quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Encontro Latino-americano para bispos propõe diálogo entre as religiões



Resgatar as orientações pastorais para um diálogo ecumênico entre as religiões cristãs foi a proposta do Encontro Latino-americano de Estudos para Bispos realizado de 14 a 20 de outubro, em Embu (SP). Os documentos conciliares Lumen Gentium, Unitatis Redintegratio e Orientalium Ecclesiarum serviram de subsídios de estudo para os bispos da América Latina e Caribe.
“Este encontro constitui um momento de grande importância ao nosso ministério, para que estejamos sempre abertos ao diálogo com os irmãos de outras confissões cristãs e de outras religiões, sempre prontos a nos solidarizar com as lutas e esperanças dos pobres e excluídos”, relatou o bispo de Goiás (GO), dom Eugênio Rixen.
Durante o curso, os bispos estudaram os três documentos aprovados pelo Concílio Vaticano II, no que se refere ao diálogo ecumênico e ao profetismo no âmbito teológico-pastoral. Foram abordadas também as tradições anglicana, luterana, católica e metodista e das antigas igrejas orientais e ortodoxas.
Juventude
A situação das juventudes e a experiências pastorais do trabalho com os jovens no campo ecumênico e na Igreja Católica ganhou a atenção do episcopado. Especialistas no assunto debateram sobre os movimentos juvenis sociais e eclesiais e as políticas públicas para a juventude, como também as tendências culturais e religiosas da juventude brasileira hoje.
Encontro Latino-americano de estudos é organizado pelo Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (CESEEP), em que participam bispos das igrejas Católica Apostólica Romana, Anglicana e Metodista, do Brasil, Argentina, Paraguai e México.
Fonte: CNBB

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Terra Santa aguarda 10 mil fiéis para encerramento do Ano da Fé



A Igreja na Terra Santa espera receber mais de 10 mil fiéis para a Missa de encerramento do Ano da Fé no dia 17 de novembro. A Celebração será presidida pelo Patriarca Latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal, a partir das 11h (horário local), no Monte do Precipício, localizado nas proximidades de Nazaré.

Além desse número, cerca de 2500 estrangeiros, inclusive grupos do Brasil, devem viajar a Israel para participar da Celebração, segundo informações do Ministério do Turismo do país.

A programação especial começa no dia 16, com a oração da tarde na Basílica de Nazaré, o rosário e a procissão à luz de tochas. As Peregrinações aos lugares santos serão feitas em diversos horários.

Segundo Anat Ben Yosef, do Ministério de Turismo de Israel, a iniciativa de lançar os convites aos cristãos de todo o mundo surgiu de uma cooperação entre o ministério, a Conferência dos Bispos Italianos em Roma e o Patriarcado Latino na Terra Santa.

Os interessados em participar da Celebração devem entrar em contato com um agente de viagem ou com sua comunidade cristã local.

A Celebração acontecerá uma semana antes do encerramento solene do Ano da Fé, no Vaticano, marcado para o dia 24 de novembro - Solenidade de Cristo Rei.

Iniciado em 11 de outubro de 2012, por iniciativa do Papa emérito Bento XVI, o Ano da Fé foi um tempo de fortalecimento da fé católica e de renovação do compromisso de todo o batizado, de ser discípulo e missionário de Jesus Cristo.
Fonte: Canção Nova

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A oração, a justiça e a missão

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)
Neste Domingo nos deparamos com o ensinamento que o Mestre Divino ministra no Evangelho de São Lucas. Na parábola do juiz iníquo são nos apresentadas no exemplo da viúva injustiçada as características da oração que chega ao Pai: perseverante, confiante, grito de justiça, humilde e voltada para o Reino. Neste ano da fé é importante salientar que a oração é a respiração da alma, nossa energia espiritual, fonte de inspirações, e comunhão com Deus.
Por isso Jesus levanta a pergunta: "e o Filho do Homem encontrará fé, quando Ele voltar?" A fé não é um pressuposto precisa ser irrigada diariamente com oração e entrega, oração que leve a conversão e mudanças de vida, pois se ela não transforma as grandes decisões e rumos do nosso projeto ela é mais um desabafo sentimental ou subjetivo que verdadeiro encontro com Deus. Por outra parte a oração autenticamente cristã nos conduz a pratica da justiça e a missão. A Bíblia que é um genuíno manual de espiritualidade e oração, não apresenta nenhum caso de pessoa que Deus tenha chamado e comunicado sua santa vontade que não tenha se tornado instrumento e mediador de uma missão em relação ao seu povo.
A oração muda o nosso olhar, amplia a nossa visão, nos faz enxergar a miséria, o sofrimento, a injustiça em rostos bem concretos e próximos, e nos faz agir com o coração, a mente e as mãos, iluminando nossos pés na caminhada. A experiência orante vai até as raízes mais profundas do ser alcançando e tocando a nossa interioridade, curando e libertando de feridas, mágoas, ressentimentos e machucados, que nos tiram a alegria e paixão de viver, roubando-nos a esperança, a paz e a serenidade que brota da certeza da fé na nossa filiação divina.

Finalmente, lembrando o tema deste mês missionário: juventude e missão, nossa oração deve ser tornar jovial, isto é, sincera, espontânea, filial, consciente e amorosa. O que agrada a Deus é a ternura, inocência e transparência dos pequeninos que dialogam com Ele a partir da vida, das fragilidades e das limitações próprias da nossa condição humana. Que sejamos missionários da oração, e orantes na missão como Maria Santíssima. Deus seja louvado!
 
Fonte: CNBB

domingo, 27 de outubro de 2013

Sobre a Reforma, Católicos e Luteranos podem pedir perdão pelo mal causado e culpas cometidas: Papa Francisco à Federação Luterana Mundial

O Papa Francisco encara “com profunda gratidão ao Senhor Jesus Cristo” os “numerosos passos dados nas últimas décadas nas relações entre Luteranos e Católicos”, e isso “não só através do diálogo teológico, mas também mediante a colaboração fraterna em múltiplos âmbitos pastorais”.

Recebendo nesta segunda-feira, uma Delegação da Federação Luterana Mundial, juntamente com membros da Comissão Luterano-católica para a unidade, o Santo Padre recordou que o “ecumenismo espiritual constitui, num certo sentido, a alma do nosso caminho em direcção à plena comunhão”.


O Papa Francisco congratulou-se com o facto de ter sido publicado recentemente, em vista da comemoração dos 500 anos da Reforma, um texto da Comissão luterano-católica para a unidade intitulado “Do conflito à comunhão. A interpretação luterano-católica da Reforma em 2017”.


“Parece-me verdadeiramente importante para todos o esforço de confrontar-se, em diálogo, sobre a realidade histórica da Reforma, sobre as suas consequências e sobre as respostas que lhe foram dadas.


Católicos e Luteranos podem pedir perdão pelo mal que causaram uns aos outros e pelas culpas cometidas perante Deus, alegrando-se ao mesmo tempo pela nostalgia de unidade que o Senhor tem despertado nos nossos corações e nos faz olhar em frente com esperança”.
Fonte: Rádio Vaticano

sábado, 26 de outubro de 2013

Jovens visitam a Embaixada de Israel em Brasília


Visitas de estudantes do ensino fundamental e universitários movimentaram a semana na Embaixada de Israel.

Na segunda-feira, pela manhã, um grupo de 40 alunos do 9º ano do colégio Peretz, de São Paulo (SP), foi recebido pelo primeiro-secretário Alon Lavi, que deu uma palestra sobre Israel e o funcionamento da embaixada. Após a apresentação, os jovens testaram seus conhecimentos sobre o país em um concurso de perguntas e também ganharam brindes.

À tarde foi a vez dos alunos do curso de Relações Internacionais da Universidade Católica de Brasília (UCB). O grupo de 30 universitários assistiu palestras sobre Israel e Oriente Médio, ministrada pelo ministro Lior Ben Dor, e a cerca das relações bilaterais Brasil-Israel, realizada pelo primeiro-secretário Alon Lavi. Após as apresentações, os diplomatas participaram de um bate-papo descontraído com os estudantes.

Fonte: Pltez

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Papa recebe presidente do Estado da Palestina

Ao receber o presidente do Estado da Palestina, Mahmoud Abbas, o papa Francisco manifestou o desejo de que o processo de negociação entre israelenses e palestinos resulte em uma solução justa e duradoura a um conflito cujo final se revela cada vez mais necessário e urgente.
O pontífice espera que ambas as partes tomem decisões corajosas, com determinação, em favor da paz e com o apoio da Comunidade Internacional. Francisco lembrou que a situação na Síria suscita grande preocupação e que a lógica da violência deveria ceder lugar, o quanto antes, à lógica do diálogo e da reconciliação.
Constatou, com satisfação, os progressos na elaboração de um acordo geral sobre alguns aspectos essenciais da vida e da atividade da Igreja Católica na Palestina.Falou ainda sobre a situação das comunidades cristãs nos territórios palestinos e, em geral, no Oriente Médio enfatizando seu contributo para o bem comum da sociedade.
 
Fonte: CNBB

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Os interesses dos EUA por Israel


Um exame detalhado da história mostra que, ao contrário do que muitos pensam, os interesses dos EUA não se pautam pela agenda de Israel, afirmou o cientista político Samuel Feldberg, em palestra realizada nesta segunda-feira, 30 de setembro, no Centro da Cultura Judaica, em São Paulo. Falando no ciclo “Israel e o Mundo” sobre o tema “Israel e EUA”, ele abordou convergências e divergências entre os dois países, desde a fundação de Israel, em 1948.

Feldberg, professor de Relações Internacionais das Faculdades Integradas Rio Branco, mostrou que os EUA apoiaram a criação de Israel, mas o presidente Truman teve forte oposição do Departamento de Estado e do Pentágono. Na Guerra do Sinai, em 1956, os americanos forçaram Israel a recuar. Nas primeiras décadas de existência do Estado judeu, os EUA tinham pouco envolvimento no Oriente Médio. Na Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel lutou com armamento francês. Foi após este conflito, e dentro do contexto da Guerra do Vietnã e da Doutrina Nixon – pela qual os EUA passaram a apoiar aliados em várias regiões do mundo, mas sem o envio de tropas – que o relacionamento com Israel se aprofundou.

Em 1973, na Guerra do Iom Kipur, os americanos apoiaram Israel para contrabalançar o apoio da ex-URSS aos árabes. Ao final da guerra, Kissinger – secretário de Estado judeu – pressionou Israel para que não aniquilasse o 3º Exército egípcio, que estava cercado, e permitisse ao presidente Sadat uma saída honrosa. Foram as primeiras conversações entre israelenses e egípcios desde 1949 e desembocaram no Tratado de Paz de 1979. Na Guerra do Golfo, em 1991, o Iraque lançou mísseis contra Israel, mas novamente os EUA pressionaram e impediram que Israel reagisse a um ataque a seu território – o que ocorreu pela primeira vez na história.

Após o 11 de setembro, a luta contra o terrorismo e a existência de inimigos comuns como os regimes iraniano e sírio, aproximaram mais os dois países. Ainda assim, há divergências: nesta semana, Israel alerta os EUA contra uma aproximação diplomática com o Irã e pressiona para que não sejam suspensas as sanções econômicas ao país. Para Feldberg, o suposto poder de um lobby judaico nos EUA é reflexo da percepção da população americana com relação a Israel:pesquisas de opinião pública apontam que 80% dos americanos apoiam Israel. O que causa isso? Identidade cultural e ideológica comum, valores democráticos e herança judaico-cristã, segundo o professor.

Em 14 de outubro, às 20 horas, o ciclo prossegue com a palestra “Israel e África”, com Omar Ribeiro Thomaz, especialista em História Social da África e professor da Unicamp. Sinopse: Serão discutidas desde as relações bilaterais entre Israel e diversos países da África até a recente onda de imigração a Israel de milhares de pessoas provenientes do Sudão e da Eritréia, considerada ilegal pelo governo israelense.

A curadoria do evento é do cientista social Daniel Douek. O preço para cada palestra é de R$ 65,00. Idade mínima: 18 anos. As datas são 14, 21 e 28 de outubro, segundas-feiras. Horário: das 20h às 22h. Informações, no Centro da CulturaJudaica: secretaria@culturajudaica.org.br ou secretaria1@culturajudaica.org.br. Telefone: (11) 3065-4349/4337.

Fonte: Pletz


segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Famílias acolhedoras


Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte

Celebrando a Semana da Criança, é oportuno compartilhar e tornar mais conhecido o serviço social Famílias Acolhedoras. Essa iniciativa, de importante significação afetiva, cidadã e de fé, promove o acolhimento provisório de crianças e adolescentes em risco social ou que sofreram violência. Um ato solidário, com óbvias repercussões positivas para toda a sociedade.

O serviço Famílias Acolhedoras é promovido pelo Vicariato Episcopal para Ação Social e Política da Arquidiocese de Belo Horizonte e Prefeitura da Capital Mineira, por meio da Pastoral do Menor e da Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social. Ser família acolhedora é ser uma família que facilita o processo de readaptação e retorno das crianças para seus lares de origem. Atualmente, 800 crianças e adolescentes vivem nos abrigos de Belo Horizonte e o serviço social busca, justamente, promover o acolhimento temporário desses meninos e meninas, em lares de famílias voluntárias. Deste modo, assegura o acompanhamento e cuidados integrais às crianças e aos adolescentes, afastados de suas famílias de origem, por razões que prejudicam seu pleno e saudável desenvolvimento. Acolhidos por outras famílias, assim permanecem até que possam voltar para casa ou serem encaminhados para a adoção.

Aqueles que amparam temporariamente uma criança ou adolescente podem iniciar um processo com repercussões na solidariedade entre pessoas e instituições, em prol de uma sociedade mais justa e fraterna. Por meio da criança, a família acolhedora pode conhecer a realidade da família de origem e, assim, compartilhar experiências, oferecer ajuda, estabelecer laços afetivos que, certamente, têm força corretiva. Dessa forma, o serviço Famílias Acolhedoras é um modo efetivo de cumprir uma indicação do Estatuto da Criança e do Adolescente: a convocação de todos no compartilhamento do cuidado e proteção de crianças e suas famílias.

Estão incluídos os seguintes critérios para ajudar nesse serviço social: 1) morar em Belo Horizonte há mais de dois anos; 2) ter, no mínimo, 21 anos; 3) não ter antecedentes criminais; 4) todos os membros da família devem concordar em acolher uma criança; 5) estar disposto ao acolhimento temporário, não tendo a intenção de adotar; 6) não ter dependentes químicos na família; 7) aceitar e comprometer-se com as diretrizes do serviço. A Pastoral do Menor da Arquidiocese de Belo Horizonte, no Vicariato Episcopal para a Ação Social e Política (Rua Além Paraíba, 208, bairro Lagoinha, Belo Horizonte), pode orientar aqueles que buscam outras informações.

Dispor-se a ser família acolhedora é corajosamente assumir o compromisso de zelar e promover a vida. É empenhar-se em benefício de um serviço social que focaliza, de modo contundente, a convicção acerca da importância da família, comunidade natural na qual se experimenta a sociabilidade humana. Acolher uma criança ou adolescente, mesmo temporariamente, é garantir a esses meninos e meninas necessitados a oportunidade para que se desenvolvam com dignidade. O Famílias Acolhedoras é um importante caminho para que a sociedade cumpra a sua tarefa de servidora da família, particularmente daquelas em situação de risco, que carecem de apoio e amparo. Que este serviço continue proporcionando a superação de individualismos e comodismos, obstáculos à solidariedade indispensável para o equilíbrio social. E que as muitas crianças e adolescentes encontrem uma família acolhedora, para compartilharem práticas educativas e amor.

Fonte: CNBB

 

domingo, 20 de outubro de 2013

Como valorizar o lugar da mulher na Igreja? - voltou a questionar-se o Papa Francisco, nos 25 anos da "Mulieris dignitatem"


Neste sábado ao fim da manhã, o Papa Francisco recebeu uns 150 participantes no Seminário promovido pelo Conselho Pontifício para os Leigos por ocasião dos 25 anos da Carta “Mulieris dignitatem”, do Beato João Paulo II, o primeiro documento do magistério da Igreja inteiramente dedicado à mulher. Nestes três dias de encontro em Roma foi aprofundado especialmente o ponto da Carta em que se diz que “Deus confia de modo especialmente o homem, o ser humano, à mulher”.

“Que significa este confiar especialmente o ser humano à mulher? – interrogou-se o Papa, respondendo considerar que se trata da dimensão de maternidade. Muitas coisas podem mudar e mudaram mesmo na evolução cultural e social, mas permanece o facto de que é a mulher que concebe, porta no seio e dá à luz os filhos dos homens. E não se trata apenas de um dado biológico. “Chamando a mulher à maternidade, Deus confiou-lhe de uma maneira muito especial o ser humano”.

Sobre a mulher e a sua vocação – considerou o Papa – há “dois perigos, dois extremos opostos”. O primo é reduzir a maternidade a uma função social, a uma tarefa, por muito nobre que seja, mas que na realidade põe de lado a mulher com todas as suas potencialidades. O perigo oposto é promover uma espécie de emancipação que, para ocupar os espaços subtraídos pelo masculino, abandona o feminino com as preciosas marcas que o caracteriza.

Papa Francisco chamou a atenção para a “sensibilidade especial pelas coisas de Deus” que tem a mulher, “sobretudo no ajudar-nos a compreender a misericórdia, a ternura e o amor que Deus tem por nós”. É neste contexto que se coloca a “Mulieris dignitatem”, com uma reflexão profunda, orgânica. É daí que há que partir de novo para o desejado trabalho de aprofundamento e promoção do papel da mulher – considerou o Papa. “Também na Igreja é importante perguntar-se: que presença tem a mulher? Pode ser mais valorizada? É uma realidade que tenho muito a peito”.

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O Santo Padre recebeu também neste sábado de manhã o novo Embaixador das Honduras, Carlos Ávila Molina, para apresentação das Cartas Credenciais.
Recebeu também o cardeal Marc Ouellet, Prefeito da Congregação para os Bispos.

E precisamente para a Congregação para os Bispos, o Papa Francisco nomeou hoje como novo Secretário mons. Ilson de Jesus Montanari, que trabalhava já neste dicastério.

Como chefe de Secção da Elemosineria Apostólica, o Santo Padre nomeou mons.
Diego Ravelli, que trabalhava já neste serviço da Sé Apostólica.


Fonte: Rádio Vaticano

 

sábado, 19 de outubro de 2013

Educação, segurança e agricultura em Israel


Esquadrinhamos 2.000 km desse pequeno país (10% do território paranaense), com apenas 65 anos de independência, 7,9 milhões de habitantes e 4.000 anos de história. História de superação e tenacidade.

Uma produtiva viagem de 8 dias, adrede bem planejada, munidos de mapas e GPS, sem guias e sem incidentes, em um automóvel com mais três familiares, todos com formação cristã. Abundantes são as informações turísticas nas rodovias, concomitantemente em três idiomas: hebraico, árabe e inglês, nesta ordem.

Israel possui a maior quantidade de artigos científicos e um dos maiores índices de registro de patentes per capita do mundo. Quando se coteja o número de adultos com formação universitária, Israel ocupa o 2º lugar, com 48%, enquanto o Brasil está na 100ª posição, com apenas 15%. Os gastos públicos em educação de ambos os países são equivalentes: 5,7% do PIB.

Embora raramente ultrapassaram 0,5% da população mundial, 19% dos prêmios Nobel foram concedidos a cidadãos de ascendência judaica. Para esse conspícuo desempenho intelectual, há várias justificativas, das quais duas merecem destaque: a ênfase ao estudo permite participar plenamente da vida religiosa da comunidade e a continuidade dos valores morais dos judeus; e o patrimônio intelectual lhes propiciou a sobrevivência e a adaptação no longevo decurso de sua história de diásporas, guerras, invasões, perseguições e desterros.

O historiador americano Paul Johnson se faz oportuno: “Nenhum outro povo mostrou-se mais fecundo em fazer da desgraça um uso criador”. À guisa de uma artéria principal, numa das margens das estradas, o aqueduto nacional – de metal, com uns 30 cm de diâmetro –, que conduz para todo o país água doce do Mar da Galileia e água dessalinizada do Mediterrâneo.

A balança comercial agrícola de Israel é deficitária em apenas 5%, um feito notável, pois 80% de suas terras não eram originalmente agriculturáveis. Se é assim, o solo é apenas suporte e adubo nele. O índice pluviométrico é baixíssimo? Pois bem, a água para a irrigação provém do tratamento dos esgotos das cidades, demandada por tubos de polietileno até à raiz das plantas, estas em boa parte distribuídas em estufas.

O gotejamento é uma técnica criada em Israel em 1965, sendo adicionados à água nutrientes como superfosfato, cálcio e potássio. Nesse ecossistema, sem uso de agrotóxicos, um hectare está produzindo 30 vezes mais que a média mundial.Israel é uma nação com eleições livres,– por isso recebe a alcunha de oásis democrático, envolto por vários países conflagrados. Internamente, a sensação é de segurança, quando se perambula pelas suas cidades, inclusive à noite. Até mesmo na Cisjordânia, onde fizemos um tour de dois dias.

Nada mais desejável e sensato que o reconhecimento de um Estado Palestino convivendo ao lado de Israel, sem conflitos, pois uma agressão aos olhos são os 700 km de muros, feitos de placas de concretos com 6 m de altura, separando as duas regiões. Onipresentes, soldados e soldadas com metralhadoras a tiracolo, revólveres e equipamentos eletrônicos na cintura; serviço militar obrigatório por três anos para eles e dois para elas, em seus uniformes fashion, poderosas e sensuais, cabelos e rostos bem produzidos, como que a humanizar esse ecossistema militarizado.

No deserto de Neguev, muitos postos militares (testemunhamos exercícios com tanques). É um Estado militarizado, de intimidação, enfim, a materialização do preceito romano: Si vis pacem, para bellum (se quiseres a paz, prepara-te para a guerra).Desde a independência de Israel, em 1948, foram cinco guerras. A mais feroz foi em seu primeiro ano de vida, tendo como adversários cinco países árabes com o escopo anunciado de lançar ao mar o Estado recém-criado.

Nesses três milênios, nenhuma cidade superou Jerusalém em ataques – 52 vezes. Foi por duas vezes destruída, uma das quais, no ano 70 d.C., com quase um milhão de judeus mortos pelos romanos. Tantas nações sucumbiram, enquanto Israel mais uma vez renasce das cinzas, tal Fênix. Qual o segredo dessa longevidade? Difícil responder, mas certamente, entre outras razões, estão a perseverança e a resiliência de um povo diante das adversidades, bem como o zeloso investimento na formação das futuras gerações pela família e pelo Estado.

Jacir J. Venturi, professor, autor de livros e presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná. Esquadrinhamos 2.000 km desse pequeno país (10% do território paranaense), com apenas 65 anos de independência, 7,9 milhões de habitantes e 4.000 anos de história. História de superação e tenacidade. Uma produtiva viagem de 8 dias, adrede bem planejada, munidos de mapas e GPS, sem guias e sem incidentes, em um automóvel com mais três familiares, todos com formação cristã. Abundantes são as informações turísticas nas rodovias, concomitantemente em três idiomas: hebraico, árabe e inglês, nesta ordem.

Israel possui a maior quantidade de artigos científicos e um dos maiores índices de registro de patentes per capita do mundo. Quando se coteja o número de adultos com formação universitária, Israel ocupa o 2º lugar, com 48%, enquanto o Brasil está na 100ª posição, com apenas 15%. Os gastos públicos em educação de ambos os países são equivalentes: 5,7% do PIB. Embora raramente ultrapassaram 0,5% da população mundial, 19% dos prêmios Nobel foram concedidos a cidadãos de ascendência judaica.

Para esse conspícuo desempenho intelectual, há várias justificativas, das quais duas merecem destaque: a ênfase ao estudo permite participar plenamente da vida religiosa da comunidade e a continuidade dos valores morais dos judeus; e o patrimônio intelectual lhes propiciou a sobrevivência e a adaptação no longevo decurso de sua história de diásporas, guerras, invasões, perseguições e desterros. O historiador americano Paul Johnson se faz oportuno: “Nenhum outro povo mostrou-se mais fecundo em fazer da desgraça um uso criador”.

À guisa de uma artéria principal, numa das margens das estradas, o aqueduto nacional – de metal, com uns 30 cm de diâmetro –, que conduz para todo o país água doce do Mar da Galileia e água dessalinizada do Mediterrâneo. A balança comercial agrícola de Israel é deficitária em apenas 5%, um feito notável, pois 80% de suas terras não eram originalmente agriculturáveis. Se é assim, o solo é apenas suporte e adubo nele. O índice pluviométrico é baixíssimo? Pois bem, a água para a irrigação provém do tratamento dos esgotos das cidades, demandada por tubos de polietileno até à raiz das plantas, estas em boa parte distribuídas em estufas. O gotejamento é uma técnica criada em Israel em 1965, sendo adicionados à água nutrientes como superfosfato, cálcio e potássio. Nesse ecossistema, sem uso de agrotóxicos, um hectare está produzindo 30 vezes mais que a média mundial.

Israel é uma nação com eleições livres,– por isso recebe a alcunha de oásis democrático, envolto por vários países conflagrados. Internamente, a sensação é de segurança, quando se perambula pelas suas cidades, inclusive à noite. Até mesmo na Cisjordânia, onde fizemos um tour de dois dias. Nada mais desejável e sensato que o reconhecimento de um Estado Palestino convivendo ao lado de Israel, sem conflitos, pois uma agressão aos olhos são os 700 km de muros, feitos de placas de concretos com 6 m de altura, separando as duas regiões.

Onipresentes, soldados e soldadas com metralhadoras a tiracolo, revólveres e equipamentos eletrônicos na cintura; serviço militar obrigatório por três anos para eles e dois para elas, em seus uniformes fashion, poderosas e sensuais, cabelos e rostos bem produzidos, como que a humanizar esse ecossistema militarizado. No deserto de Neguev, muitos postos militares (testemunhamos exercícios com tanques). É um Estado militarizado, de intimidação, enfim, a materialização do preceito romano: Si vis pacem, para bellum (se quiseres a paz, prepara-te para a guerra).

Desde a independência de Israel, em 1948, foram cinco guerras. A mais feroz foi em seu primeiro ano de vida, tendo como adversários cinco países árabes com o escopo anunciado de lançar ao mar o Estado recém-criado. Nesses três milênios, nenhuma cidade superou Jerusalém em ataques – 52 vezes. Foi por duas vezes destruída, uma das quais, no ano 70 d.C., com quase um milhão de judeus mortos pelos romanos. Tantas nações sucumbiram, enquanto Israel mais uma vez renasce das cinzas, tal Fênix. Qual o segredo dessa longevidade? Difícil responder, mas certamente, entre outras razões, estão a perseverança e a resiliência de um povo diante das adversidades, bem como o zeloso investimento na formação das futuras gerações pela família e pelo Estado.

Jacir J. Venturi, professor, autor de livros e presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná.


Fonte: Pletz

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Papa Francisco autoriza decreto de beatificação de religiosa que viveu no Brasil


O Vaticano divulgou nesta sexta-feira, 11 de outubro, novos decretos da Congregação da Causa dos Santos. O documento informa que no dia 9 de outubro, o papa Francisco acolheu o pedido da canonização da beata Angela de Foligno, da Ordem Secular de São Francisco, que viveu no século XIII.

No mesmo ato, o pontífice autorizou a Congregação a promulgar decretos referentes a sete causas de beatificação, entre eles de duas pessoas que viveram no Brasil. Foi aprovado o milagre atribuído à intercessão da Serva de Deus, Maria Assunta Caterina Marchetti (foto), co-fundadora da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos. Ela nasceu na Itália, mas faleceu na cidade de São Paulo (SP), em 1948, após 50 anos de vida missionária no país.

A postuladora da causa, irmã Leocárdia Mezzomo, explica que a expectativa agora é pela publicação do decreto de beatificação. “Certamente, a celebração será realizada, muito em breve, na cidade de São Paulo. As irmãs Scalabrinianas aguardam, com alegria, esse anúncio”, afirma.

Virtudes heroicas

Foi autorizada também a promulgação do decreto referente às virtudes heróicas do Servo de Deus Attilio Luciano Giordani. Leigo e pai de família, foi cooperador da Sociedade Salesiana de São João Bosco. Nasceu na Itália em 1913 e faleceu no Brasil, em Campo Grande (MS), em 1972.

O papa Francisco também autorizou a publicação dos decretos referentes às virtudes heroicas de Amato Ronconi, fundador da Casa de Repouso Obra Pia Beato Amato Ronconi, na Itália;  bispo Pio Alberto Del Corona, fundador da Congregação das Irmãs Dominicanas do Espírito Santo; Maria Elisabetta Turgeon, fundadora da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do Santo Rosário de São Germain, no Canadá; Maria de São Francisco Wilson, Fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias; e de Maria Eleonora Giorgi, da Congregação das Servas da Virgem Maria Adolorada de Florença.

Fonte: CNBB

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Método israelense transforma aluno em professor


Aos 16 anos, o então jovem estudante israelense Yaacov Hecht, hoje com 56, se aborreceu com a escola. Naquele momento, ele não via sentindo em frequentar o colégio. Para Hecth, a escola não conseguia responder aos seus questionamentos de então: “Por que nós devemos estudar o que estudamos? Por que para todas as nossas dúvidas, os professores oferecem apenas uma resposta? E por que o conhecimento é medido apenas por provas?”. Essa situação emblemática, recordada durante a adolescência, foi a semente da construção de um modelo de educação baseado em uma outra lógica de aprendizagem, estruturada por meio de uma maior autonomia do estudante e de um regime de colaboração intensa entre toda a comunidade escolar.

Precursor do conceito de educação democrática, Hecht foi o principal articulador da implantação desse modelo de escola numa unidade em Hareda, cidade localizada a 45 km da capital Tel Aviv. Lá, em 1987, o israelense desenhou uma escola diferente de todas as outras. “O nosso principal objetivo era construir uma escola similar ao mundo que estava fora dela. O que vemos hoje é que as escolas são tradicionais e não estão conectadas com o mundo real ao seu redor. Lá fora, ninguém vai dizer o que você tem que fazer. Você tem que aprender por si só a tomar suas próprias decisões. Em nossas escolas, ensinamos o que o mundo exige que nós devemos aprender”, fala Hecht.

Apoiando-se na disseminação de uma nova forma de aprendizado, o israelense conseguiu disseminar, a partir de 1995, o modelo de Hareda a escolas públicas de mais de 12 cidades de Israel. “A cada ano, buscamos, a partir de encontros com educadores em vários países, expandir a maneira como encaramos a educação. Hoje, em todo o mundo já são mais 1 mil unidades que partilham dos nossos conceitos”. Com um trânsito frequente em rodas de especialistas e entre entusiastas que defendem a criação de um novo modelo de escola, Hecht está cada vez mais atento às possibilidades que a tecnologia pode oferecer a essa nova lógica de aprendizado contemporâneo.

“Atualmente, estou em contato com Ken Robinson e Sugatra Mitra. Queremos construir plataformas para ajudar jovens estudantes e empreendedores que buscam criar soluções para a melhoria da educação. Não apenas alunos, mas também professores, pais, diretores. Queremos encontrar ideias inovadoras ao redor do mundo. Nosso objetivo será criar ambientes digitais onde essas pessoas e suas ideias possam se encontrar num mesmo espaço”, fala Hecht.

Fonte: Pletz

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Artigo Padre Juarez: Ame com liberdade

Coisa difícil é falar sobre relacionamento. Afinal, é algo tão íntimo e tão pessoal que falar sobre esse tema seria entrar em um mundo desconhecido e cheio de surpresas. Mas eu quero conversar com você sobre as relações humanas. Nossos corações desejam tanto ser amados e tanto amar, que temos a tendência de agarrar-nos à pessoa que nos oferece esse amor, esse afeto, a todo custo. Sempre que experimentamos o amor, queremos mais e mais e, às vezes, até bem mais do que a outra pessoa está disposta a nos dar. Por isso, é muito fácil que esse amor vire uma posse. Na ânsia de sermos amados, nós caímos na armadilha de aprisionar e sufocar a pessoa que amamos tanto.
Acredite: nossos corações procuram o amor perfeito, a perfeita doação, a perfeita compreensão… Mas, o que temos que aprender é que nenhum coração é capaz de amar com perfeição porque só Deus ama perfeitamente.
Amar é uma arte que supõe dar espaço. Espaço para que o amor possa respirar e não ser sufocado. Amar não é “ter” alguém. O amado não é propriedade do outro. E amar alguém não me torna dono dessa pessoa. Amar é “ser” amado e “ser” amor para o outro. ]
Quando invadimos o espaço do outro e não permitimos que ele seja livre, nós estamos causando um grande sofrimento para esse relacionamento. Por outro lado, quando damos espaço para que o parceiro possa se mover, ser o que ele é, compartilhar e partilhar com os outros e estar em outros lugares, então o nosso amor torna-se verdadeiro. Não tão perfeito como o amor de Deus, mas um amor que caminha em busca dessa perfeição.
Amar é antes de tudo dar espaço para que o outro possa ser e possa agir. Só então encontraremos um amor que se fundamenta na liberdade e na confiança. Um amor que cresce respirando livremente e não sufocado pela posse, pelo ciúme, pelo aprisionamento doentio do outro. Essa é a proposta.
Amar é conseguir ser livre sem deixar de amar o outro com toda a intensidade. É estar ao lado de alguém sem sufocá-la. É estar junto em plena comunhão de amor até que o outro possa nos amar livremente com a mesma intensidade e liberdade.

Padre Juarez de Castro

Fonte: Revista Viva Mais

domingo, 13 de outubro de 2013

João XXIII e João Paulo II, santos a 27 de Abril – os comentários de Mons. Capovilla e Mons. Oder

João XXIII e João Paulo II serão canonizados no próximo dia 27 de Abril de 2014, II Domingo de Páscoa, Festa da Divina Misericórdia. O anúncio desta segunda-feira, durante o Consistório com Papa Francisco no Palácio Apostólico, gerou grande entusiasmo em todo o mundo.
Os sinos repicaram em Sotto il Monte terra natal do Papa Roncalli onde vive aquele que foi o seu secretário particular Mons. Loris Capovilla que falou à Rádio Vaticano ao microfone de Paolo Ondarza:
“A minha impressão é esta: vi a imagem da bondade. Tive esta convicção quando o vi pela primeira vez, quando o vi em fotografia. Quando o vi pessoalmente em 1950 na minha Veneza, quando fui a Paris – a 2 de fevereiro de 1953 – quando me convidou para ser seu “companheiro de armas”. Eu nunca me chamei secretário do Papa João, porque o secretário do Papa é o secretário de Estado. Eu fui um pequeno servidor. Com o Papa João eu rezei, sofri, mesmo depois da sua morte sofri muito. Depois o Senhor dispôs através dos seus servos, que esta figura voltasse a aparecer no horizonte. Hoje quem o chama “ao vivo” é o Papa Francisco. Uma das primeiras coisas que me disse foi: ‘Loris, recorda-te, se não metes o teu “eu” debaixo dos teus pés, nunca serás livre e não entrarás no território da paz’. E as mesmas palavras que disse depois no dia mais solene da sua vida, com o mundo inteiro perante si, disse aquelas palavras sublimes: ‘A minha pessoa não conta nada’. Foi uma grande lição de humildade, de doçura, de amor e de esperança. O Papa João ensinou-nos e agora repete-o em quase todos os encontros o Papa Francisco: ‘Cada um de nós retos ou não retos, crentes ou não crentes, cada criatura humana trás consigo o sêlo de Deus’. Esta é a primeira lição que eu recebi e naa qual fico. Professo desde este momento a minha veneração a S. João XXIII e a S. João Paulo II e agradeço ao Papa Francisco.”
Tanta alegria e emoção também pela canonização de João Paulo II. Num depoimento recolhido pela Rádio Vaticano ao microfone de Paolo Ondarza o postulador da causa do Papa João Paulo II o Mons. Slawomir Oder:



“É uma notícia que, seguramente, me faz sentir felicíssimo. Para mim, isto significa ver verdadeiramente finalmente, pessoalmente, a conclusão de uma extraordinária aventura, que eu vivi quer a nível profissional quer a nível pessoal. Penso que será verdadeiramente uma grande alegria para toda a Igreja. Tenho ainda nos meus olhos a imagem da Praça de S. Pedro repleta, no dia da beatificação: era uma imagem da Igreja verdadeiramente em festa.”


“Eu nesta data vejo, em certo sentido, uma continuidade do transmitir a mensagem da Divina Misericórdia. Penso que o Papa Francisco não escolheu esta data por acaso. Todo o pontificado de João Paulo II é um anúncio da Divina Misericórdia, com o seu desejo de levar à honra dos altares a Santa Faustina Kowalska e instituir a Festa da Divina Misericórdia. E vejo no Papa Francisco um extraordinário continuador desta mensagem.”


Fonte: Rádio Vaticano

sábado, 12 de outubro de 2013

Turismo em Haifa


Turistas e visitantes em Haifa terão uma grande variedade de passeios para enriquecer a sua visita a terceira maior cidade de Israel e principal pólo turístico de visitas do Norte e da Galileia. Estes passeios, que são oferecidos pela Associação de Turismo de Haifa misturam magia e entretenimento com a história e cultura locais. 

 

A Magia da Colônia! - O novo passeio "Magia da Colônia", liderado pelo mágico e artista extra-sensorial Yoni Aladini, com apresentações a cada parada proporcionando aos participantes uma experiência extraordinária na Colônia Alemã de Haifa. O passeio percorre os principais pontos da história da cidade.

 

"City Tour" -  Um passeio em torno de Haifa, passando pelos pontos turísticos mais belos e importantes da cidade, com destaque para a vista deslumbrante da Esplanada Louis, visita ao Jardins Bahai, a Igreja Carmelita de Stella Maris, uma caminhada pela Colônia Alemã e uma breve visita ao bairro Nisnas Wadi.

 

Passeio 360º em Haifa -  Um passeio panorâmico entre os pontos de observação mais bonitos da cidade, ao longo da Esplanada Louis.

 

Para mais informações: www.tour-haifa.co.il

 

Fonte: Ministério de Turismo de Israel

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Papa Francisco em Assis: "O espírito do mundo é a lepra e o câncer da Igreja e da sociedade"

Nesta sexta-feira, 4 de outubro, o papa Francisco realizou visita a Assis, cidade de São Francisco. Ele chegou antes do horário previsto e sua primeira atividade foi um encontro comovente com os doentes e as crianças com deficiência na igreja do Instituto Seráfico.
“Aqui, Jesus está escondido nesses jovens, nessas crianças, nessas pessoas. No altar, adoramos a Carne de Jesus. Neles, encontramos as chagas de Cristo – que precisam ser ouvidas talvez não tanto nos jornais, como notícias... Esta é uma escuta que dura um, dois, três dias. Devem ser ouvidas por aqueles que se dizem cristãos. O cristão adora e busca Jesus e sabe reconhecer as suas chagas. A Carne de Jesus são as suas chagas nessas pessoas”, disse o papa, num discurso improvisado.
Em seguida, Francisco seguiu para o Santuário de São Damião, onde foi acolhido pelo ministro-geral da Ordem Franciscana dos Frades Menores, frei Fr. Michael Perry, e pela comunidade do Convento. Dali, seguiu para a sede episcopal, onde realizou uma visita histórica – a primeira de um pontífice em 800 anos. No bispado, encontra-se a Sala da Espoliação, onde São Francisco renunciou aos bens paternos para consagrar-se a Deus. Nesta sala, o papa reuniu-se com um grupo de pessoas assistidas pelas oito Caritas diocesanas.
Em seu discurso, Francisco recordou o luto em toda a Itália, neste dia, por conta da trágico naufrágio em Lampedusa. “Hoje, é um dia de lágrimas. É o espírito do mundo que faz essas coisas”, explicou o papa, que usou palavras fortes para quem se deixa levar por este espírito: “É realmente ridículo que um cristão verdadeiro, que um padre, um freira, um bispo, um cardeal, um papa, queiram percorrer esta estrada do mundo, é uma atitude homicida. O mundano mata, mata a alma, as pessoas, mata a Igreja. Hoje, aqui, peçamos a graça para todos os cristãos. Que o Senhor nos dê a coragem de nos espoliar do espírito do mundo, que é a lepra e o câncer da sociedade, é o câncer da revelação de Deus. O espírito do mundo é o inimigo de Jesus", disse. 
Missa
Em seguida,  Francisco presidiu a missa na praça de São Francisco. Antes, o papa desceu à cripta da basílica e acompanhado por frades das quatro ordens franciscanas, levou três rosas brancas ao túmulo de São Francisco, diante do qual se ajoelhou e rezou por alguns minutos. Participou da celebração o primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, com quem Francisco conversou amigavelmente.
“Paz e Bem!”, começou o papa em sua homilia. Em primeiro lugar, frisou que o caminho de Francisco para Cristo começou do olhar de Jesus na cruz. “O santo se deixou olhar por Ele no momento em que deu a vida por nós e nos atraiu para Ele. Naquele instante, Jesus não tinha os olhos fechados, mas bem abertos: um olhar que lhe falou ao coração”.
:“Quem se deixa olhar por Jesus crucificado fica recriado, torna-se uma nova criatura. E daqui tudo começa: é a experiência da Graça que transforma, de sermos amados sem mérito algum, até sendo pecadores”, prosseguiu.
O papa recordou que quem segue a Cristo recebe a verdadeira paz. “A paz franciscana não é um sentimento piegas, não é uma espécie de harmonia panteísta com as energias do cosmos... Também isto não é franciscano, mas uma ideia que alguns formaram. A paz de São Francisco é a de Cristo, é a de quem assume o seu mandamento: Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei. E este jugo não se pode levar com arrogância, presunção, orgulho, mas apenas com mansidão e humildade de coração", ressalvou o pontífice, pedindo a São Francisco que nos ensine a ser «instrumentos da paz»”.
No final da missa, houve a cerimônia tradicional da oferta do azeite para a lâmpada votiva. Depois de almoçar com os pobres assistidos pela Cáritas e visitar o quarto de São Francisco, papa Francisco continuou sua peregrinação em Assis: realizou um encontro com o clero, a veneração do corpo de Santa Clara, a oração diante da cruz de São Damião, a visita à porciúncula da basílica de Santa Maria dos Anjos, o encontro com os jovens, a visita à cabana de São Francisco.
 
Fonte: CNBB

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Israel presente na Bienal de Arquitetura


A Bienal de Arquitetura de São Paulo, responsabilidade há 40 anos do IAB – Instituto de Arquitetos do Brasil, chega à sua décima edição sob o tema Cidade: modos de fazer, modos de usar e, desta vez, se instala em locais francamente urbanos, espalhados em rede pela cidade. Refletindo sobre a cidade contemporânea, a Bienal incorpora a questão urbana na sua própria estrutura espacial. Assim, ao mesmo tempo em que visita a exposição em diversos espaços culturais, o público tem a experiência viva da cidade de São Paulo.

A escolha dos locais que compõem a rede seguiu dois critérios básicos: a qualidade dos espaços, na relação entre arquitetura e uso, e a sua acessibilidade por meio da articulação ao sistema de transporte de massas da cidade. Assim, será possível visitar toda a exposição a partir um sistema multimodal que tem o metrô como espinha dorsal. O Consulado de Israel está participando e apoiando esta edição da Bienal de Arquitetura.

A rede principal de espaços expositivos é composta pelos seguintes pontos: Centro Cultural São Paulo, SESC Pompeia, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), Museu da Casa Brasileira, Centro Universitário Maria Antônia (CEUMA), Praça Victor Civita, Associação Parque Minhocão e Projeto Encontros – estação Metrô Paraíso. A rede expandida inclui Casa de Francisca, Casa do Povo, Cemitério do Araçá, Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes, Teatro Oficina, Galeria Choque Cultural, Instituto P.M. e Lina Bardi e Teatro Oficina.

Cidades no Deserto – Israel

Israel tem sessenta por cento de sua área coberta por um deserto, o Negev. A ocupação desta parte árida é um ponto importante na história do jovem país, sobretudo para equilibrar a alta densidade populacional da sua parte não desertificada, o norte do país, entre Tel Aviv e Jerusalém. A exposição procurará mostrar o processo de fundação de cidades em meio ao deserto. Utilizando-se do acervo fotográfico da Ong israelense KKL, uma série de painéis contará a história de diferentes cidades construídas ou em projeto dentro do Negev. O abastecimento de água a regiões longínquas, as redes agrícolas e florestamento feitas para preparar a chegada de colonos e o desenho dos assentamentos cercados por parques urbanos são aspectos que revela o elo entre planejamento territorial e modos de se fazer a vida cotidiana viável em meio a um ambiente hostil.

A programação completa você encontra aqui: http://www.iabsp.org.br/

Fonte: Pletz

 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Artigo Padre Juarez: O verdadeiro sentido de vigiar e orar

Jônatas é baterista da banda que comigo percorre o país fazendo shows. É um músico  exemplar! E foi ele que me disse uma frase que compartilho com vocês. Tudo aconteceu em uma mesa de almoço, na estrada, em um papo sobre o que é nossa responsabilidade e o que é responsabilidade de Deus. Muitas dúvidas surgiram: onde está a ação de Deus e onde se encontra a liberdade do homem? Tudo que acontece em nossa vida é vontade de Deus? Os acidentes e as catástrofes, isso também é vontade de Deus? Será que Deus criou o mundo e deixou o resto por nossa conta?
Dúvidas e opiniões eram debatidas e ainda tínhamos muitos quilômetros de estrada esburacada pela frente. Parecia que não íamos chegar a um consenso. Foi aí que Jônatas esclareceu a questão: “Foi por isso que Jesus disse ‘vigiai’ e ‘orai’, nessa ordem”. Silêncio geral. “É isso mesmo, a ordem desses dois verbos é muito importante. Primeiro precisamos vigiar,  isto é, estar preparados, lutar por um ideal, agir com as próprias mãos, buscar justiça e praticar a Palavra. Aí então vem o orar, que é se colocar nas mãos de Deus, fazer a Sua vontade, deixar a graça acontecer”, completou. Simples assim, descobrimos o equilíbrio que procurávamos.
Vigiar e orar é a resposta para aqueles que pensam que Deus faz tudo em nossa vida e nós podemos fcar de braços cruzados esperando a graça acontecer e o milagre se fazer realidade. Nada disso: é preciso vigiar, ir à luta e escrever a própria história. Mas sem o orar, nada tem sentido. É na oração que deixamos Deus nos inspirar e fortalecer. É na oração que entramos em comunhão para que Ele seja a força na nossa fraqueza. Na oração nos entregamos ao seu amor e o milagre acontece a partir de uma parceria entre nós e Deus. Eu, fazendo o que tenho que fazer, e Ele, agindo com poder e misericórdia. Ou seja, só vigiando não chegarei a lugar nenhum, pois estarei limitado ao simples agir. Da mesma forma, somente orar não me levará muito além, pois quem só reza e não faz, cai no comodismo. E não é o Senhor que é seu escravo, é justamente o contrário: você é servo e Ele o Senhor.
A resposta estava clara: vigiai e orai. Saímos dali refeitos, não só pelo almoço, mas pela explicação do Jônatas. Naquela noite fizemos o show. Foi lindo. A banda tocou com a perfeição de sempre. O baterista estava ótimo, mas ele tinha sido ótimo mesmo lá no almoço, quando nos explicou o real e verdadeiro sentido do vigiar e orar.

Padre Juarez de Casto

Fonte: Revista Viva Mais

domingo, 6 de outubro de 2013

Organizações religiosas cobram reconhecimento do Estado

O primeiro dia do seminário promovido pelo Coletivo Inter-religioso foi marcado por reflexões que trouxeram à tona o distanciamento do Estado na relação com as organizações religiosas. O evento, que teve início nesta segunda-feira, 30 de setembro, dá continuidade ao debate sobre o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil, e cobra o diálogo permanente entre as organizações religiosas e o Governo.
O “Marco Regulatório – Memória, situação e perspectivas” foi tema de debate que abriu as atividades do seminário, com a presença da pastora Romi Márcia Bencke (Conic), Daniel Rech (CNBB) e Flamarion Vidal Arauto (FEB), com mediação de padre Geraldo Martins (CNBB).
A secretária geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), pastora Romi Márcia Bencke, lembrou que depende do Governo em querer estabelecer parcerias com as organizações da sociedade civil. “O Governo tem sim a opção por interlocutores, mas é preciso saber quem são eles. Há a interlocução com algumas organizações da sociedade civil e religiosas. Mas é necessário prestar atenção no perfil e na proposta dessas organizações”. A pastora Romi também questionou “a quem interessa cada vez mais a fragilização das organizações da sociedade civil”, que estão com seus direitos ameaçados, assim como as entidades religiosas que desenvolvem atividades ecumênicas em conjunto.
Dentro do debate, o representante da Federação Espírita Brasileira (FEB), Flamarion Vidal, fez uma crítica ao entendimento equivocado de Estado laico: “Quando é que o Estado, entendendo haver interesse público, poderá promover suas alianças ou aproximações com as organizações religiosas? Será que estamos tratando de um Estado laico ou um Estado ateísta? Podemos verificar que a posição é ateia, ou seja, há uma equivocada interpretação de que o Estado laico significa não ter religião. Em nosso entender, Estado laico precisa respeitar e garantir todas as religiões”.
 
Fonte: CNBB