo da Misericórdia

“Pensei muitas vezes no modo como a Igreja pode tornar mais evidente a sua missão de ser testemunha da misericórdia. É um caminho que começa com uma conversão espiritual; e devemos fazer este caminho. Por isso decidi proclamar um Jubileu Extraordinário que tenha no seu centro a misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia”, disse o papa Francisco, no dia 13 de março, durante celebração da penitência, na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
O papa anunciou o Ano Santo da Misericórdia, que terá início no dia 8 de dezembro deste ano, na solenidade da Imaculada Conceição e, concluirá em novembro de 2016.
“Sede misericordiosos como o Pai” será o lema do Jubileu Extraordinário, versículo retirado do Evangelho de São Lucas.  A iniciativa convida os fiéis do mundo inteiro a celebrarem o sacramento da Reconciliação.
De acordo com comunicado da Santa Sé, a abertura do próximo jubileu irá acontecer no 50º aniversário do encerramento do Concílio Vaticano II e, “adquire um significado particular, impelindo a Igreja a continuar a obra começada com o Vaticano II”.
O Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, responsável pela organização das celebrações deste jubileu, recorda em nota oficial que o papa Francisco tinha afirmado no início de 2015 que se vivia “o tempo da misericórdia”. O lema episcopal do papa Francisco é ‘miserando atque eligendo’, que recorda passagem do Evangelho de São Mateus: “olhou-o com misericórdia e escolheu-o”.
Fonte: CNBB

quarta-feira, 18 de março de 2015

Israel e a Europa

Voltei recentemente de uma viagem à Alemanha onde atuei como conferencista num congresso profético. Muitos participantes daquele encontro demonstraram interesse em conhecer o papel desempenhado pela Europa na profecia bíblica, bem como queriam saber se a União Européia poderia ter alguma relação com o futuro reino do Anticristo. Eu lhes respondi que há a possibilidade de que a União Européia seja uma espécie de preparação para o reino do Anticristo durante a Tribulação. Suponho que, no fim, os Estados Unidos se envolverão cada vez menos na tentativa de solucionar o problema de Israel no Oriente Médio e que a União Européia se envolverá cada vez mais nesse processo. Um ou dois dias depois de chegar em casa, li a seguinte manchete na internet: “A União Européia espera exercer um papel na segurança de Israel”.[1]

A União Européia envolve-se em Israel

No artigo citado, Aaron Klein relata que fontes de informação lhe revelaram a existência de negociações secretas em andamento entre autoridades do governo israelense de Olmert, representantes palestinos do governo do presidente Abbas, o Egito na qualidade de mediador e a União Européia, com a contribuição dos Estados Unidos. Klein faz a seguinte observação: “Ao falar sob a condição de que seu nome não fosse revelado, um assistente de Javier Solana, chefe de política externa da União Européia, declarou que haverá uma evolução e mudanças políticas históricas nas negociações, num prazo de algumas semanas ou poucos meses, algo que não se via desde as conversações de paz de Camp David em 2000”.[2] (Nunca se esqueçam de que o Tratado de Oslo também foi negociado em sigilo para, depois, vigorar sobre o povo israelense praticamente como uma imposição). “Segundo fontes diplomáticas, Israel teria concordado em entregar a Cisjordânia aos palestinos num acordo com o presidente Abbas”.[3] Voltamos de novo ao mesmo ponto, à fracassada política de ceder terras em troca de paz, que sempre tem trazido mais morte do que paz para Israel.
De acordo com essas informações, a maior parte da Cisjordânia passaria ao controle palestino numa transição durante a qual a Cisjordânia, a princípio, sairia do controle israelense para o mando da União Européia e, por fim, seria entregue ao governo palestino. Com a União Européia que, pelo que parece, encontra-se no limiar de substituir os Estados Unidos na qualidade de principal influência externa no Oriente Médio (pelo menos em Israel), as coisas podem se encaminhar para uma realidade muito mais próxima daquela que a Bíblia prevê para os personagens que estarão envolvidos na aliança que marcará o início do período da Tribulação. Os personagens envolvidos são Israel e o revivificado Império Romano, do qual a União Européia parece ser a precursora nessa montagem do palco. Klein nos conta o seguinte: “Fontes da União Européia em Israel informaram ao WorldNetDaily que seus gabinetes aqui [i.e., em Israel] estão contratando novos funcionários a fim de lidarem com questões de segurança, relações públicas, diplomacia e coordenação regional. Elas afirmam que a expectativa é de que haja um aumento na carga de trabalho em virtude das iniciativas diplomáticas sigilosas que, segundo dizem, podem resultar numa retirada israelense da Cisjordânia”.[4]

A aliança de Israel com a morte

O texto de Daniel 9.27 declara: “Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele”. O pronome “ele”, mencionado no início do versículo, refere-se ao vindouro Anticristo. Por quê? Porque o antecedente mais próximo é uma nítida referência dele, conforme se lê: “e povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário” (Dn 9.26). Tal predição diz respeito à destruição de Jerusalém e do templo no ano 70 d.C. Portanto, o pronome “ele” faz alusão a alguém que viria depois daqueles que destruíram a cidade de Jerusalém e seu templo em 70 d.C. Esse alguém é o Anticristo, o qual, na qualidade de representante do ressurgido Império Romano, cumprirá os eventos descritos em Daniel 9.27 na metade da septuagésima semana de Daniel, conhecida como a Tribulação, que ainda está por vir. Mais informações detalhadas sobre esse ressurgimento do Império Romano podem ser encontradas nos capítulos 2 e 7 do livro de Daniel.
O profeta Isaías enuncia a razão pela qual o povo de Israel concordará em fazer tal aliança com o Anticristo (Is 28.14-22). Como sempre ocorreu em sua história pregressa, a nação de Israel aceitará a aliança com o Anticristo na tentativa de obter segurança e proteção contra os inimigos que a acossarão de todos os lados. O versículo 15 afirma: “Porquanto dizeis: Fizemos aliança com a morte e com o além fizemos acordo; quando passar o dilúvio do açoite, não chegará a nós, porque, por nosso refúgio, temos a mentira e debaixo da falsidade nos temos escondido”. Ao invés de firmar uma aliança de vida, como os líderes de Israel pensarão ter feito, a nação terá nesse pacto o marco inicial da Tribulação, o qual, na realidade, se constituirá numa “aliança com a morte” (Is 28.15,18).Em vez de ganhar proteção com a supervisão européia, Israel sofrerá o “dilúvio do açoite” (Is 28.15,18), uma metáfora que descreve a invasão militar. O versículo 18 diz: “A vossa aliança com a morte será anulada, e o vosso acordo com o além não subsistirá; e, quando o dilúvio do açoite passar, sereis esmagados por ele”. Mais tarde, por ocasião da metade do período da Tribulação, esse Anticristo romano, que no início da Tribulação dará garantia de proteção à nação de Israel, voltar-se-á contra o povo judeu e começará uma era de perseguição como nunca se viu (cf. Mt 24.15-22; Ap 12.1-7). Entretanto, será exatamente em meio a esse “açoite”, ao passarem pela experiência de serem “esmagados”, que os judeus, por fim, constatarão o fato de que Jesus de Nazaré era o seu Messias e O invocarão em busca de livramento. O mundo inteiro parece mover-se rapidamente em direção a esse momento, o tempo da Tribulação.

A União Européia e os símbolos satânicos

Também é interessante observar que a União Européia parece ser atraída por símbolos bíblicos que são utilizados para representar os oponentes de Deus. É fato que a bandeira da União Européia possui doze estrelas, as quais são uma idéia originária do inegável símbolo da mulher mencionada em Apocalipse 12.1; porém, o sentido contextual da colocação daquelas doze estrelas é diferente do sentido das Escrituras Sagradas. No contexto da União Européia, eles se aproveitaram de um símbolo divino e o perverteram para identificá-lo como o principal símbolo de sua união.
Outro importante símbolo da União Européia é o daEuropa – uma mulher montada numa besta. Isso tem nítida relação com o texto de Apocalipse 17, onde a mulher é identificada como uma prostituta montada na besta, uma simbologia que retrata o Anticristo e seu reino. Uma versão da moeda de 2 euros (aquela que representa a Grécia) ostenta a figura da mulher montada na besta. Por que há um fascínio tão forte por essa simbologia claramente satânica? Os governantes da União Européia são homens inteligentes, de boa formação educacional. A realidade é que tais líderes devem conhecer muito bem o significado bíblico dos símbolos que utilizam para representar a UE. Eu creio que eles, deliberada e intencionalmente, escolheram esses símbolos porque aspiram uma posição muito elevada para a União Européia. No conjunto de suas ambições encontra-se o governo mundial.

O edifício-sede do Parlamento Europeu em Estrasburgo

Durante nossa recente viagem à Alemanha, tomamos a decisão de ir à França para ver com nossos próprios olhos o novo prédio do Parlamento Europeu em Estrasburgo. Eu já tinha ouvido falar a respeito dele, mas queria vê-lo pessoalmente, enquanto estava de viagem naquela região. Exatamente como outros disseram, seu projeto arquitetônico assemelha-se a uma Torre de Babel inacabada. A implicação aludida nessa semelhança é a de que a União Européia está a caminho de, finalmente, unir o mundo inteiro. Esse, naturalmente, será o desejo e o objetivo do Anticristo...
Eu estava lá exatamente no momento em que se abria uma nova sessão do Parlamento; havia um burburinho de vozes oriundo dos membros em atividade e do pessoal da segurança. Foi realmente impressionante ver esse lugar.

Conclusão

Percebemos em nossos dias o crescente isolamento de Israel no cenário mundial, o que leva o povo judeu a realizar esforços para fazer alianças humanas que lhe proporcionem segurança, em vez de buscar a estabilidade no Senhor. Virá o dia no qual surgirá um líder europeu que, aparentemente, solucionará a crise no Oriente Médio pela instrumentalidade de uma aliança. Enquanto isso, Deus, através dos acontecimentos atuais, prepara o ressurgimento do Império Romano, que será a etapa final do reino humano, caracterizada pelos mais desmedidos esforços na luta contra o Deus Todo-Poderoso. Por toda parte ao nosso redor, há indícios precisos de uma efetiva montagem do cenário mundial. Para percebê-los, basta que saibamos olhar na direção certa e da maneira correta. Essa seqüência de acontecimentos abre caminho para os eventos maiores que se desenrolarão durante a Tribulação. Enquanto Deus prepara o mundo em que vivemos para o juízo, o crente em Cristo deve estar continuamente pronto para o serviço do Senhor; numa espera vigilante da iminente volta de nosso Senhor nas nuvens, para arrebatar a Sua noiva. Maranata! 
 Thomas Ice é diretor-executivo do Pre-Trib Research Center em Lynchburg, VA (EUA). Ele é autor de muitos livros e um dos editores da Bíblia de Estudo Profética.

Fonte: Beth-Shalom

segunda-feira, 9 de março de 2015

O Dom da Caridade

Cardeal Orani João TempestaArcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)

Neste tempo de Quaresma e da Campanha da Fraternidade é importante recordar que a nossa missão de solidariedade está baseada no amor fraterno, na caridade. Vivendo o ano da esperança em nossa arquidiocese e o ano da paz no Brasil refletir e colocar em prática a caridade que é um dom de Deus nos faz caminhar na construção da civilização do amor. Nesta cidade que completa 450 anos temos uma grande e importante missão: espalhar as sementes da boa notícia! E ao espalha-la somos chamados a ter atitudes que contagiem com o bem aos nossos irmãos!

Caridade é um termo derivante do latim “caritas”, que tem origem no vocábulo grego chàris. Significa um sentimento de ajuda a alguém sem busca de qualquer recompensa. A prática da caridade indica uma pessoa boa e de moral correta. A doutrina católica classifica a caridade como uma das virtudes teologais (Fé, Esperança e Caridade), “pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas, por si mesmo, e a nosso próximo como a nós mesmos, por amor de Deus” (CIC. 1822). O Apóstolo São Paulo traçou um quadro incomparável da caridade: “A caridade é paciente, a caridade é prestativa, não é invejosa, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade” (1 Cor 13, 4-7). São Paulo também não mede suas palavras quando afirma “A caridade é superior a todas as virtudes. É a primeira das virtudes teologais” (CIC 1826). “Permanecem fé, esperança, caridade, estas três coisas. A maior delas, porém, é a caridade” (1Cor 13, 13).
Jesus fez da caridade o novo mandamento, quando disse “Este é o meu preceito: amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo. 15, 12). Por sua adesão total à vontade do Pai, à obra redentora de seu Filho, a cada moção do Espírito Santo, a Virgem Maria é para a Igreja o modelo da fé e da caridade. A visita de Maria, grávida, a Isabel numa região montanhosa foi um belo exemplo da sua caridade. O Papa Emérito Bento XVI publicou, no dia 7 de junho de 2009, uma carta-encíclica titulada: “Caritas in Veritate” (Caridade na Verdade). Nesta encíclica, a “caridade” é aplicada às realidades do trabalho, da economia e do desenvolvimento em geral. A caridade representa o maior mandamento social. Respeita o outro e seus direitos. Exige a prática de justiça, e só ela nos torna capazes de praticá-la.
A caridade é um amor elevado acima dos sentidos e da razão, pelo qual nos amamos uns aos outros pelo mesmo fim pelo qual Jesus Cristo amou os homens para fazê-los santos neste mundo e bem-aventurados no outro.
São Vicente, em toda sua vida terrestre, se dispôs a ajudar o próximo, desde a sua infância ele esteve lá, disposto a ser um instrumento da graça de Deus, que é a Caridade. E quem poderia imaginar que logo ele, aquele gastão, um dia se tornaria o Patrono Universal da Caridade. Que belas obras ele realizou, nunca obteve um sentido de arrependimento ao servir a quem mais necessitava à sua frente. Seu coração sempre esteve puro e disposto a ajudar, e eis a sua fórmula para os dias de hoje, em que nem sempre temos tamanha abertura ao irmão em Cristo.
A caridade é algo além fronteiras que mexe com o coração de cada um, seja ele rico ou pobre, negro ou branco, ocidental ou oriental, não tem escolhas, Deus não olha isto, e sim o amor que nos faz ir mais perto deles, os preferidos do Pai, os que mais necessitam, que estão à mercê da sociedade: Os Pobres.
Meditando sobre os Evangelhos, impressiona-nos a mensagem de Cristo fundada totalmente no amor aos irmãos, na caridade. Poucas vezes, o Divino Mestre fala do amor que devemos ter para com Deus. Do Pai, Ele sempre no-Lo apresenta como o doador de tudo, que nos ama a ponto de dar seu Filho à morte para a salvação dos homens.
Raras vezes, e foram sempre respostas aos fariseus e aos legistas, em que reafirmou o primeiro mandamento do amor a Deus, mas, logo a seguir completa-o o amor ao próximo, que lhe é semelhante. Ilustra-o na parábola do bom samaritano (Lc 10, 25-37).
As cartas do apóstolo João insistem no mesmo diapasão. Caqueticamente, e com clareza apostólica, afirma que aquele que diz que ama a Deus e não ama a seus irmãos é mentiroso. E continua que é muito fácil proclamar que amamos a Deus, a quem não vemos, mas se desprezamos o irmão que está a nosso lado, onde está a caridade, onde está o amor? (1Jo 4,20).
Paulo, na sua Carta aos Coríntios (1Cor. 13), proclama e exalta a caridade. Quase sabemos de cor o texto maravilhoso. Somos levados a interpretar este hino como o amor ao Pai Celeste. Mas, o apóstolo fala é da excelência do amor entre os irmãos. “Ainda que eu falasse todas as línguas dos anjos, ou tivesse toda a ciência, sem a caridade seria um bronze que soa” e cujo som se perde nas quebradas dos montes.
No dia do Juízo, quando o Filho do Homem, na sua glória, vier nos julgar, escreve o evangelista Mateus, Ele não nos questionará sobre o amor de Deus, sobre a nossa fé, sobre as coisas grandiosas que tivermos feito. O questionamento, e a glória decorrente, será sobre o nosso coração, se ele se abriu ou fechou sobre os pequeninos que moravam em nossas casas, no nosso bairro, na nossa comunidade.
Fonte: CNBB

domingo, 8 de março de 2015

Papa Francisco já tem 19 milhões de seguidores no Twitter

O Papa Francisco atingiu um novo recorde virtual: os seus seguidores no Twitter já são mais de 19 milhões. No dia 18 de janeiro passado, a conta @pontifex alcançou 18 milhões de seguidores. A cifra confirma uma tendência em relação à presença do Papa nesta rede social: a cada 45 dias a conta “ganha” um milhão de novos inscritos.
Com o aproximar-se da Jornada Mundial da Juventude de Cracóvia na Polónia nota-se agora um aumento dos seguidores de língua polaca a ponto de ser hoje, supreendentemente, a quinta língua mais “frequentada”, depois do espanhol, do inglês, do italiano e do português.
Além desses cinco idiomas, a conta  @pontifex está disponível em francês, alemão, árabe e latim.
Fonte: Rádio Vaticano

sábado, 7 de março de 2015

Israel: Em busca pela cura do câncer

Pacientes de câncer de mama poderiam ser tratadas sem cirurgia com o desenvolvimento de uma técnica israelense que destrói tumores, transformando-os em bolas de gelo.
Médicos começaram a tratar mulheres que sofriam de câncer de mama com um aparelho criado pela IceCure Medical que usa a ponta de uma agulha resfriada para congelar tumores, de forma que o tecido doente é danificado e acaba morrendo. A técnica, que não exige anestesia geral e pode ser realizada em cerca de 15 minutos, pode oferecer uma alternativa à cirurgia, que exige que as mulheres sejam hospitalizadas e pode deixá-las com cicatrizes.
A agulha é resfriada a -170 ºC por meio do bombeamento de nitrogênio líquido, permitindo que o cirurgião controle o tamanho da bola de gelo e assegure que congele o tumor inteiro. Os cientistas afirmam que é possível tratar tumores que tenham, no máximo, o tamanho de uma bola de golfe. O procedimento já foi usado em tumores benignos e médicos iniciaram um teste em 30 pacientes com câncer de mama.
“As células do corpo humano são compostas principalmente de água, o que faz com que congelem”, diz Hezi Himmelfarb, executivo-chefe da IceCure Medical. “Houve tentativas, antes, de usar o calor para destruir células cancerosas, mas isso pode ser extremamente doloroso porque nossos corpos são muito sensíveis ao calor. Já o frio tem um efeito anestésico, então, as pacientes sentem muito pouca dor durante ou após o procedimento. Desenvolvemos o sistema de forma que possa ser aplicado em uma cirurgia normal, pois ele é minimamente invasivo e relativamente rápido.”
O procedimento, conhecido como crioablação, controla o tamanho da bola de gelo produzida para garantir que o tumor possa ser destruído sem prejudicar o tecido saudável. “A cicatriz é muito pequena, pois apenas a agulha é introduzida e o tumor não precisa ser removido”, diz Himmelfarb. O aparelho já foi aprovado para uso nos Estados Unidos, e a IceCure espera obter a aprovação europeia no próximo ano.
Para conhecer de perto essas e outras tecnologias, representantes de mais de 60 países de todo o mundo se reunirão na MEDinISRAEL em Tel Aviv, de 23 a 26 de março, para discutir os mais recentes desenvolvimentos em inovação médica, uma evidência das contribuições de Israel. Mais de 120 empresas israelenses de HIT (Tecnologia da Informação de Saúde) e equipamentos médicos que contribuíram com soluções em todo o espectro médico estarão participando da conferência.
Fonte: Pletz


quinta-feira, 5 de março de 2015

Papa: sabedoria do cristão é não julgar os outros e acusar a si mesmo

É fácil julgar os outros, mas seguimos adiante no caminho cristão somente se temos a sabedoria de acusar a si mesmo: foi o que disse o Papa retomando, após os exercícios espirituais, a celebração da Santa Missa na Capela da Casa Santa Marta, no Vaticano.
As leituras do dia estão centralizadas no tema da misericórdia. O Papa, recordando que "todos nós somos pecadores" - não "em teoria", mas na realidade -, indica "uma virtude cristã, ou melhor, mais do que uma virtude": "a capacidade de acusar a si mesmo". É o primeiro passo para quem deseja ser cristão:
"Todos nós somos mestres, somos doutores em justificar a nós mesmos:" Mas, não fui eu, não, não é culpa minha, mas sim, não foi tanto, eh ... As coisas não são assim ... '. Todos nós temos um álibi de explicação das nossas falhas, dos nossos pecados, e muitas vezes somos capazes de fazer aquela cara de "Mas, eu não sei', cara de, ‘Mas eu não fiz, talvez seja outro": fazer cara de 'inocente’. E assim se vai adiante na vida cristã”.
"É mais fácil culpar os outros" - observou o Papa -, mas "ocorre uma coisa de certo modo estranha" se tentamos nos comportar de maneira diferente: “quando começamos a olhar para o que somos capazes de fazer", no início, “nos sentimos mal, sentimos nojo”, depois isso “nos dá paz e saúde”. “Por exemplo - disse o Papa Francisco -, "quando eu encontro no meu coração uma inveja e sei que esta inveja é capaz de falar mal do outro e matá-lo moralmente", esta é a "sabedoria de acusar a si mesmo." "Se nós não aprendermos este primeiro passo da vida, nunca, nunca daremos passos no caminho da vida cristã, da vida espiritual":
"É o primeiro passo, para acusar a si mesmo. Sem dizer, não? Eu e a minha consciência. Vou pela rua, passo diante da prisão: "Eh, estes merecem isso" - "Mas você sabe que se não fosse pela graça de Deus, você estaria lá? Você pensou que você é capaz de fazer as coisas que eles fizeram, ou ainda pior?'. Isto é a acusar a si mesmo, não esconder a si próprio as raízes do pecado que estão em nós, as muitas coisas que somos capazes de fazer, mesmo se não se veem."
O Papa sublinha outra virtude: vergonhar-se diante de Deus, em uma espécie de diálogo em que reconhecemos a vergonha do nosso pecado e a grandeza da misericórdia de Deus:
"'A Vós, Senhor, nosso Deus, a misericórdia e o perdão. A vergonha a mim, e a Vós a misericórdia e o perdão". Este diálogo com o Senhor vai nos fazer bem nesta Quaresma: a acusação de si mesmo. Peçamos misericórdia. No Evangelho, Jesus é claro: "Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso". Quando se aprende a acusar a si próprio se é misericordioso para com os outros: "Mas, quem sou eu para julgar, se eu sou capaz de fazer coisas piores? '".
A frase: "Quem sou eu para julgar o outro" - disse o Papa - obedece precisamente à exortação de Jesus: "Não julguem, e vocês não serão julgados; não condem, e não serão condenados; Perdoem, e serão perdoados. Em vez disso - destacou -, "como gostamos de julgar os outros, fofocando sobre eles."
"Que o Senhor, nesta Quaresma - concluiu o Pontífice –, nos dê a graça de aprender a nos acusarmos", conscientes de que somos capazes "de fazer coisas más”, e dizer: "Tenha piedade de mim, Senhor, ajuda-me a envergonhar-me e dá-me a tua misericórdia, assim poderei ser misericordioso para com os outros” 
Fonte: Rádio Vaticano

quarta-feira, 4 de março de 2015

Água: Acordo histórico entre Jordânia e Israel

A Jordânia e Israel firmaram ontem (26/02;2015), na capital jordaniana Amã, um acordo para combater a escassez de água na região, por meio da transferência de água do Mar Vermelho para o Mar Morto.Segundo a agência de notícias jordaniana Petra, o acordo abrange a execução da primeira parte de uma carta de intenções assinada em dezembro de 2013, em Washington, entre representantes de Israel,da Jordânia e da Autoridade Palestina para tentar salvar o Mar Morto. O acordo foi assinado na presença de representantes dos Estados Unidos e do Banco Mundial.
O acordo prevê a construção de um sistema de bombeamento anual de 300 milhões de metros cúbicos (m³) de água do Mar Vermelho para o Mar Morto. Parte da água deverá ser canalizadas através de quatro condutores para o Mar Morto, um mar fechado, com elevada concentração de sal e que corre o risco de secar até 2050. Outra parte da água será dessalinizada e distribuida em Israel e na Jordânia. O acordo prevê também fornecer aos palestinos 30 milhões de m³ de água dessalinizada por ano.
“A Jordânia vai preparar nas próximas semanas os documentos para lançar um concurso para iniciar os trabalhos”, disse o ministro da Água jordaniano, Hazem Nasser. Para o ministro da Cooperação Regional israelense, Silvan Shalom, “a cooperação construtiva entre Israel e a Jordânia contribuirá para reabilitação do Mar Morto e para criar uma solução para a falta d’água na Jordânia e no sul de Israel”.
Fonte: Pletz