Na época dos cruzados o jardim
encantado ficava na parte norte da cidade, junto a muralha. Do seu lado
oriental ficava o palácio do Rei Cruzado e ao seu lado ocidental ficava a
fortaleza da hospedaria da Ordem dos Cruzados de São João. Sobre suas ruínas
foi construído na época do Sultão Turco o palácio do governante e a área do
jardim era parte do jardim particular do palácio.
Os setores do refeitório e das
moradias foram construídos em um rico estilo gótico, o que demonstra que foram
provavelmente construídos em uma época posterior aos outros setores.
A Rua Sul
Ao sul da Fortaleza de Hospedagem foi
descoberta uma rua que ia desde a portal norte(Porta de São João) seguindo em
direção sul pela parede oriental, de lá passa para a direção ocidental até a
igreja de São João, em uma distância de 50 metros a rua se direciona para o sul
rumo ao bairro Genoasi, neste local foi construída um portal de pedra
monumental, o que permitia aos membros da Ordem fechar a passagem em caso de
emergência.
Da Rua Sul se dividia uma outra rua
pública que se dirigia para o oriente, rumo ao bairro do Rei. Esta rua cuja a
largura é de dez metros era coberta de placas de pedra, na parte sul da cidade
foram descobertas diversas lojas.
O Jardim Encantado
Na época dos cruzados o jardim
encantado ficava na parte norte da cidade, junto a muralha. Do seu lado
oriental ficava o palácio do Rei Cruzado e ao seu lado ocidental ficava a
fortaleza da hospedaria da Ordem dos Cruzados de São João. Sobre suas ruínas
foi construído na época do Sultão Turco o palácio do governante e a área do
jardim era parte do jardim particular do palácio.
Em 1799 ocorreram na área do jardim
as batalhas entre os soldados de Napoleão e os defensores da cidade. Os
soldados de Napoleão conseguiram entrar na cidade mais foram empurrados para
foram e não conseguiram conquistá-la. Nos dias de hoje, o jardim é utilizado
como centro de visitantes reservas de Acre e da Galileia e como entrada nova
para a Fortaleza de Acre.
Horários de Abertura
De domingo a quinta-feira de 08:30 as
17:00 hs.
Sexta-feira e Vésperas de Feriados de
08:30 as 14:00 hs.
Entrada Livre
Museu Okshi
Junto a Fortaleza dos Cavaleiros da
Ordem dos templários há uma construção do período otomano construído em forma
de domos com colunas que se cruzam no teto em forma de “costelas”, neste local
funcional um museu que mostra diversas exposições temporárias de diversos artistas
israelenses ao lado de uma exposição permanente de Absalão Okshi. Este artista
foi uma das espinhais dorsais do grupo de artistas “Novos Horizontes”, uma das
primeiras correntes artísticas organizadas logo após a guerra da independência
do Estado de Israel. Okshi viveu a maior parte de sua vida em Acre(Acco) e
nesta cidade criou seu curso de pintura que acabou se transformando no atual
Museu Okshi após sua morte. Suas raízes no começo de sua carreira eram baseadas
na natureza e na vida espiritual em torno das escrituras sagradas.
Horários de Abertura
Verão – De domingo a quinta-feira,
sábado e feriados de 09:30 as 18:30 hs,
Vésperas de feriado e sexta-feira de 09:30 as 15:00 hs.
Inverno
Verão – De domingo a quinta-feira,
sábado e feriados de 09:30 as 17:00 hs,
Vésperas de feriado e sexta-feira de 09:30 as 14:00 hs.
Hamam El-Basha (O Hamam Turco)
Hamam El-Basha foi uma casa de banho
público construída no ano de 1795 pelas mão de El Jazar e foi construído de
acordo com os banhos orientais típico do império turco nos séculos XVIII e XIX.
O salão de entrada é utilizado como vestiário e no centro há um chafariz de
mármore. Do vestiário há um corredor que leva a uma série de salões quentes e o
últimos dos salões é uma sala de vapores cuja a forma é de octogonal cujas
abobadas são erguidas por colunas de mármore e seus quatro cantos são salas de
uso pessoal. Os pisos e demais objetos de decoração são de mármore ou cerâmica
luxuosa encomendada especialmente para sua construção. Esta belíssima
construção é parte do roteiro realizado junto com a Fortaleza da Hospedaria e é
possível visitá-lo com a compra de um cartão de entrada conjunta nos pontos de
visita em Acre.
O Túnel dos Templários
Na segunda parte do século XVII os
Cavaleiros da Ordem do Templários iniciaram a construção de seu bairro na parte
sudoeste da cidade. Um escrivão que vivia na época descreveu em seus escritos:
“A Fortaleza dos Templários era a mais segura de toda a cidade e esta ia desde
a linha do mar no lado ocidental cuja a entrada era protegida por duas torres.
Sua torres tinha a largura de suas paredes de 28 pés, ao lado de cada uma duas
grandes torres foram construídas outras duas menores e ao topo de cada torre
foi posto um leão dourado.”
Os restos da fortaleza hoje estão sob
as águas do mediterrâneo mas o túnel que vai desde o ocidente até o porto
oriental foi escavado parte na rocha e parte construído em forma de domos que
sustentavam as construções acima do túnel que percorre uma distância de 350
metros.
O Túnel da Ordem dos Templários foi
descoberto em 1994 e foi aberto ao público pela primeira vez em 1999 após
reclamações de uma anciã que estava com problemas no seu sistema de esgoto.
Funcionários da prefeitura de Acre que vieram verificar o problema se depararam
com uma descoberta fabulosa. Afim de preparar os túnel para visitação tiveram
que ser realizados trabalhos de escoação, limpeza de grande quantidade de
detritos e a instalação de bombas que escoam a água constante que flui no local
pelos lençóis subterrâneos existentes ali.
Horários de Abertura
Verão - Domingo a quinta-feira e
feriados 09:30 as 19:30
Vésperas de feriados de 09:30 as 17:30
Inverno - Domingo a quinta-feira e feriados 09:30 as 17:30
Vésperas de feriados de 09:30 as 17:30
Verifique a possibilidade da compra
de um cartão de entrada conjunto para todas a áreas de visita paga.
Han A-Shawuarda (Han dos
Comerciantes)
Han A-Shawuarda foi construído
provavelmente por Dahar Al-Omer no século XVIII em torno de um pátio central
quadrado e com colunas por todos os lados. Na parte centra restos do que
poderia ter sido um local para dar água aos animais da cidade(cavalos e gado).
Na época do Mandato Britânico foram feitas pequenas aberturas de norte a sul
para facilitar a passagem. Acredita-se que o local funcionava um convento de
freiras da ordem de Clarice na época dos cruzados e quando os muçulmanos
invadiram a cidade, as mulheres se mataram cortando os os narizes para não
caírem nas mãos dos conquistadores muçulmanos. A história foi relatada por
Mondril em 1697.
Han A-Shuna
Han A-Shuna está situada a uma
distância de apenas 30 metros de Han Al-Umdan o mais antigo depósito de Acre
que era utilizado como armazéns de colheita. Uma inscrição em árabe relata a
sua reforma nos dias de Dahar Al-Omer, a importância do Han A-Shuna se deve
principalmente as partes inferiores(térreo) que ainda mantém ruínas da
construção original no tempo dos cruzados.
Han Al-Umdan
É um grande Han de comerciantes junto
ao porto que era utilizado para o comércio internacional. Os comerciantes
utilizavam a parte inferior para armazenar as mercadorias em seus depósitos e
na parte superior funcionava um hotel que os abrigava em seus quartos durante
sua estadia em Acre.
O Han Al-Umdan foi construído no
século XVIII por Ahmad Al-Jazar se sua construção está baseada em colunas de
granito que foram trazidas para ali de diversos locais da região. O pátio do
Han Al-Umdan está aberto ao público todas as horas do dia. Entrada grátis.
Diversos filmes realizados por
Hollywood sobre a Terra Santa filmados em Israel utilizaram o Han Al-Umdan como
cenário.
Han Al-Frank
O Han Al-Frank foi construído na
segunda parte do século XVI por comerciantes franceses e no local havia o pátio
principal do bairro veneziano no período dos cruzados. Este é o Han mais antigo
de Acre que permanece inteiro até os dias de hoje. Seu nome é baseado no nome
dos comerciantes franceses que o construíram, viveram e comercializaram ali até
o século XVIII, quando foram expulsos da cidade por Jazar Pachá. Ao expulsá-los
dali, Jazar Pahar dominou o comércio do algodão que antes era monopolizados
pelos franceses, e ali vivia o governante de Acre que passou a morar ali afim
de fiscalizar melhor o pagamento dos impostos por parte dos comerciantes franceses.
Nos dias de hoje funciona alí em um
dos setores uma escola e o pátio do Han está sempre aberto ao público. Entrada
grátis.
As muralhas de Acre
As muralhas de Acre são compostas de
três principais grupos de muralhas cujo lado sul esta praticamente intacto as
outras duas partes somente algumas partes resistiram ao tempo. Ela em composta
de pequenas muralhas contrárias para dar suporte, passagens e rampas. O sistema
de muralhas foi construído em etapas entre os anos de 1750 e 1840.
Uma das partes foi construída por
Dahar Al-Omer no período otomano nos anos de 1750 e 1751. As muralha foram
re-construídas a partir de ruínas das muralhas construídas anteriormente pelos
cruzados, incluindo também novas construções. No fim de sua construção, a
muralha contornava toda a cidade, esta era a muralha estreita(cerca de um metro
de largura) e sua altura ia desde 10 metros até 13 metros dependendo do local.
Nesta primeira fase a muralha não
tinha fosso, haviam Hans e apenas duas entradas para a cidade, uma no noroeste
e outra no sudeste da cidade. O local mais largo da muralha ficava no palácio
de Dahar, contendo cerca de cinco metros de largura e um fosso para proteger o
palácio.
O Bazar Turco
Desde os ano de 1291, quando os
cruzados foram expulsos da cidade, cerca de 450 anos a cidade ficou
praticamente abandonada. Após este período a cidade foi reconstruída sob as
ruínas da cidade cruzada por um dominados beduíno Dahar Al-Omer, entre os anos
de 1750 a 1775 que havia criado na Galileia um reino independente e transformou
a cidade em sua capital. Ele renovou as muralhas, limpou e preparou o porto e
construiu nela seu palácio particular.
Em 1775 conquistou a cidade um
oficial egípcio do Império Otomano, Ahmad Al-Jazar que o condenou a morte por
se rebelar contra o Império Otomano. Ahmad Al-Jazar continuou a tarefa de Dahar
transformando a cidade em um centro comercial de toda a região, neste período
iniciou-se a construção de Hans, Mesquitas e Bazares para os moradores da
cidade.
O bazar turco foi construído no fim
do século XVIII para servir a população local, o mercado foi abandonado em 1948
com a conquista da cidade pelas Força de Defesa de Israel. Com a conquista o
local foi re-aberto nos últimos anos como um centro de artesanato e comércio
local.
O bazar hoje oferece ao público de
turistas, loja que vendem souvenirs e artesanato e está aberto todos os dias
até as 18:00 hs, no período dos festivais fica aberto até tarde.
O Mercado Branco
O mercado branco foi construído por
Dahar Al-Omer entre 1750 e 1775, ficando completamente destruído após um
incêndio ocorrido ali. O local foi restaurado em 1817 por Suleiman, recebendo o
nome de mercado branco devido ao calcário, matéria prima de sua construção. O
mercado e a rua foram construído como uma única unidade com abóbadas que se
elevam cobrindo a rua em sua largura, abóbadas em forma de barris nos lados e
abóbadas maiores na parte central, enquanto as laterais vão se estreitando em
direção a cidade, o salão mantém seu tamanho original.
Rua do Mercado
A rua do mercado se projeta desde a
parte norte da cidade até a parte sul e representa uma via principal dentro da
cidade velha de Acre. Na época dos cruzados, esta ia desde a Fortaleza da
Hospedaria, passando pelo caminho do Rei(Via Regis) até a Marina, onde estava o
antigo porto.
Neste local hoje se encontra o
principal mercado tradicional de Acre, um mercado típico oriental cheio de
cores, cheiros e sabores como doces turcos, alimentos típicos da região e muitos
temperos que só se encontram na região. Ao sul da rua do Shuk(mercado) se
encontram mais dois locais que vale a pena serem visitados. A sinagoga de Acre
Antiga e a Casa das Flores.
O Porto de Acre
O porto de Acre foi lembrado pela
primeira vez nas jornadas de Khambizes em sua conquista do Egito nos anos de
525-527 A.C, durante as quais foram concentradas uma grande quantidade de
embarcações que transportavam soldados, cavalos e muito abastecimento. Este
fato em que foram abrigados uma grande frota revela que é bem provável que o
quebra-mar do sul já existia neste período.
Durante o primeiro período muçulmano
de Acre, foi construído um cais para grande embarcações que resistiu por um
curto período da história, quando foi destruído pelo governante do Egito nos
anos de 884-868 Ahmed Ivan Toulon que havia conquistado parte da Terra Santa e
da Síria. Ele decidiu também reforçar sua infra-estrutura, bem como a da cidade
de Tiro no Líbano.
Durante o período dos Cruzados
cresceu a importância da cidade, pois esta era a porta de entrada e contato com
os países orientais. Além disso um dos fatores que impulsionaram as construções
em torno do porto foi a limitação de seu uso nos meses de Maio a Outubro, o que
incentivou o uso de grandes áreas para a construções de depósitos e instalações
com a finalidade de armazenar as mercadorias para os peregrinos que chegavam.
Após a conquista otomana, o uso do
porto foi praticamente abandonado e era utilizado principalmente para barcos de
pescadores. Pinturas do século XVIII mostram como as muralhas e o quebra mar da
época dos cruzados se elevavam na paisagem em relação as demais construções.
Pelo visto, nos últimos dias Dahar Al-Omer no século XVIII foram concluídos uma
série de melhoras no porto, permitindo a entrada de grandes barcos a vela, o
que auxiliou no desenvolvimento do comércio marítimo a partir deste período. No
início do século XIX o porto estava em boas condições e foi utilizado pelas
frotas do Egípcio Muhamad Ali e Ibraim Faha, durante os bombardeios dos ingleses
e austríacos na metade do século XIX foram destruídos parte da muralha do
quebra mar sul e também a torre da moscas no ano de 1840.
Durante vários períodos da história,
cristãos e judeus que peregrinavam à Terra Santa, fizeram o seu caminho pelo
porto de Acre e sua posição como um lugar de estrema importância para a Terra
de Israel iniciou-se com a conquista da cidade pelos cruzados no ano de 1104.
Santuários em Acre
Em Acre o visitante pode visitar uma
série de locais de orações que estão abertos para as principais três religiões
monoteísta do Mundo. Em pequenas distâncias uns dos outros, convivem neste
local e em harmonia, santuários do Cristianismo, Judaísmo e Islamismo, sendo
Acre uma cidade exemplar de convívio entre diversas etnias.
Ali estão a Beith Knesset(Sinagoga)
de Acabe(1747 A.D.), a Sinagoga Tunisiana, a Igreja dos Carmelitas(1291 A.D.),
Igreja Morronica(1666 A.D), Franciscana Terra Santa(1291 A.D) e de Andrias, São
João e São Jorge(coloniais, séculos XII e XIII), Mesquitas de Al-Jazar, Al-Mina,
Al-Zituna e Al-Madjadela entre muitas outras. Ainda que não haja interesse
espiritual em visitar este locais, há entre eles locais de extrema beleza
arquitetônica e artística, vale a pena conferir. Uma viagem de barco em torno
de suas muralhas pode tornar este passeio simplesmente inesquecível.
Boa Viagem.
Fonte:
Cafetorah