quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Mar Morto tem redução histórica em consequência de exploração industrial


O Mar Morto está encolhendo em taxas recordes, em consequência dos trabalhos de exploração feitos pela indústria de fertilizantes. A redução chegou a 1,5 metro nos últimos 12 meses, caracterizando a situação como o maior declínio já registrado desde 1950.

Duas empresas do ramo de fertilizantes são apontadas como as principais culpadas pelo problema: Israel Chemical Ltda. (ICL) e Jordan’s Arab Potash Co. (APOT), de acordo com Gidon Bromberg, diretor da ONG israelense Amigos da Terra do Oriente Médio.

Os fabricantes de potássio, uma das matérias-primas utilizadas em fertilizantes, competem pelas águas com a indústria do turismo há anos. O Mar Morto é um dos destinos mais procurados por quem visita o oriente médio, atraindo em 2011, 857 mil turistas. A agricultura local também depende das águas do mar mais salgado do mundo.

Para se defender das acusações, a Israel Chemicals informou que não aumentou a quantidade de água bombeada do mar e atribuiu a redução aos bombeamentos históricos, feito ao longo de milhões de anos. A empresa utiliza de 150 a 170 milhões de metros cúbicos de água proveniente do Mar Morto todos os anos.

O Ministério da Jordânia informa que a preservação do mar é fator essencial. “Estamos empenhado em fazer tudo o possível para preservar o Mar Morto, que está encolhendo anualmente”, declarou o porta-voz do Ministério, Issa Shboul à Bloomberg.

Segundo ele, as empresas são incentivadas a adotarem tecnologias mais recentes e que causem menos impactos à natureza. Bromberg, diretor da ONG Amigos da Terra do Oriente Médio, explicou que o déficit anual do Mar Morte é de 700 milhões de metros cúbicos de água.

Fonte: CicloVivo

 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Artigo: O homem, este mistério

Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo (SP)
No dia 11 de outubro passado, a Praça de São Pedro recordou um dos momentos memoráveis da história da Igreja Católica no século XX: a abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II, ocorrida nesse mesmo dia de outubro, em 1962.

Um dos pontos salientes do Concílio foi a sua rica antropologia, que recolheu o pensamento cristão amadurecido durante séculos e que desejo retratar aqui, com breves acenos. Entre as primeiras perguntas da filosofia estão as que se referem ao próprio homem: quem, afinal, é o homem? Que sentido tem sua vida? Quanto vale cada ser humano em particular?

As guerras e as tragédias humanitárias da primeira metade do século XX haviam ferido e desfigurado profundamente a imagem do ser humano, que precisava ser restaurada. A Declaração Universal dos Direitos do Homem, da ONU, representou uma síntese do esforço comum feito pela comunidade política, para afirmar a dignidade e os direitos humanos; para ela contribuíram varias correntes do pensamento filosófico e religioso da humanidade, incluindo o pensamento católico.

O Concílio Vaticano II, porém, deu origem a uma verdadeira “virada antropológica” na reflexão teológica e filosófica católica e na própria vida prática da Igreja; e isso foi traduzido numa atenção muito especial para com o ser humano. Não é que a Igreja Católica, enquanto religião, tenha deixado de lado Deus, como referencial primeiro e último da religião: ao contrário, foi por causa de sua convicção sobre Deus, e por levar Deus plenamente a sério que a Igreja passou mais às conseqüências de sua fé no trato com o ser humano. O próprio ensinamento de Jesus já resumiu toda a Lei de Deus no duplo e inseparável amor – a Deus e ao próximo. E o apóstolo São João questionava com veemência quem já o havia esquecido: “irmãos, como pode alguém dizer que ama a Deus, a quem não vê, se não ama ao próximo que vê?”

A antropologia decorrente da fé cristã vem dos textos bíblicos, onde se aprende que Deus tem um olhar de predileção por todo ser humano; tendo-o criado “à sua imagem e semelhança”, confiou-lhe também parte na responsabilidade sobre o “jardim”, onde se encontra toda sorte de criaturas. O próprio homem, tomando consciência da distinção com que é tratado pelo Criador no meio das demais criaturas, cheio de estupor, numa noite de céu estrelado, exclama: “Senhor, como é grande o vosso nome em todo o universo! Que é o homem, para que dele vos lembreis? Um filho de homem, para que vos ocupeis com ele tanto assim?!” (cf. Sl 8).

A síntese da antropologia cristã foi expressa de maneira singular na Constituição Pastoral Gaudium et Spes (nº 22), do Concílio Vaticano II, e recebeu grande contribuição de filósofos, como Jacques Maritain e Edith Stein, e teólogos, como Henri Delubac e Hans Urs Von Balthasar; nela, foi trazida novamente à tona a sua fonte inspiradora e referência primeira, que e o mistério da “humanidade de Deus”, manifestado ao mundo em Jesus Cristo. Já perguntavam os teólogos antigos: por que o Filho de Deus se fez homem? E a resposta mais extraordinária é esta: por puro amor ao homem e para lhe mostrar quanto valor ele tem.

O papa João Paulo II gostava de repetir esta afirmação do Concílio: em Jesus Cristo, Deus revelou plenamente o homem ao próprio homem! A fé cristã, por isso, tem um conceito muito elevado do ser humano, base para a afirmação de sua dignidade e de seus direitos inalienáveis. Nada do que é autenticamente humano deixa de ter importância para a relação do homem com Deus; e os seus anseios de liberdade, paz, felicidade e realização plena devem ser levados plenamente a sério.

Cada ser humano é pessoa, é única e irrepetível. E cada pessoa è uma consciência, uma liberdade, uma individualidade, uma subjetividade. Nada mais contrário à visão cristã do ser humano do que a massificação despersonalizante, onde os seres humanos somam números em vez de rostos e são apenas representados em estatísticas. Nem corresponde à visão cristã do homem que sua força motivadora maior seja a inimizade contra o outro homem – “homo hominis lupo”. Cada ser humano tem uma história pessoal e uma contribuição a dar ao bem comum. O amor é, de fato, a força maior que une e harmoniza as relações humanas.

Algumas vertentes do pensamento moderno e contemporâneo têm Deus como o grande obstáculo à felicidade do homem que, por isso, deveria tirá-lo de seu caminho para ser feliz. Para a antropologia cristã, ao contrário, Deus é a condição de possibilidade para o sentido da existência humana; sem a referência a Deus, o homem permanece um enigma, fechado na estreiteza de seu próprio horizonte, nunca suficientemente largo e luminoso para justificar suas aspirações e buscas de felicidade.

O homem não é fruto de um acaso cego, mas deve sua origem a um querer amoroso de Deus; nem é prisioneiro de forças externas, que o enredam em tramas favoráveis ou adversas, das quais ele não se pode livrar. Ele é livre e capaz de viver com sentido e de alcançar a felicidade e a paz, quando acolhe o desígnio de Deus e colabora de maneira responsável na sua obra, quer na vida pessoal, quer na vida social e no cuidado do mundo. O homem é chamado a ser colaborador livre e responsável com Deus e aqui está o fundamento último da vida moral.

A vida do homem não se esgota neste mundo, feito ainda de realidades contingentes e precárias; ele próprio também está sujeito a essa precariedade, mas é chamado à vida em plenitude, junto de Deus. De fato, desde agora, o homem já é capaz de acolher a manifestação de Deus, conhecendo de alguma forma o seu ser, seu desígnio de amor e salvação e de sintonizar com ele. E aqui está o fundamento maior de sua dignidade.
 
Fonte: CNBB

domingo, 28 de outubro de 2012

Em um dia 22 de outubro, 34 anos atrás, tinha início o pontificado de João Paulo II. Naquele ano, 1978, o Brasil começava a sair do regime: o Presidente Ernesto Geisel decretava o fim do AI5, maior instrumento jurídico de repressão política, criado 10 anos antes pela ditadura militar, nascia na Inglaterra o primeiro bebê de proveta do mundo; e nós conhecíamos o primeiro PC, o computador pessoal. Apenas 33 dias após ter sido eleito, em 28 de setembro morria o Papa João Paulo I

As relíquias do Beato Papa João Paulo II serão levadas a Lourdes em ocasião da peregrinação que organiza a União Nacional Italiana para o Transporte de Doentes a Lourdes e aos Santuários Internacionais (UNITALSI) do dia 21 ao 27 de outubro.

Desta maneira, a festa estabelecida para a celebração do Beato Wojtyla na diocese de Roma e em algumas outras dioceses que pediram para celebrar também, em 22 de outubro, foi acompanhada por estas relíquias em Lourdes, onde está um dos Santuários Marianos mais importantes do mundo no qual Santa Bernardette Subirous viu à Mãe de Deus em diversas aparições em 1858.

O Arcebispo Zygmunt Zimowski, Presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Agentes Sanitários, foi quem concedeu à UNITALSI a permissão de levar ao santuário Mariano o relicário com a ampola do sangue de João Paulo II para que possa ser visto e venerado pelos peregrinos de todo o mundo.

O presidente da Unitalsi, Salvatore Pagliucca, declarou à Rádio Vaticano que no Ano da fé e durante o Sínodo sobre a Nova Evangelização "um tema que preocupava muito a João Paulo, (...) que continua influenciando a Igreja e as pessoas, (...) a presença do relicário do Beato nesta peregrinação é um sinal com grande significado".

"Representa a presença das suas ideias, dos seus sentimentos, a presença, sobretudo, do amor que deu, como homem e como pastor a todas as pessoas, aos fiéis e em particular aos doentes e deficientes", acrescentou.

O Papa Bento XVI beatificou a João Paulo II no dia 1º de maio de 2011 ante 1 milhão de pessoas de distintas partes do mundo à Praça de São Pedro no Vaticano. Esse dia estabeleceu que sua festa se celebraria em Roma cada 22 de outubro.

Fonte: ACI Digital

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sábado, 27 de outubro de 2012

Israel: Acre, a cidade velha, suas portas, muros e encantos


Na época dos cruzados o jardim encantado ficava na parte norte da cidade, junto a muralha. Do seu lado oriental ficava o palácio do Rei Cruzado e ao seu lado ocidental ficava a fortaleza da hospedaria da Ordem dos Cruzados de São João. Sobre suas ruínas foi construído na época do Sultão Turco o palácio do governante e a área do jardim era parte do jardim particular do palácio.

Os setores do refeitório e das moradias foram construídos em um rico estilo gótico, o que demonstra que foram provavelmente construídos em uma época posterior aos outros setores.

A Rua Sul

Ao sul da Fortaleza de Hospedagem foi descoberta uma rua que ia desde a portal norte(Porta de São João) seguindo em direção sul pela parede oriental, de lá passa para a direção ocidental até a igreja de São João, em uma distância de 50 metros a rua se direciona para o sul rumo ao bairro Genoasi, neste local foi construída um portal de pedra monumental, o que permitia aos membros da Ordem fechar a passagem em caso de emergência.

Da Rua Sul se dividia uma outra rua pública que se dirigia para o oriente, rumo ao bairro do Rei. Esta rua cuja a largura é de dez metros era coberta de placas de pedra, na parte sul da cidade foram descobertas diversas lojas.

O Jardim Encantado

Na época dos cruzados o jardim encantado ficava na parte norte da cidade, junto a muralha. Do seu lado oriental ficava o palácio do Rei Cruzado e ao seu lado ocidental ficava a fortaleza da hospedaria da Ordem dos Cruzados de São João. Sobre suas ruínas foi construído na época do Sultão Turco o palácio do governante e a área do jardim era parte do jardim particular do palácio.

Em 1799 ocorreram na área do jardim as batalhas entre os soldados de Napoleão e os defensores da cidade. Os soldados de Napoleão conseguiram entrar na cidade mais foram empurrados para foram e não conseguiram conquistá-la. Nos dias de hoje, o jardim é utilizado como centro de visitantes reservas de Acre e da Galileia e como entrada nova para a Fortaleza de Acre.

Horários de Abertura

De domingo a quinta-feira de 08:30 as 17:00 hs.

Sexta-feira e Vésperas de Feriados de 08:30 as 14:00 hs.

Entrada Livre

Museu Okshi

Junto a Fortaleza dos Cavaleiros da Ordem dos templários há uma construção do período otomano construído em forma de domos com colunas que se cruzam no teto em forma de “costelas”, neste local funcional um museu que mostra diversas exposições temporárias de diversos artistas israelenses ao lado de uma exposição permanente de Absalão Okshi. Este artista foi uma das espinhais dorsais do grupo de artistas “Novos Horizontes”, uma das primeiras correntes artísticas organizadas logo após a guerra da independência do Estado de Israel. Okshi viveu a maior parte de sua vida em Acre(Acco) e nesta cidade criou seu curso de pintura que acabou se transformando no atual Museu Okshi após sua morte. Suas raízes no começo de sua carreira eram baseadas na natureza e na vida espiritual em torno das escrituras sagradas.

Horários de Abertura

Verão – De domingo a quinta-feira, sábado e feriados de 09:30 as 18:30 hs,
Vésperas de feriado e sexta-feira de 09:30 as 15:00 hs.

Inverno

Verão – De domingo a quinta-feira, sábado e feriados de 09:30 as 17:00 hs,
Vésperas de feriado e sexta-feira de 09:30 as 14:00 hs.

Hamam El-Basha (O Hamam Turco)

Hamam El-Basha foi uma casa de banho público construída no ano de 1795 pelas mão de El Jazar e foi construído de acordo com os banhos orientais típico do império turco nos séculos XVIII e XIX. O salão de entrada é utilizado como vestiário e no centro há um chafariz de mármore. Do vestiário há um corredor que leva a uma série de salões quentes e o últimos dos salões é uma sala de vapores cuja a forma é de octogonal cujas abobadas são erguidas por colunas de mármore e seus quatro cantos são salas de uso pessoal. Os pisos e demais objetos de decoração são de mármore ou cerâmica luxuosa encomendada especialmente para sua construção. Esta belíssima construção é parte do roteiro realizado junto com a Fortaleza da Hospedaria e é possível visitá-lo com a compra de um cartão de entrada conjunta nos pontos de visita em Acre.

O Túnel dos Templários

Na segunda parte do século XVII os Cavaleiros da Ordem do Templários iniciaram a construção de seu bairro na parte sudoeste da cidade. Um escrivão que vivia na época descreveu em seus escritos: “A Fortaleza dos Templários era a mais segura de toda a cidade e esta ia desde a linha do mar no lado ocidental cuja a entrada era protegida por duas torres. Sua torres tinha a largura de suas paredes de 28 pés, ao lado de cada uma duas grandes torres foram construídas outras duas menores e ao topo de cada torre foi posto um leão dourado.”

Os restos da fortaleza hoje estão sob as águas do mediterrâneo mas o túnel que vai desde o ocidente até o porto oriental foi escavado parte na rocha e parte construído em forma de domos que sustentavam as construções acima do túnel que percorre uma distância de 350 metros.

O Túnel da Ordem dos Templários foi descoberto em 1994 e foi aberto ao público pela primeira vez em 1999 após reclamações de uma anciã que estava com problemas no seu sistema de esgoto. Funcionários da prefeitura de Acre que vieram verificar o problema se depararam com uma descoberta fabulosa. Afim de preparar os túnel para visitação tiveram que ser realizados trabalhos de escoação, limpeza de grande quantidade de detritos e a instalação de bombas que escoam a água constante que flui no local pelos lençóis subterrâneos existentes ali.

Horários de Abertura

Verão - Domingo a quinta-feira e feriados 09:30 as 19:30
Vésperas de feriados de 09:30 as 17:30
Inverno - Domingo a quinta-feira e feriados 09:30 as 17:30
Vésperas de feriados de 09:30 as 17:30

Verifique a possibilidade da compra de um cartão de entrada conjunto para todas a áreas de visita paga.

Han A-Shawuarda (Han dos Comerciantes)

Han A-Shawuarda foi construído provavelmente por Dahar Al-Omer no século XVIII em torno de um pátio central quadrado e com colunas por todos os lados. Na parte centra restos do que poderia ter sido um local para dar água aos animais da cidade(cavalos e gado). Na época do Mandato Britânico foram feitas pequenas aberturas de norte a sul para facilitar a passagem. Acredita-se que o local funcionava um convento de freiras da ordem de Clarice na época dos cruzados e quando os muçulmanos invadiram a cidade, as mulheres se mataram cortando os os narizes para não caírem nas mãos dos conquistadores muçulmanos. A história foi relatada por Mondril em 1697.

Han A-Shuna

Han A-Shuna está situada a uma distância de apenas 30 metros de Han Al-Umdan o mais antigo depósito de Acre que era utilizado como armazéns de colheita. Uma inscrição em árabe relata a sua reforma nos dias de Dahar Al-Omer, a importância do Han A-Shuna se deve principalmente as partes inferiores(térreo) que ainda mantém ruínas da construção original no tempo dos cruzados.

Han Al-Umdan

É um grande Han de comerciantes junto ao porto que era utilizado para o comércio internacional. Os comerciantes utilizavam a parte inferior para armazenar as mercadorias em seus depósitos e na parte superior funcionava um hotel que os abrigava em seus quartos durante sua estadia em Acre.

O Han Al-Umdan foi construído no século XVIII por Ahmad Al-Jazar se sua construção está baseada em colunas de granito que foram trazidas para ali de diversos locais da região. O pátio do Han Al-Umdan está aberto ao público todas as horas do dia. Entrada grátis.

Diversos filmes realizados por Hollywood sobre a Terra Santa filmados em Israel utilizaram o Han Al-Umdan como cenário.

Han Al-Frank

O Han Al-Frank foi construído na segunda parte do século XVI por comerciantes franceses e no local havia o pátio principal do bairro veneziano no período dos cruzados. Este é o Han mais antigo de Acre que permanece inteiro até os dias de hoje. Seu nome é baseado no nome dos comerciantes franceses que o construíram, viveram e comercializaram ali até o século XVIII, quando foram expulsos da cidade por Jazar Pachá. Ao expulsá-los dali, Jazar Pahar dominou o comércio do algodão que antes era monopolizados pelos franceses, e ali vivia o governante de Acre que passou a morar ali afim de fiscalizar melhor o pagamento dos impostos por parte dos comerciantes franceses.

Nos dias de hoje funciona alí em um dos setores uma escola e o pátio do Han está sempre aberto ao público. Entrada grátis.

As muralhas de Acre

As muralhas de Acre são compostas de três principais grupos de muralhas cujo lado sul esta praticamente intacto as outras duas partes somente algumas partes resistiram ao tempo. Ela em composta de pequenas muralhas contrárias para dar suporte, passagens e rampas. O sistema de muralhas foi construído em etapas entre os anos de 1750 e 1840.

Uma das partes foi construída por Dahar Al-Omer no período otomano nos anos de 1750 e 1751. As muralha foram re-construídas a partir de ruínas das muralhas construídas anteriormente pelos cruzados, incluindo também novas construções. No fim de sua construção, a muralha contornava toda a cidade, esta era a muralha estreita(cerca de um metro de largura) e sua altura ia desde 10 metros até 13 metros dependendo do local.

Nesta primeira fase a muralha não tinha fosso, haviam Hans e apenas duas entradas para a cidade, uma no noroeste e outra no sudeste da cidade. O local mais largo da muralha ficava no palácio de Dahar, contendo cerca de cinco metros de largura e um fosso para proteger o palácio.

O Bazar Turco

Desde os ano de 1291, quando os cruzados foram expulsos da cidade, cerca de 450 anos a cidade ficou praticamente abandonada. Após este período a cidade foi reconstruída sob as ruínas da cidade cruzada por um dominados beduíno Dahar Al-Omer, entre os anos de 1750 a 1775 que havia criado na Galileia um reino independente e transformou a cidade em sua capital. Ele renovou as muralhas, limpou e preparou o porto e construiu nela seu palácio particular.

Em 1775 conquistou a cidade um oficial egípcio do Império Otomano, Ahmad Al-Jazar que o condenou a morte por se rebelar contra o Império Otomano. Ahmad Al-Jazar continuou a tarefa de Dahar transformando a cidade em um centro comercial de toda a região, neste período iniciou-se a construção de Hans, Mesquitas e Bazares para os moradores da cidade.

O bazar turco foi construído no fim do século XVIII para servir a população local, o mercado foi abandonado em 1948 com a conquista da cidade pelas Força de Defesa de Israel. Com a conquista o local foi re-aberto nos últimos anos como um centro de artesanato e comércio local.

O bazar hoje oferece ao público de turistas, loja que vendem souvenirs e artesanato e está aberto todos os dias até as 18:00 hs, no período dos festivais fica aberto até tarde.

O Mercado Branco

O mercado branco foi construído por Dahar Al-Omer entre 1750 e 1775, ficando completamente destruído após um incêndio ocorrido ali. O local foi restaurado em 1817 por Suleiman, recebendo o nome de mercado branco devido ao calcário, matéria prima de sua construção. O mercado e a rua foram construído como uma única unidade com abóbadas que se elevam cobrindo a rua em sua largura, abóbadas em forma de barris nos lados e abóbadas maiores na parte central, enquanto as laterais vão se estreitando em direção a cidade, o salão mantém seu tamanho original.

Rua do Mercado

A rua do mercado se projeta desde a parte norte da cidade até a parte sul e representa uma via principal dentro da cidade velha de Acre. Na época dos cruzados, esta ia desde a Fortaleza da Hospedaria, passando pelo caminho do Rei(Via Regis) até a Marina, onde estava o antigo porto.

Neste local hoje se encontra o principal mercado tradicional de Acre, um mercado típico oriental cheio de cores, cheiros e sabores como doces turcos, alimentos típicos da região e muitos temperos que só se encontram na região. Ao sul da rua do Shuk(mercado) se encontram mais dois locais que vale a pena serem visitados. A sinagoga de Acre Antiga e a Casa das Flores.

O Porto de Acre

O porto de Acre foi lembrado pela primeira vez nas jornadas de Khambizes em sua conquista do Egito nos anos de 525-527 A.C, durante as quais foram concentradas uma grande quantidade de embarcações que transportavam soldados, cavalos e muito abastecimento. Este fato em que foram abrigados uma grande frota revela que é bem provável que o quebra-mar do sul já existia neste período.

Durante o primeiro período muçulmano de Acre, foi construído um cais para grande embarcações que resistiu por um curto período da história, quando foi destruído pelo governante do Egito nos anos de 884-868 Ahmed Ivan Toulon que havia conquistado parte da Terra Santa e da Síria. Ele decidiu também reforçar sua infra-estrutura, bem como a da cidade de Tiro no Líbano.

Durante o período dos Cruzados cresceu a importância da cidade, pois esta era a porta de entrada e contato com os países orientais. Além disso um dos fatores que impulsionaram as construções em torno do porto foi a limitação de seu uso nos meses de Maio a Outubro, o que incentivou o uso de grandes áreas para a construções de depósitos e instalações com a finalidade de armazenar as mercadorias para os peregrinos que chegavam.

Após a conquista otomana, o uso do porto foi praticamente abandonado e era utilizado principalmente para barcos de pescadores. Pinturas do século XVIII mostram como as muralhas e o quebra mar da época dos cruzados se elevavam na paisagem em relação as demais construções. Pelo visto, nos últimos dias Dahar Al-Omer no século XVIII foram concluídos uma série de melhoras no porto, permitindo a entrada de grandes barcos a vela, o que auxiliou no desenvolvimento do comércio marítimo a partir deste período. No início do século XIX o porto estava em boas condições e foi utilizado pelas frotas do Egípcio Muhamad Ali e Ibraim Faha, durante os bombardeios dos ingleses e austríacos na metade do século XIX foram destruídos parte da muralha do quebra mar sul e também a torre da moscas no ano de 1840.

Durante vários períodos da história, cristãos e judeus que peregrinavam à Terra Santa, fizeram o seu caminho pelo porto de Acre e sua posição como um lugar de estrema importância para a Terra de Israel iniciou-se com a conquista da cidade pelos cruzados no ano de 1104.

Santuários em Acre

Em Acre o visitante pode visitar uma série de locais de orações que estão abertos para as principais três religiões monoteísta do Mundo. Em pequenas distâncias uns dos outros, convivem neste local e em harmonia, santuários do Cristianismo, Judaísmo e Islamismo, sendo Acre uma cidade exemplar de convívio entre diversas etnias.

Ali estão a Beith Knesset(Sinagoga) de Acabe(1747 A.D.), a Sinagoga Tunisiana, a Igreja dos Carmelitas(1291 A.D.), Igreja Morronica(1666 A.D), Franciscana Terra Santa(1291 A.D) e de Andrias, São João e São Jorge(coloniais, séculos XII e XIII), Mesquitas de Al-Jazar, Al-Mina, Al-Zituna e Al-Madjadela entre muitas outras. Ainda que não haja interesse espiritual em visitar este locais, há entre eles locais de extrema beleza arquitetônica e artística, vale a pena conferir. Uma viagem de barco em torno de suas muralhas pode tornar este passeio simplesmente inesquecível.

Boa Viagem.

 

Fonte: Cafetorah

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Karol Wojtyla, um marco na História

Em um dia 22 de outubro, 34 anos atrás, tinha início o pontificado de João Paulo II. Naquele ano, 1978, o Brasil começava a sair do regime: o Presidente Ernesto Geisel decretava o fim do AI5, maior instrumento jurídico de repressão política, criado 10 anos antes pela ditadura militar, nascia na Inglaterra o primeiro bebê de proveta do mundo; e nós conhecíamos o primeiro PC, o computador pessoal. Apenas 33 dias após ter sido eleito, em 28 de setembro morria o Papa João Paulo I.

O Cardeal Karol Wojtyła, arcebispo de Cracóvia, era eleito 264º Papa da história da Igreja, quebrando o domínio italiano que se mantinha desde o Papa holandês Adriano VI, em 1522. João Paulo II não foi só o líder dos católicos do mundo; aclamado como um dos líderes mais influentes do século XX, Wojtyła assumiu uma função preponderante no fim do comunismo na Polônia e na Europa do Leste, além de ter dado o impulso decisivo para a aproximação da Igreja Católica a diferentes religiões.

Conhecido como um “Papa peregrino”, visitou 129 países durante seu pontificado. Expressava-se com facilidade em italiano, francês, alemão, inglês, espanhol, português, ucraniano, russo, servo-croata, esperanto, grego clássico e latim, além do polonês, sua língua nativa.

Beatificou 1340 pessoas e canonizou 483 santos, mais do que todos os seus predecessores somados nos cinco séculos anteriores. Ele mesmo já é Beato, desde 1º de maio de 2011, quando mais de um milhão de fiéis lotaram a Praça São Pedro, recordando o Papa que ficou na história do mundo, dos que crêem e dos que não crêem.

Fonte: Rádio Vaticno

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Evidências arqueológicas do Êxodo em artefatos egípcios


Segundo a cronologia bíblica os eventos do Êxodo aconteceram no século XV AC, em 1446 AC e a conquista da Terra Santa entre 1406-1400 AC. Agora, pela primeira vez, existem fortes evidências em uma fonte egípcia que apoia o relato bíblico.

Essa fonte é uma inscrição no Museu Egípcio de Berlim. A figura-se num bloco de granito 18 em (46 cm) de altura, 16 em (39,5 cm) de largura e com uma espessura desconhecida, uma vez que foi cortado a partir de um pedaço maior. De acordo com registros do Museu, o bloco, era parte de uma base de uma estátua, ele foi adquirido em 1913 por Ludwig Borchardt de um comerciante egípcio. Borchardt (1863-1938) foi um egiptólogo alemão que é mais conhecido por suas escavações em Tell el-Amarna, onde foi descoberto o famoso busto de Nefertiti, a rainha de Akhenaton (c. 1350-1334 AC).

A inscrição que pode ser vista aqui é composta de três anéis sobrepostos com nomes ocidentais de presos asiáticos, o mais à direita que é apenas parcialmente preservado, devido a um dano substancial, provavelmente ocorrido quando o bloco foi retirado do seu contexto original. Acima das cabeças dos prisioneiros é pode ser visto um grupo de hieróglifos que se lê "... aquele que está caindo em seus pés ..." A inscrição foi publicada pela primeira vez em 2001 por Manfred Görg, professor emérito de Teologia do Antigo Testamento e Egiptologia da Universidade de Munique.

Os dois primeiros nomes podem facilmente se ler Ashkelon e Canaã. O nome do lado direito, no entanto, é menos claro. Görg restaurou o nome certo como Israel e é datada a inscrição no reinado de Ramsés II (c. 1279-1212 AC), da dinastia XIX, com base em uma semelhança dos nomes na Stela Merenptah (cerca de 1210 AC) 0,1 Görg também concluiu, com base nas grafias dos nomes, que eles foram copiados de uma inscrição anterior do tempo de Amenhotep II (453-1419 AC). O egiptólogo israelense Raphael Giveon (1916-1985) datou anteriormente a inscrição para o reinado de Amenhotep III (1386-1349 AC). Se estes dois estudiosos estão certos, esta inscrição extra-bíblica egípcia colocaria Israel em Canaã na época na data bíblica da conquista.

A inscrição de Berlim agora tem sido analisado em maior detalhe e republicada por Görg e outros dois estudiosos alemães, Dr. Peter van der Veen, Instrutor de Arqueologia Bíblica Antigo Testamento e na Universidade de Mainz, e Christoffer Theis, MA, Professor no Instituto de Egiptologia da Universidade de Heidelberg. O novo estudo confirma as conclusões anteriores do Görg.

Os autores apontam que os nomes Ashkelon e Canaã em grande parte foram escritos utilizando somente consoantes e, portanto, estão mais proximos da XVIII Dinastia dos reinados de Tutmés III (1504-1450 AC) e II Amenhotep, do que aqueles dos tempos de Ramsés II e Merenptah (van der Veen, Theis e Görg). Além disso, as representações étnicas dos "cananeus" nas inscrições de Amenhotep II são semelhantes ao nome no fragmento de Berlim, fornecendo mais evidências para uma data próxima.

O terceiro nome apresenta dificuldades devido à estar quebrado do lado direito da inscrição. Um exame detalhado do relevo, no entanto, permitiu que aos autores de reconstruir o nome como Y3-SR-il ("Ishrael"), um nome muito próximo de yśr'l bíblica ("Israel") (van der Veen, Theis e Görg). O il elemento teofórico: "Deus," no final do nome é escrito de uma forma abreviada que mais uma vez defende uma data próxima vez da forma abreviada que estava em uso antes do reinado de Amenhotep III.

A principal diferença entre o nome na inscrição e nome bíblico é que a inscrição tem "sh" em vez de "s". Esta diferença segundo James Hoffmeier é o que fazem rejeitar a identificação do nome na inscrição com o do Israel do Antigo Testamento (2007: 241). Mas os autores ressaltam que não há outro nome conhecido pelo nas proximidades de Canaã e Ashkelon diferente do Israel bíblico. É inteiramente possível que o "sh" da ortografia seja uma forma arcaica, ou talvez a adaptação da escrita cuneiforme. Além disso, os escribas egípcios não eram consistentes em seu uso dos hieróglifos para "sh" e "s", e muitas vezes trocavam entre eles.

Em resumo, os autores do novo estudo acreditam que o nome no fragmento da base da estátua de Berlim é o de Israel e que era parte de uma lista de nomes originalmente escrito na XVIII Dinastia. Isto é muito mais cedo do que a apresentação do nome Israel no Stela Merenptah. Além disso, eles concluem que as suas descobertas "de fato sugerem que os proto-israelitas tinham migrado para Canaã algum momento durante a metade do segundo milênio AC". Se assim for confirmado, o texto bíblico que até então era questionado pelos acadêmicos de arqueologia, agora é mais vivo e verdadeiro do que nunca.

Fonte: Cafetorah

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Artigo: Uma fé que vai além das ideologias

Dom Anuar Battisti
Arcebispo de Maringá (PR)
 
Ao celebrar o cinquentenário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II e o aniversário de vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, Sua Santidade, o Papa Bento XVI, decidiu proclamar o “Ano da Fé”. Começou quinta-feira, 11 de outubro, e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, no dia 24 de novembro de 2013. Essa bela decisão vem ao encontro do profundo sentido da fé, do espaço que ela deve ocupar na nossa cultura secularizada. Neste mundo de misérias, fome, guerras, violência e morte, parece que Deus não tem lugar e nem vez, e é a hora de gritar “falta fé e o homem e a mulher se afastaram de Deus”!
 
O Ano da Fé vem no momento certo, chega para despertar em todos um novo modo de ver e viver a fé. A fé não se resume em um dogma, ou em uma única definição do catecismo, ela leva para uma experiência viva de todo o rico tesouro da doutrina e da tradição. Como Pedro nos alerta para estarmos sempre prontos, a não vacilar diante de tantas doutrinas e interpretações de um mundo frio, calculista, vivendo sob o império da razão. “Estai sempre prontos a responder para vossa defesa a todo aquele que vos pedir a razão de vossa esperança, mas fazei-o com suavidade e respeito.” (1Pe. 3,15)
 
“Desde o princípio do meu ministério como Sucessor de Pedro, lembrei da necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidencia sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo. A Igreja, no seu conjunto, e os Pastores, nela, com Cristo devem pôr-se a caminho para conduzir os homens para fora do deserto, para lugares da vida, da amizade com o Filho de Deus, para aquele que dá a vida, a vida em plenitude.
 
“Sucede não poucas vezes que os cristãos sintam maior preocupação com as consequências sociais, culturais e políticas da fé do que com a própria fé, considerando-se como um pressuposto óbvio da vida diária. Ora, tal pressuposto não só deixou de existir, mas, frequentemente, acaba até negado.
 
Enquanto, no passado, era possível reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente compartilhado no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes setores da sociedade devido a uma profunda crise de fé que atingiu muitas pessoas.” (Carta Apostólica Porta Fidei nº2)
 
“Desejo que o Ano da fé possa contribuir, com a colaboração cordial de todos os componentes do Povo de Deus, para tornar Deus novamente presente neste mundo e para abrir os homens ao acesso da fé, ao confiar-se àquele Deus que nos amou até o fim (Jo 13,1), em Jesus Cristo crucificado e ressuscitado”. Bento XVI conclama: “Mostremos a todos a força e a beleza da fé. Seja um tempo de reflexão e de redescoberta da fé na família e na comunidade. Só acreditando é que a fé cresce e se revigora. Ela torna-nos fecundos porque alarga o coração com a esperança e nos leva à prática da caridade. Descobrir novamente os conteúdos da fé... refletir sobre o próprio ato com que se crê e professá-los pessoal e comunitariamente. Convido a rezar o Creio em família todos os dias ou pelo menos aos domingos durante o Ano da fé .” Somente uma fé renovada renovará o mundo.
 
Fonte: CNBB

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domingo, 21 de outubro de 2012

Leigos sejam protagonistas da Nova Evangelização, pedem os Padres sinodais

Formar adequadamente os leigos, apoiar a família, promover o diálogo ecumênico e inter-religioso: foram esses os "instrumentos" da nova evangelização evidenciados na manhã desta segunda-feira pelo Sínodo dos Bispos, em andamento no Vaticano.

Esteve no centro da 11º Congregação – realizada na presença do Papa – também um apelo em favor da paz e do diálogo na República do Mali.

O país africano está vivendo um "tempo de inquietude": o Sínodo descreve as dificuldades sociais e políticas, bem como eclesiais, ligadas aos obstáculos da evangelização num contexto em que os confrontos entre rebeldes e governo provisório são uma ameaça para a religião. Diante dessa realidade, os Padres sinodais invocam a paz e reiteram a importância do diálogo.

Mas além das crises africanas, também são sombrias as páginas européias, em que a globalização cria novas formas de martírio, incruentas, mas sofridas; a intolerância em relação aos cristãos é indolente, mas contínua; Deus não é somente negado, mas desconhecido.

Diante de tal realidade, a nova evangelização pode depositar sua confiança em três "instrumentos", afirma o Sínodo: os leigos, as famílias, e o diálogo ecumênico e inter-religioso.

Portanto, os leigos devem ser formados de modo adequado, sólido, intenso – quem sabe também mediante Sínodos locais que os envolvam diretamente –, de forma que sejam capazes de não ceder às ilusões do mundo e de dar testemunho dos valores autênticos, não baseados no conformismo da fé.

O Sínodo ressalta que não se pode ser ou membros da Igreja ou cidadãos do mundo: as duas dimensões caminham juntas. Os leigos devem "formar redes" nas dioceses, afirmam os bispos, mesmo porque se a Igreja se distanciar da sociedade, a nova evangelização não produzirá frutos.

Em seguida, o Sínodo destaca o grande desafio da família, Igreja doméstica, sujeito de evangelização: deflagrada a causa da história ocidental baseada na libertação de todo e qualquer laço, hoje a questão familiar se apresenta como o problema número um da sociedade – evidencia a Assembléia sinodal –, tanto que se acredita mais na fidelidade ao time de futebol do que no matrimônio.

E a Igreja não pode calar-se, não porque conservadora de um instituto obsoleto, mas porque está em jogo a estabilidade da própria sociedade.

Daí, o convite a colocar a família no centro da política, da economia e da cultura, bem como o auspício de que a Igreja saiba tornar-se "família das famílias", inclusive das famílias feridas.

No fundo - e aí a pergunta dos Padres sinodais se torna autocrítica –, hoje a Igreja não é, talvez, mais uma instituição do que uma família?

Em seguida, os Padres sinodais abordaram a questão do diálogo, outro caminho necessário para a nova evangelização. É claro, do ponto de vista inter-religioso existe a dificuldade, em alguns países, de um diálogo com o Islã, como no Paquistão, onde vigora a lei da blasfêmia, ou no Oriente Médio, onde os cristãos são cada vez menos.

O que fazer? O Sínodo aposta nos jovens muçulmanos, sempre mais atraídos pelo Evangelho no qual encontram alegria, liberdade e amor. Relançando o significado profundo da Boa Nova – explicam os bispos – se poderá evitar também a confusão entre a secularização e o cristianismo, tão freqüente no mundo muçulmano.

Nessa ótica, insere-se também uma escola de catequese para adultos, que cada vez mais abandonam o papel de educadores, preocupando-se com os jovens, mas não cuidando deles suficientemente.

Os catequistas adultos podem tornar-se testemunhas e portadores de fé, obtendo, por vezes, resultados melhores do que os próprios sacerdotes, afirmam os Padres sinodais.

No campo ecumênico o desafio não é menor: a divisão entre cristãos é, sem dúvida, o grande obstáculo da nova evangelização, divisão essa que não é inócua em relação à descristianização da Europa e da sua atual fraqueza política e cultural.

Nesse sentido, uma maior cooperação e uma estratégia pastoral concordada entre católicos e ortodoxos seria um baluarte contra a secularização, bem como um sinal forte em relação ao Islã.

Dentre outras sugestões feitas no Sínodo em favor da nova evangelização encontra-se a promoção de peregrinações, como momento de renovação da fé e de "sintonia" da Igreja com as interrogações presentes no coração do homem, de modo que compreenda a meta de seu caminho.

Por fim, ao término dos trabalhos da tarde desta segunda-feira, os Padres sinodais assistem, à noite, ao filme "Os sinos da Europa". Produzido pelo Centro Televisivo Vaticano – junto com outras instituições –, o filme é uma viagem da fé pela Europa e traz muitas entrevistas inéditas, dentre elas uma também com Bento XVI.


Fonte: Rádio Vaticano

sábado, 20 de outubro de 2012

Egito reabre pirâmides e espera retorno de turistas


O Egito reabriu algumas de suas principais pirâmides que estavam em reforma, e espera voltar a atrair os milhares de turistas que visitavam o país antes do período de protestos e violência, conhecido como Primavera Árabe, que levou à queda do governo de quase 30 anos de Hosni Mubarak.

Desde o ano passado, houve uma forte queda no número de pessoas que visitam o país, por conta da violência e da instabilidade.

Os números ainda são relativamente pequenos, mas as autoridades dizem que os turistas estão voltando aos poucos.

As pirâmides de Chefren e Giza estão novamente abertas ao público, e o clima no país - pelo menos nas regiões turísticas - é de tranquilidade.

Fonte: BBC

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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A CNBB nasceu assim

Reproduzimos aqui o depoimento do primeiro secretário geral da CNBB, dom Helder Câmara, publicado por ocasião dos 25 anos da Conferência, no jornal O São Paulo (19-25/11/1977), no Comunicado Mensal n. 302, (novembro de 1977) e reeditado, em 2002, no livro “Presença Pública da Igreja”, por ocasião das comemorações dos 50 anos da CNBB. Ele apresenta alguns detalhes dos bastidores da criação da Conferência.


“Os homens se movem e Deus os conduz: eis o resumo das minhas impressões ao recordar o surgimento da CNBB e sua caminhada”

Hoje, é fácil ver como o Espírito de Deus, por meio de movimentos como o Movimento Bíblico, o Movimento Litúrgico e, sobretudo, a Ação Católica (Geral e depois Especializada), preparou o Concílio Vaticano II, completado, para os latino-americanos, pela Assembleia Latino-americana de Bispos, em Medellín.

Hoje, é fácil verificar como aludidos movimentos prepararam o surgimento das Conferências de Bispos, em plano nacional como a CNBB, ou continental como o CELAM (Conselho do Episcopado Latino-americano). O Espírito de Deus queria conduzir-nos à vivência da Colegialidade Episcopal e da co-responsabilidade de todo o Povo de Deus.

O Espírito de Deus, mantendo unida em torno de Cristo e de Pedro a Madre Igreja, santa e pecadora, queria conduzir-nos à vivência correta da Igreja local, em união com a Igreja de Cristo no mundo inteiro, em íntima sintonia com o Santo Padre, e a serviço dos homens, nossos irmãos.

Destacar ações pessoais em face de Movimentos cujo alcance último nem sempre entrevíamos; destacar ações pessoais quando as mesmas ideias andavam na cabeça e no coração de muitos, dá-me uma dupla impressão de apropriação indébita e consequente ridículo.

É verdade que, com 27 anos de idade, em 1936, a Providência me transferiu, de modo inesperado, para o Rio de Janeiro. Aí, fui levado a colaborar com d. Sebastião Leme e, a seguir, com d. Jaime Câmara. Um dia (sou fraco em datas), vi-me nomeado assistente geral da Ação Católica Brasileira. Em uma célebre Assembleia Geral da Ação Católica, os bispos presentes (recordo-me, entre outros, de d. Antonio Cabral, d. Fernando Gomes e de d. José Delgado) exigiram a criação de um Secretariado Nacional da Ação Católica. Lançaram até um desafio fraterno: se o Secretariado fosse fundado, depois de seis meses de funcionamento, os bispos do Brasil se encarregariam de mantê-lo.

Comuniquei a d. Jaime o desafio amável recebido em Belo Horizonte. Ele abençoou a ideia e deu-me carta-branca para agir. Para instalar o Secretariado Nacional da Ação Católica Brasileira fui obrigado a pedir emprestados 50 contos (há uns bons 28 anos) à ASA (Ação Social Arquidiocesana do Rio de Janeiro), que tinha como assistente o queridíssimo irmão pe. Vicente Távora (mais tarde d. Távora), como presidente a Srª. Celina Guinle de Paula Machado e como tesoureiro, o único sobrevivente dos três, Luiz Bettencourt.

Com os famosos 50 contos, alugamos oito salas no inesquecível 16º andar do nº 11 da rua México. Compramos o mobiliário indispensável (uns 3 ou 4 armários, umas 4 ou 5 mesas, uma máquina de escrever). O que estava acima de qualquer preço foi a mobilização de leigos simplesmente admiráveis, devotadíssimos, não a pessoas, mas ao serviço ao próximo, servindo à Igreja. Fui buscar no Instituto do Sal, então presidido pelo atual ministro da Justiça, Armando Falcão, uma criatura-símbolo que permaneceu fiel até ser levada pelo Pai para a Casa da Eternidade, há um mês atrás: Cecília Monteiro. Do primeiríssimo núcleo de colaboradores da Ação Católica Brasileira, precursora da CNBB, continuam na ativa, entre outros, Aglaia Peixoto, Carlina Gomes, Maria Luiza Amarante e Edgar Amarante, Jeanette Pucheu, Vera Jacoud, Frei Romeu Dale... Trabalha na Bélgica Yolanda Bettencourt. Parece-me que é juiz Celso Generoso e deputado, Célio Borja. Um “comigo” (tínhamos mesmo um pacto de unidade) meu irmão d. José Távora. Citei apenas nomes que lembram outros numerosos nomes que recordam dedicações sem conta.

O Secretariado Geral da Ação Católica Brasileira, com o apoio de núncios apostólicos, como d. Carlos Chiarlo e d. Armando Lombardi, e a alta proteção de d. Jaime e de d. Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota, começou inclusive a promover Encontros Regionais de Bispos, como o dos prelados da Amazônia e o dos prelados do Vale do São Francisco.

Estava madura a ideia da CNBB. Em um País de dimensões continentais, impunha-se um secretariado que ajudasse os bispos a equacionar com segurança os problemas locais, regionais e nacionais, em face dos quais a Igreja não pode ser indiferente.

Aproveitando um bom pretexto para uma primeira viagem a Roma, fui expor o sonho da CNBB ao então subsecretário de Estado do Santo Padre Pio XII, S. Exa. Mons. Montini. Ia como representante dos anseios de numerosos bispos, e viajei com o apoio precioso do senhor núncio e dos senhores cardeais do Rio (d. Jaime) e de São Paulo (d. Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota).

Mons. Montini ouvia os problemas do mundo inteiro, com enorme perspicácia e profundo interesse fraterno. Quando, depois de meia hora, acabei de expor o projeto da CNBB, ele me submeteu a um teste para medir se me moviam segundas intenções de candidatar-me a bispo. Disse-me S. Exa.: “Estou convicto da necessidade da CNBB. Resta-me uma dúvida final: por tudo que eu ouço e sinto, o natural secretário-geral da CNBB seria o senhor. Acontece que a Conferência é de bispos, e o senhor não é bispo”.

Não vacilei um segundo na resposta: qualquer outro poderia levantar aquela dúvida, menos ele, que, sem ter então caráter episcopal, era instrumento de Deus para ligação com o Episcopado do Brasil. S. Exa. sorriu, feliz, sentindo que, nem por sombra, havia subintenções no projeto da CNBB. Lembro-me que já deixei no espírito de mons. Montini a sugestão do futuro CELAM.

Um ano depois da primeira ida a Roma, tive de voltar a mons. Montini para insistir no sonho da CNBB. Ele garantiu que, em menos de três meses, a Conferência estaria criada. Deus se serviu do hoje Santo Padre Paulo VI para a fundação da CNBB e, pouco depois, do CELAM.

Durante dois períodos (de seis anos cada) fui secretário-geral da CNBB. Tivemos nossas primeiras Assembleias Gerais de Bispos e Encontros Regionais memoráveis como os dois Encontros dos Bispos do Nordeste.

Tivemos aventuras maravilhosas como o Concílio Ecumênico Vaticano II. Mas ainda era a pré-história da nossa CNBB. Francisco Whitaker Ferreira, o pe. Raimundo Caramuru e Carlina Gomes deram impulso decisivo para que nossa Conferência imprimisse cunho mais científico à sua programação. Ao 2º secretário-geral, d. José Gonçalves, coube dar embasamento financeiro à Conferência. Passos decisivos para a presente figura da CNBB foram o Vaticano II, o Encontro Latino-americano de Medellín e o fortalecimento da unidade da CNBB, graças aos Secretariados Regionais que cobrem todo o País.

Hoje, nossa Conferência, sob a presidência providencial de d. Aloísio Lorscheider, com a cobertura perfeita de d. Ivo Lorscheiter como secretário-geral, com a dedicação de sempre de assistentes notáveis e de um laicato extraordinário (do qual é símbolo, no momento, Aglaia Peixoto), a CNBB, com as bênçãos de Deus, revela-se sempre mais, à altura da hora difícil vivida pelo nosso país e pelo mundo.

Haja vista a iniciativa das jornadas internacionais para uma sociedade sem dominação, assumida em conjunto pelas Conferências de Bispos da França, dos Estados Unidos, do Canadá, da Ásia e pela Organização de Juristas Internacionais e contando com mais de mil adesões dos cinco continentes e dos setes mares...
 
Fonte: CNBB

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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

“Mensagem de esperança para o mundo - acontecimento e significado de Fátima” - primeiro título da coleção

“Mensagem de esperança para o mundo - acontecimento e significado de Fátima” é o título da última publicação do Santuário e Fátima, apresentada publicamente na tarde de 12 de outubro, pelo reitor do Santuário de Fátima.
Sob a coordenação do padre Vítor Coutinho, o livro é o primeiro título da coleção “Fátima Mensagem”, agora inaugurada.

São publicados textos de António Marto, Eloy Bueno de la Fuente, Stefano De Fiores, Virgílio Antunes, Clodovis Boff, Leo Scheffczyk e Arnaldo de Pinho.

"A compilação inclui, portanto, contributos inéditos e textos já publicados mas pouco acessíveis ao grande público. Dos originais retirámos apenas pequenos incisos que estavam diretamente relacionados com o contexto onde se integravam", refere o padre Vítor Coutinho nas primeiras páginas da obra.

"A diversidade de autores e de prespetivas converge na intencionalidade de captar uma visão unitária e articulada", explica o coordenador da obra, que acrescenta que os votos de que "esta publicação ajude todos aqueles que o desejam a aproximar-se, pelas mais diversas vias, desta explosão do sobrenatural que é o fenómeno de Fátima.
 
Fonte: Página Oficial do Santuário de Fátima

terça-feira, 16 de outubro de 2012

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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Artigo: Dominar

D. José Alberto Moura, CSS
Arcebispo Metropolitano de Montes Claros
Ser senhor ou dominar pode ser interpretado de duas maneiras: exercer o comando ditatorial ou cuidar com amor. O ser humano recebeu a missão divina para dominar terra, recebendo a condição de ser imagem e semelhança de Deus. Para isso, é preciso haver uma estreita relação com o Criador. Havendo a autossuficiência humana o domínio se dá de modo despótico e arruinador, como temos visto na história humana. Colocando-se no lugar de Deus o ser humano arruína o convívio com o semelhante e a natureza. As conseqüências disso são danosas.

Homem e mulher foram encarregados de conviverem em harmonia entre si e com a terra. Deram o nome aos animais (Cf. Gênesis 2, 20), isto é, foram encarregados de cuidar dos seres criados por Deus na terra, assim como Ele cuida de todo o universo. Como imagem e semelhança de Deus os humanos são chamados a ter carinho com tudo o que existe no planeta terra. O domínio com Deus tem a conotação do cuidado com amor. Deus é a fonte do amor e do bem em relação ao ser humano e as demais criaturas (Cf. 1 João 4,8).

A convivência harmoniosa entre homem e mulher os faz agir, assumindo as coordenadas divinas, para fazerem com que o amor entre ambos se torne produtivo, com mútua complementaridade e promotor de vida. Sua relação, sem a missão assumida em mútua união, torna-se estéril e sem a busca do bem de ambos. Só o amor fecundado no divino traz a ambos o sentido da missão de governar o mundo com o cuidado próprio de quem tem a ternura divina.

O poder do humano sobre a terra é quase angelical, como o de Jesus (Cf. Hebreus 2, 9). No caminho do Mestre o homem e a mulher são capazes de realizar prodígios. A inteligência usada para amar produz bem estar social, pessoal, familiar e harmonia com a natureza. O desenvolvimento da ciência, da arte, da economia, da técnica e da política, nessa perspectiva, favorece o bem de todos. Ao contrário, faz acontecer desmandos e injustiças, guerras, acúmulo de riquezas para minorias e sofrimento para grandes parcelas. A própria religião se torna meio de infelicitação para grande parte.

A harmonia entre homem e mulher no convívio matrimonial, baseada na aceitação do amor divino, torna-se fonte de realização para ambos e sua descendência. Ao contrário, acontecem desajustes com conseqüências de sofrimento para todos e, de modo caracterizado, para os filhos.

Como fomento de educação para o cuidado da terra com ternura, temos pessoas e grupos de reforço no desenvolvimento do caráter, além da família. São pessoas e instituições que primam pelo exercício da missão de auxiliar o semelhante na promoção da vida de sentido e da cidadania. Felizmente há quem prime pela grandeza de caráter com a visão altamente altruísta. Leva a sério o ser imagem e semelhança do Criador, ajudando os outros a também serem e atuarem como tais. Formadas para cuidar da terra com amor, ensinam o que é o melhor para todos conviverem buscando o bem e a harmonia entre os pares e a natureza.
 
Fonte: CNBB

domingo, 14 de outubro de 2012

JMJ Rio2013: Voluntários formam equipe de saúde

Em julho de 2013, o Rio de Janeiro será palco do maior evento católico do mundo, a Jornada Mundial da Juventude. Entre as dúvidas mais comuns está o serviço de saúde. Para isso, está sendo formada uma equipe especializada em atendimento médico e ambulatorial.
O voluntário Pedro Spineti foi convidado a escrever um projeto para a equipe da área médica. De acordo com ele, esta equipe será formada para servir em postos de atendimento médico, próximos as paróquias, e essa divisão será feita por forania. “Este posto será localizado em uma paróquia e terá uma equipe de um médico, um enfermeiro e dois socorristas”, completou Pedro.

Para ele, atendimento médico na própria paróquia é uma forma de acolhida ao peregrino, que não precisará se deslocar para ser atendido. Esses postos atenderão, principalmente, problemas gastrointestinais, viroses respiratórias, dores de cabeça, doenças relacionadas ao clima, portanto, eles se caracterizarão por um atendimento ambulatorial. Caso haja peregrinos que necessitem de avaliação complementar, eles serão encaminhados a uma unidade de emergência para o atendimento necessário. Em casos de emergência graves será acionado o SAMU.

O responsável pela equipe de saúde faz ainda um apelo. Ele pede que profissionais da área da saúde se voluntariem, pois ainda há poucos profissionais de saúde inscritos. Pedro acrescenta que, apesar de os registros desses profissionais serem regionais, esses profissionais podem, sim, atuar na cidade do Rio de Janeiro, ou em qualquer outro estado, temporariamente, ou seja, por um prazo de até 90dias, sem precisar transferir o registro. Para isto, eles, apenas, devem comparecer ao conselho e tirar um visto na carteira profissional. Este procedimento é realizado no mesmo dia e este profissional da área de saúde já poderá atuar com o seu registro de origem.

Fonte: Rádio Vaticano

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sábado, 13 de outubro de 2012

Escavações em Jope(Jaffa)confirma a presença de assentamento egípcio na antiga cidade


Os Setor de Estudos do Antigo Testamento e a Divisão de Arqueologia Bíblica da Faculdade de Teologia Protestante da Universidade Johannes Gutenberg de Mainz (JGU) e da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) este ano, novamente realizou escavações no antigo sítio arqueológico de Jaffa, em Israel.

As escavações recentes não só lançam uma nova luz sobre a destruição de elementos da fortificação, mas também descobriu evidências que apontam para a presença de uma população egípcia na cidade milenar.

Historicamente, Jope(Jaffa), hoje parte da cidade de Tel Aviv, é o mais antigo porto documentado na história do mundo. Segundo os historiadores, desde o segundo milênio AC, Jaffa foi o lar de um intenso comércio. Os restos de um portal que provavelmente pertenceu a uma fortificação egípcia que data da dinastia de Ramsés II (1279-1213 AC), já haviam sido descobertos durante escavações lideradas pelo ex-arqueólogo municipal Y. Kaplan em 1950. No entanto, os resultados das escavações de Kaplan nunca foram amplamente publicados. O Projeto do Patrimônio Cultural de Jaffa, cujos parceiros incluem as universidades de Mainz e Los Angeles, bem como a Autoridade de Antiguidades de Israel e da Companhia de Desenvolvimento da Antiga Jaffa, não só pretende publicar os resultados destas escavações mais antigas, mas também realizar novas escavações em locais em torno de da cidade.

O objetivo das escavações deste ano foi para esclarecer a história da colonização durante o segundo milênio AC investigando as fases destruidas do forte e da natureza da presença egípcia. O diretor do site, o alemão Dr. Martin Peilstöcker de JGU explica que agora se tornou claro que o portão em si foi destruído e reconstruído pelo menos quatro vezes.

Além disso, também parece que há mais do que apenas a arquitetura da lama e barro que refletem a tradição egípcia. Na verdade, um amuleto de escaravelho raro foi encontrado que traz a inscrição do faraó egípcio Amenhotep III (1390-1353 AC), assim também atesta a presença de uma comunidade egípcia na cidade.

Algumas das descobertas foram feitas durante as escavações que estão a ser postas em exibição em uma exposição especial no Museu de Experiência da Bíblia, Frankfurt em 2013.

 

Fonte: Cafetorah

 

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

De Fátima, uma reflexão sobre o matrimónio

Em fim de semana alargado pelo feriado nacional de 5 de outubro, foram muitos os grupos de peregrinos e as famílias portuguesas a rumar a Fátima, que assim se juntaram aos grupos estrangeiros em peregrinação. Em maior número, estiveram na Cova da Iria os peregrinos da Família Franciscana portuguesa.

A liturgia do dia realça hoje a dignidade do matrimónio. Neste sentido, na eucaristia celebrada às 11:00 no Recinto de Oração, rezou-se em Fátima, pela voz do reitor do Santuário, “por todas as famílias cristãs para que, fiéis ao projeto de Deus que nos criou para o amor, saibam testemunhar esse amor de Deus para com todos os homens e mulheres”. Rezou-se também “por todos esses projetos de amor e de vida familiar que fracassaram, para que o Senhor seja o suporte e o auxílio de todos aqueles que se vem envolvidos em tais dramas”.

No momento da homilia, a reflexão do padre Carlos Cabecinhas destacou a importância do sacramento do matrimónio: “A plena realização do ser humano só acontece na relação. O Homem que vive fechado em si próprio, no seu egoísmo e auto-suficiência, que se fecha ao amor e à partilha, é um homem profundamente infeliz, que nunca conhecerá a felicidade plena, porque a vocação do Homem é a relação, é o amor”.

À luz da Mensagem de Fátima, da interpelação deixada por Nossa Senhora “Quereis oferecer-vos a Deus?”, a realidade matrimonial, referiu o sacerdote, “é a concretização da entrega de si, da oferta se si aos outros, antes de mais ao conjugue e aos filhos. (…) Amar a Deus na vida matrimonial significa amar a Deus na esposa, ou no esposo, e nos filhos”.

Como Igreja Doméstica, a família, recordou o padre Carlos Cabecinhas, “torna-se, por isso, a primeira escola de vida cristã, ao mesmo tempo que é uma escola de enriquecimento humano”.

Qual a resposta a dar aos casos de matrimónios fracassados?

Para o reitor “a separação será sempre o fracasso do amor e, por isso, não está prevista no projeto ideal de Deus”, isto porque “Deus não concebe um amor que não seja total e duradouro”.

“Apesar de tudo, o realismo obriga-nos a reconhecer que a nossa vida, a vida do Homem e da Mulher, é sempre marcada pela fragilidade, pela debilidade, tão próprias à nossa humana condição”, daí que, reconhecendo esses fracassos e falhas, compete à comunidade cristã agir com compreensão: “acolher e ajudar aqueles a quem as circunstâncias de vida impediram de viver o tal projeto ideal de Deus”.

“Não se trata de renunciar ao ideal, ou sequer de o desvalorizar, trata-se de sermos todos nós testemunhas da bondade e da misericórdia que Deus usa para com todos”, sublinha contudo o padre Carlos Cabecinhas.

Fonte: Página Oficial do Santuário de Fátima

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Três brasileiros ao lado do Papa na abertura do Ano da Fé

Na próxima quinta-feira, dia 11 de outubro, o Santo Padre, o papa Bento XVI, presidirá uma celebração eucarística que marcará o início do Ano da Fé e o 50° da abertura do Concílio Vaticano II.

Foram convidados para concelebrar a missa os líderes das Igrejas Orientais Católicas e os Presidentes das Conferências Episcopais de todo o mundo, assim como os 69 bispos que participaram do Concílio Vaticano II. Doze deles já confirmaram presença.
 
Da América Latina, três padres conciliares do Vaticano II concelebrarão com Bento XVI. Dois são brasileiros: o cardeal arcebispo emérito de Belo Horizonte (MG), dom Serafim Fernandes de Araújo; e o bispo emérito de Iguatu (CE), dom José Mauro Ramalho de Alarcón Santiago. Dom José de Jesús Sahagún, bispo emérito de Ciudad Lázaro Cárdenas, em Michoacán, no México, é o terceiro latino-americano.
 
Também concelebrando com o Papa estará dom Raymundo Damasceno Assis, cardeal arcebispo de Aparecida, e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
 
No dia seguinte, dia 12 de outubro, Bento XVI celebrará novamente com os padres conciliares no túmulo de São Pedro.
 
Fonte: CNBB

Igreja na Terra Santa está morrendo e necessita ajuda, alerta sacerdote franciscano

O Pe. Peter Vasko, Presidente da Fundação Franciscana para a Terra Santa, advertiu que a Igreja na Terra Santa "está morrendo, está se desintegrando e deve ser reconstruída", devido às situações difíceis que enfrentam os fiéis cristãos na região.

Em comunicação com o grupo ACI, o Pe. Vasko alertou que "necessitamos dos nossos irmãos e irmãs de todo o mundo para que continuem com seu apoio àqueles programas que ajudam a manter a presença cristã na Terra Santa. Porque se não se faz algo rapidamente, não haverá mais cristãos na Terra Santa, a terra onde Jesus nasceu, foi crucificado, morreu e ressuscitou dentre os mortos".

A população cristã na Terra Santa diminuiu gravemente nas últimas décadas, principalmente devido à discriminação e à falta de trabalho e oportunidades econômicas que enfrentam na região. Faz 35 anos em Belém, onde Jesus nasceu, 80 por cento dos habitantes eram cristãos, enquanto que atualmente, 91 por cento dos habitantes são muçulmanos.

A população cristã nas áreas israelenses e palestinas é de mais ou menos 150,000 pessoas. Delas, quase a metade são católicos, enquanto que há ao redor de 4,000 cristãos protestantes. Em Jerusalém vivem somente aproximadamente 11,000 cristãos.

O Pe. Vasko sublinhou que todos os cristãos têm a obrigação de apoiar aos cristãos da Terra Santa, e perguntou: "Você será um instrumento de esperança para estas famílias cristãs que não têm a ninguém a quem recorrer, sem esperança, e sem meios para contar seus problemas?".

"A mãe Igreja de todos os cristãos está em crise, e possivelmente inclusive em perigo de morrer. Sem a mãe Igreja de Jerusalém, não haveria Igreja na Coréia, Estados Unidos ou Europa. Devemos tudo à mãe Igreja. E sem a mãe Igreja, não somos nada", disse o sacerdote da ordem franciscana, que custódia a Terra Santa há 800 anos.

Os cristãos na região, explicou o Pe. Vasko, estão "presos entre a espada e a parede", pelas pressões e discriminação que enfrentam por parte do governo israelense e por parte dos palestinos muçulmanos.

Muitos fiéis cristãos foram desalojados dos seus apartamentos em Belém, de propriedade de muçulmanos, porque exibiram um crucifixo ou uma imagem de Jesus.

A realidade do desemprego, a pobreza e a falta de financiamento para a educação, assim como a escassa atenção à saúde e moradia que encontram na região, empurra aos cristãos, em sua maioria com uma melhor educação que seus vizinhos muçulmanos, a procurar trabalho em outros países.
Por isso, através dos projetos da Fundação Franciscana para a Terra Santa, pode-se levar esperança e sustento digno às famílias cristãs na região, adquirindo produtos feitos a mão por eles.

Fonte: ACI Digital

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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Artigo: A Serpente

Dom Eduardo Benes
Arcebispo de Sorocaba (SP)
 
Soube que peça teatral de Nelson Rodrigues, a “Serpente”, será exibida em Sorocaba até dezembro, mês do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. O autor mesmo deu a razão do título: “a serpente é um símbolo paradisíaco. É um símbolo muito rico”. E acrescenta: “a peça são fatos e visões da minha vida, completados por minha imaginação”. O tema é o “pacto de morte e o suicídio” como clima e desfecho de um relacionamento “amoroso” tecido de ciúme, inveja, culpa, rejeição e solidão. O lado doentio do ser humano, normalmente escondido e negado, é exposto por alguém que procura vê-lo pela fresta da fechadura. Trata-se de uma tragédia em que os personagens pensam poder encontrar no furor da paixão sua própria identidade.
 
Dissolver-se na paixão e morrer são experiências próximas . O ser humano aparece constitutivamente em desacordo consigo mesmo: “O homem nasce, evidentemente, contra vontade. Como diz o homem da esquina, ninguém o consultou. É um impasse tremendo pelo fato de ter nascido. Por isso há suicídios natos, o suicida vocacional. O suicida não depende de fatos nem de motivos. Depende desta nostalgia, desta vontade de retornar ás suas raízes mais retorcidas”. Imagino: na esperança de endireitá-las. Ou será a busca da paz no nada? Recebi de algumas pessoas apelos a que a Igreja protestasse contra a exibição da peça, sobretudo porque o triângulo amoroso – duas irmãs, casadas no mesmo dia diante do mesmo padre, disputam numa brutal confusão de sentimentos o marido de uma delas. As duas mulheres estariam representadas por dois homens travestidos de freiras e o marido[ é representado por um padre, o que não corresponde á proposta original do autor. Não vi a peça exibida e nem pretendo vê-la. Não chego a compreender as razões por que o seu diretor envolveu pessoas, símbolos do sagrado, nessa representação. É verdade que o veneno da serpente atingiu toda a humanidade. Verifica-se em nosso mundo uma crise ético-cultural em que para muitos tudo é a mesma coisa. Quando os símbolos do sagrado, objeto de respeito e de reverência, são transformados em vestes da miséria humana e se misturam, por propositada ironia, com cenas feitas de violência e pornografia, estamos realmente diante de uma forma de ver onde tudo é nivelado por baixo. De onde sopra em nosso tempo esse desejo suicida que expõe brutalmente a miséria humana e, ridicularizando valores sagrados, não abre nem .mesmo uma fresta para a luz da esperança? Nelson Rodrigiues se definiu assim: "Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista.
 
Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico”.
 
Com meus quase 48 anos de sacerdote já ouvi muitas confissões. Não me foi necessário olhar o interior dos seres humanos, indiscretamente, pelo buraco da fechadura. Abriram suas almas diante de Deus a quem eu representava. Há histórias reais como essa tragédia teatral de Nelson Rodrigues. Há ainda pessoas que escancararam para nós seu interior e confessaram suas misérias. Leia,prezado(a) leitor(a), se você curte também filosofia, as Confissões de Agostinho, que, depois de uma vida tumultuada, morreu e nasceu de novo nas águas do santo Batismo. Se você é paulista leia as confissões inacabadas do escritor poeta de Tatuí, Paulo Setúbal, onde ele expõe seus pecados e declara seu amor por Jesus Cristo, desfazendo as raízes retorcidas do próprio ser. Recomendo ainda a leitura das confissões de Gelfe, um homem simples, vítima de suas paixões e, que, por misericórdia de Deus se converteu na prisão, e que hoje, em Sorocaba, dirige uma casa de acolhimento para mulheres de rua que se dispõem a tentar um novo começo para suas vidas. Quanto a Nelson Rodrigues nutramos por ele um sentimento fraterno. Sua vida foi cheia de percalços: tuberculose, um casamento diante do padre, depois de ser batizado e de ter feito a primeira comunhão; a separação de Elza, sua esposa; mais três uniões que também se desfizeram; seu retorno à sua esposa, Elza, com quem viveu os últimos anos de sua vida e a quem pediu que inscrevesse na lápide de sua sepultura: "Unidos para além da vida e da morte. É só". Nelson Rodrigues tinha nostalgia de Deus e da inocência humana ferida pelo veneno da serpente. Não saímos de Deus retorcidos. Foi a serpente do paraíso que nos sugeriu - e continua a nos sugerir - uma conduta que nos desfigura. Não me consta que Nelson tenha ridicularizado a religião. Admirava São Francisco. Acredita em sua pureza. Veja o que ele disse sobre como deviam ser os ginecologistas: “Todo ginecologista devia ser casto. Aliás, devia andar de batina, com sandálias e coroinha na cabeça. Como um São Francisco de Assis, com luva de borracha e um passarinho em cada ombro.” Não transforme, prezado (a) leitor(a) em verdades absolutas as afirmações de Nelson Rodrigues. Era seu jeito de lidar com a vida. Não conheci Elza, mas estou certo de que ela não gostava de apanhar, embora lhe tenha doído excessivamente a separação depois de alguns anos de casamento. Nem toda unanimidade é burra. Nelson sabia disso.
 
Não. Há valores que pedem unanimidade e sua ausência é burra e pecaminosa. Oxalá houvesse unanimidade em relação aos valores fundamentais que devem presidir a vida em sociedade! Aconselho a leitura do livro do Gelfe: “Você NUNCA está só” (fone para encomenda: 015 30320120). Cristo Ressuscitou!
 
Fonte: CNBB