quinta-feira, 30 de abril de 2015

Papa Francisco pede orações pelas vítimas do terremoto no Nepal

Desejo assegurar a minha proximidade às populações atingidas por um forte terremoto no Nepal e nos países vizinhos. Rezo pelas vítimas, pelos feridos e por todos aqueles que sofrem por causa desta calamidade. Que tenham o apoio da solidariedade fraterna. E rezemos a Nossa Senhora para que lhes seja próxima", disse o papa Francisco, na Oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no domingo, 26.
Com milhares de fieis reunidos no Vaticano, o papa pediu para que rezem pelas vítimas do violento terremoto que atingiu a população do Nepal. Francisco já havia enviado um telegrama ao núncio apostólico no Nepal, assegurando suas orações e proximidade às vítimas do sismo.
De acordo com informações do Governo, o número de mortes ultrapassou 2.263. A região continua a tremer, com possibilidade de novos abalos. A comunidade internacional começa a enviar auxílio às vítimas.
Ajuda a vítimas
Na manhã do domingo, um abalo de 6,7 voltou a sacudir o país, o que provocou outra avalanche nos campos de base do Everest. O balanço das vítimas ainda é parcial, visto que muitos corpos estão sob os escombros. O número de feridos ultrapassou mais de 50 mil e cerca de 6,6 milhões de pessoas atingidas, segundo a ONU.
O povoado de Langtantg, ao norte da capital, foi soterrado pela lama, o que pode ter provocado a morte de mais de cem pessoas. Uma tragédia semelhante ocorreu há 81 anos no país, quando um terremoto matou mais de dez mil pessoas.
O Governo de Kathmandu declarou estado de calamidade natural e o presidente Koirala convidou os cidadãos a permanecerem unidos em meio a este grande desastre. O país tem recebido diversos ajudas, que começam a chegar de aviões.
Fonte: CNBB

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Equipe de resgate israelense no Nepal

Três equipes médicas e de resgate israelenses foram prestar atendimento no Nepal após o trágico terremoto que arrasou o Nepal no sábado, 25/4, disse o porta-voz adjunto do Ministério das Relações Exteriores (MRE) Alon Lavi à Agência de Notícias Tazpit.
O MRE coordena os esforços de Israel em terra e já entrou em contato com o governo nepalês. Uma equipe de atendimento avançado de seis homens da Força de Defesa de Israel (FDI) foi enviada para Kathmandu na madrugada de domingo, 26/5, e será seguida por mais de 200 soldados do Comando de Defesa Civil. A equipe avançada vai estabelecer um posto de triagem, enquanto funcionários do MRE e um adido militar da FDI da Índia buscam um local para montar um hospital de campanha. Além dos soldados, as FDI vão enviar uma equipe de elite da Unidade de Resgate e Salvamento 669 para equipar o hospital de campanha e ajudar nos esforços em encontrar sobreviventes na extensão da cordilheira do Himalaia. Alpinistas no Monte Everest que sobreviveram às avalanches causadas pelo terremoto disseram que eles estavam ficando sem comida e outros suprimentos, segundo informações da imprensa. Motti Elimelech, o líder da equipe na missão, disse à Tazpit que espera que o grupo consiga tratar um número significativo de pessoas que já estão desidratadas devido à água contaminada.
Cerca de 250 cidadãos israelenses – muitos deles alpinistas em regiões montanhosas populares – ainda têm de fazer contato com as autoridades locais ou israelenses. A força-tarefa da FDI irá rastreá-los com prioridade, disseram autoridades israelenses. A segunda das três missões para o Nepal consiste em uma equipe mista, composta por Zaka, organização de resgate de vítimas, formada em grande parte por voluntários ultra-ortodoxos, e outras organizações humanitárias israelenses. A organização Zaka é conhecida por sua dedicação na tarefa de recolher restos humanos, uma tarefa particularmente terrível na sequência de bombas suicidas e outros ataques terroristas. A organização já participou de uma série de operações de resgate internacional, viajando para a Índia, Haiti e Japão, entre outros locais. A resposta das FDI é uma reminiscência das ações tomadas logo após o terremoto no Haiti em janeiro de 2010. Lá, as forças israelenses foram a primeira em solo, tratando mais de 1.000 haitianos e fazendo os partos de 16 bebês em uma operação de triagem e hospital de campanha similares.

Fonte: Pletz

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Surpresas

Dom Alberto Taveira CorrêaArcebispo de Belém do Pará (PA)

A vida cristã passa de novidade em novidade, já que Deus não se repete e tem a oferecer a infinita criatividade do amor, com a qual aponta a bússola de nossa existência para a plenitude da eternidade. Tudo isso se encontra presente na grande virada de página da história, quando a escuridão, a morte e o pecado foram definitivamente vencidos pela Ressurreição de Jesus Cristo. Daí para frente, trata-se de anunciar a todos esta realidade e tirar todas as consequências para a vida das pessoas. Esta convicção faz com que o zelo missionário da Igreja busque os métodos adequados a cada tempo, a fim de que todas as pessoas acolham a Boa Notícia do senhorio de Jesus Cristo.

Cristo ressuscitou! Ressuscitou de verdade! É a experiência feita pelos cristãos de todos os tempos, no rastro da recomendação feita por São Paulo ao seu amigo Timóteo, "Diante de Deus e do Cristo Jesus que vai julgar os vivos e os mortos, eu te peço com insistência, pela manifestação de Cristo e por seu reinado: proclama a Palavra, insiste oportuna ou inoportunamente, convence, repreende, exorta, com toda a paciência e com a preocupação de ensinar. Pois vai chegar um tempo em que muitos não suportarão a sã doutrina, mas conforme seu gosto se cercarão de uma série de mestres que só atiçam o ouvido. E assim, deixando de ouvir a verdade, eles se desviarão para as fábulas. Tu, porém, vigia em tudo, suporta as provações, faze o trabalho de um evangelizador, desempenha bem o teu ministério" (2 Tm 4, 1-5).
Já no "primeiro dia da semana", tudo começou a ficar diferente, pois o Ressuscitado se manifestou de várias formas. Uma verdadeira revolução aconteceu na vida das pessoas que o encontraram, bastando verificar suas reações. Se para alguns pareceu um jardineiro (Cf. Jo 20, 11-18), para outros um andarilho (Cf. Lc 24, 13-35) um pescador desconhecido, capaz de preparar pão e peixe para acolher amigos (Cf. Jo 21, 1-14), ou até um fantasma (Cf. Lc 24, 35-48), uma das narrativas oferecidas por São João (Cf. 20, 19-31) descreve de forma magnífica as surpresas e descobertas daquele grupo temeroso, destinado pela Providência divina a assumir a imensa tarefa do anúncio do nome de Jesus Cristo.
O ambiente era de medo! Medo dos que haviam conduzido Jesus à morte, medo das ameaças que pairavam sobre eles mesmos, insegurança total. A surpresa inicial foi que Jesus se mostrou vivo e passou pelas portas fechadas. É que todas as portas são escancaradas a partir da Ressurreição do Senhor. Não há mais problemas sem solução, nem barreiras intransponíveis. Quem se abriga debaixo dos braços da Cruz e depois faz o caminho dali para o Cenáculo das aparições do Cristo ressuscitado, vence a escuridão, o pavor da vida e dos desafios que possa oferecer.
A seguir, para aqueles homens e com eles as sucessivas gerações de cristãos vem o anúncio da paz! A humanidade desde sempre e até hoje se acostumou a enfrentar seus eventuais conflitos com violência, negociação trabalhosa, acordos muitas vezes frágeis, preparação para a guerra, ameaças e riscos para todas as partes envolvidas.  E vem alguém que repetidamente diz "A paz esteja convosco". Parece fácil! No entanto, a paz é anunciada e tornada presente, diante de olhos atônitos, através das chagas gloriosas abertas e mostradas com clareza. A surpresa é que justamente quando alguém entra lá dentro das chagas existentes na vida e na humanidade, e o faz com o mesmo amor que jorra da Cruz de Cristo, brota também em sua vida e no mundo a paz (Cf. Jo 7, 38-39). Andaremos inquietos e infelizes enquanto não tivermos a coragem de olhar o mundo e as pessoas do lado de dentro das chagas de Cristo, e isso quer dizer olhar com amor. Nele se encontra nossa paz e a paz para o mundo.
Surpresa! Como na criação do mundo Deus soprou sobre a matéria inerte seu hálito de vida, a nova criação realizada na morte e ressurreição de Cristo só pode vir com o sopro do Espírito Santo! Vem de fora, do alto, como dom de Deus! E todas as pretensões humanas de vencer por própria conta, dar mil palpites sobre tudo, caem por terra e se abre o tempo do Espírito Santo, dom do Cristo Ressuscitado. Quem se deixa "soprar" com o hálito do Ressuscitado (Cf. Jo 3, 1-8) nasce de novo, começa sempre de novo, com a inesgotável coragem nascida da Páscoa de Cristo.
E ao soprar sobre seus discípulos, Jesus lhes entrega um poder que sara todas as feridas do mundo, o do perdão: "Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, lhes serão retidos" (Jo 20, 22-23). Justiceiros de plantão ficam desempregados, ardores de vingança se apagam, contas a pagar são canceladas e nasce o abraço da reconciliação! Tudo com um sopro! Perdão quer dizer superar julgamentos e não desistir dos outros nem de nós mesmos. Perdão é considerar mais importante a pessoa que caiu do que suas eventuais falhas e pecados. Perdão é acolher com um novo olhar as fragilidades uns dos outros. Numa palavra, perdão é misericórdia, coração apaixonado pela miséria das pessoas e do mundo! Neste final de semana, a Igreja celebra justamente a Festa da Divina Misericórdia! E o Papa Francisco publica a convocação do Ano Santo da Misericórdia, Jubileu especial para espalhar o perdão, a ser celebrado a partir da Solenidade da Imaculada Conceição de 2015!
Os detalhes da experiência feita pelos apóstolos não se esgotam, pois um deles, Tomé, homem ao mesmo tempo da dúvida e da fé, entrou em cena em nosso nome e conosco, para garantir o nosso assento na festa da misericórdia e do perdão. Nosso convite e o "bilhete" gratuito de entrada tem escrito assim: "Bem-aventurados os que não viram, e creram!" (Jo 20, 29). Sintamo-nos acolhidos, com todas as nossas cargas pessoais sobre os ombros. Venham conosco as situações sociais nas quais nos envolvemos, os pesos de uma sociedade marcada pelas cobranças recíprocas, para a qual perdão e misericórdia significam fraqueza. Se tivermos a coragem de fazer a experiência da presença do Cristo Ressuscitado, seremos uns para os outros e para o mundo as surpresas de Deus.
Fonte: CNBB

domingo, 19 de abril de 2015

Jovens religiosos participam de missão na Amazônia

As Comissões Episcopais para a Amazônia, para a Juventude e para a Ação Missionária da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em parceria com a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), promoveram, de 28 de março a 6 de abril, a Primeira Missão da Vida Religiosa Jovem, realizada na diocese de Óbidos (PA) e na prelazia de Itaituba (PA).
Jovens religiosas e religiosos de dez estados brasileiros receberam um dia de formação em Santarém, depois foram enviados em missão às duas igrejas particulares. O objetivo da iniciativa foi dar oportunidade à juventude da Vida Religiosa de vivenciarem a experiência em terras amazônicas.
“Nossa expectativa é que, ao passar por esta experiência, os jovens religiosos se apaixonem pela causa da Amazônia e, partir daí, as congregações possam enviar missionários para esta realidade amazônica tão carente da presença da Igreja”, afirma a assessora da Comissão para a Amazônia da CNBB, irmã Maria Irene Lopes dos Santos.
A religiosa ainda recorda que o projeto Missão Jovem na Amazônia, ocorrido em 2014 recebeu um alto número de inscrições de integrantes da Vida Consagrada. A presidente da CRB Nacional, irmã Maria Inês Ribeiro, confirma a constatação da assessora da CNBB e acrescenta como motivação para a Primeira Missão da Vida Religiosa Jovem na Amazônia o incentivo do papa Francisco durante Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro (RJ), em 2013.
“Ele pediu que olhássemos para a Amazônia. E em 2014, no projeto Missão Jovem da Amazônia, aproximadamente três mil jovens se manifestaram, entre eles muitos religiosos/as. A CRB assumiu, então, acompanhar os jovens religiosos que se dispuseram à missão na Amazônia. Lindo! E neste ano da Vida Consagrada, em missão é o momento de agradecer o grande dom, vivendo o presente no ardor da missão, na entrega, sob o estimulo também do Papa de ‘sair’”, enfatizou, sublinhando o Ano da Vida Consagrada, também proposto pelo papa Francisco.
Para o bispo prelado de Itaituba, dom Wilmar Santini, possibilitar a experiência missionária aos jovens, “os fortalece vocacionalmente no seguimento a Jesus Cristo”.
Ao final do encontro, foi divulgada uma carta com as percepções dos jovens religiosos que participaram o projeto. Leia:

“Essa missão nos deu a oportunidade de sermos pobres com os pobres e aprendermos a não desperdiçar as oportunidades que a vida nos dá e olhar a todos como irmãos e irmãs, vivendo cada dia com esperança, sem desanimar mesmo em condições de extrema necessidade. Aprendemos essa lição ao conviver com os povos da Amazônia, escutando suas histórias, celebrando a fé a seu modo, por estrada, linhas, vicinais e rios.
Nossos olhos testemunharam também que a Amazônia, o maior mosaico de biodiversidade do planeta, lamentavelmente corre risco, sobretudo na sua maior riqueza, o ser humano, que está sendo o mais ameaçado. Percebemos o grande êxodo do campo para a cidade, o povo vive nas periferias em condições precárias e sem assistência. Comunidades ribeirinhas, quilombolas e aldeias indígenas ameaçadas de serem submersas pelas construções das hidrelétricas. Há o drama da exploração sexual contra crianças e adolescentes, a ocorrência do tráfico de drogas na Amazônia, um de seus grandes corredores, a violência no campo e na cidade, ceifando vidas, e ameaça de morte colocando em risco as lideranças que lutam em defesa da justiça e dos direitos humanos. Estas e outras realidades são consequências de um projeto de “desenvolvimento” que visa apenas à exploração das riquezas naturais desta região, sem que haja o justo respeito aos direitos dos que aqui vivem.
Diante dessas realidades, nós jovens da vida religiosa, nos sentimos interpelados: ‘Levanta-te, desce e vai ter com eles, sem hesitar, pois fui eu que os mandei’ (At 10,20). Como jovens religiosos/as, ressaltamos o desejo de continuar essa missão com o Povo de Deus que vive na Amazônia, atendendo solícitos ao apelo do papa Francisco: ‘A Igreja está na Amazônia não como aquele que têm as malas na mão para partir depois de terem explorado tudo o que puderam’, queremos efetivamente assumir esse compromisso de estar com o povo, respeitando sua alteridade e reconhecendo a sacralidade da criação de Deus.
Expressamos também nossa gratidão ao Deus da Vida, porque nessa semana pudemos perceber que, não obstante as fragilidades e o baixo número de missionários/as, a Igreja na Amazônia sempre se empenha em comunicar Jesus Cristo ressuscitado Caminho, Verdade e Vida, e procura marcar presença nas diversas realidades do Povo de Deus.
E, iluminados pela mensagem de dom Erwin Kräutler, bispo do Xingu (PA), proclamada por dom Wilmar Santin, bispo de Itaituba, que presidiu a celebração de envio para a Missão da Vida Religiosa Jovem na Amazônia, colamos-nos à disposição e convidamos a todos/as para novos projetos missionários na Amazônia.
‘Vai, meu irmão, minha irmã! Lá, em tua nova missão, em tua nova terra, em tua nova pátria, anunciarás Jesus Cristo e o seu Evangelho. Servirás aos pobres, aos excluídos do banquete da vida, lavando-lhes os pés. Falarás com quem nunca andou ou não anda mais conosco. Aproximarás com muito carinho de um povo com cultura e tradições diferentes. Chegando lá, estranharás, sem dúvida, os costumes e usos locais. Mas, não imporás as tuas ideias! Não apresentarás o País que te viu nascer como paraíso! Não dirás nunca que, no lugar onde te criaste, as coisas estão bem melhores!  Não darás nunca a impressão de que vieste para ensinar, para civilizar, para instruir, para colonizar! Jamais violentarás a alma do povo, que, doravante, será o teu povo! Oferecerás simplesmente o testemunho de tua fé, de tua esperança e de teu amor, e darás a tua vida até o fim, até as últimas consequências! Assim, tu terás o privilégio e a felicidade de viver a graça de todas as graças: encontrarás o Senhor, que disse: ‘Depois que eu ressuscitar, irei à vossa frente para a Galileia' (Mc 14,28). Missão é sempre ir à Galileia, às Galileias de todos os continentes!’”
Que assim seja! Contem com a bênção de Deus e as singelas orações, desses 25 jovens religiosas e religiosos, que mergulharam na Amazônia e a portam no coração para sempre.
Fonte: CNBB

sábado, 18 de abril de 2015

Cultura egípcia ainda influencia a vida diária dos habitantes de Israel muitos anos após o “Exôdo do Egito”

De acordo com o arqueólogo Amir Ganor da Autoridade de Antiguidades de Israel que no ano passado dirigiu uma escavação em uma caverna nas proximidades do Kibbutz Lahav, no sul do país: "os israelitas deixaram o Egito, no entanto, parece que, mesmo anos após o seu regresso  o Egito não deixou os israelitas e seus descendentes".

Numa conferência de imprensa realizada em Jerusalém na véspera da Páscoa, a Autoridade de Antiguidades de Israel revelou achados arqueológicos exclusivos para o público, no qual atestam a existência de um centro administrativo egípcio na região 3400 anos atrás.

Enquanto trabalhavam na região de Tel Halif, a Unidade para a Prevenção de Roubo de Antiguidades identificou uma caverna subterrânea em que havia sinais de pilhagem. Os inspetores descobriram que ladrões de antiguidades haviam quebrado a caverna e começaram a empilhar vasos de cerâmica de 3.000 anos atrás  prejudicando as antigas camadas arqueológicas. Os funcionários do IAA ficaram frustrados com os danos na caverna e realizaram uma escavação de salvamento lá, a fim de salvar os artefatos e informação arqueológica extremamente valiosa das picaretas dos ladrões.

A escavação revelou evidências arqueológicas impressionantes que datam, principalmente ao Final da Idade do Bronze (cerca de 1500 aC) e Idade do Ferro (1000 aC). Mais de 300 vasos de cerâmica de diferentes tipos foram encontrados na caverna, alguns dos quais foram descobertos intactos. Também foi encontrado em conjunto com a cerâmica dezenas de peças de jóias feitas de bronze, conchas e faiança, vasos exclusivos formados a partir de alabastro amarelado, selos, impressões de selos e vasos cosméticos. Os objetos foram colocados na caverna e esquecidos há décadas.

Segundo o arqueólogo Amir Ganor, diretor da Unidade de Prevenção de Roubo de Antiguidades em Autoridade de Antiguidades de Israel, "Entre os muitos artefatos que foram descobertos, a maioria dos quais são característicos da cultura judaísta no sul do país, encontramos dezenas de selos de pedra, alguns dos quais são moldados na forma de um besouro alado (escaravelhos) e carregam símbolos gravados e imagens típicas da cultura egípcia que prevaleceu no país no Final da Idade do Bronze.  Alguns dos selos foram formados em semi- pedras preciosas que vem do Egito e da Península do Sinai".

De acordo com Dr. Daphna Ben-Tor, curadora de arqueologia egípcia no Museu de Israel, "a maioria dos selos escaravelhos encontrada na escavação datam do séculos décimo quinto ao décimo quarto aC. Durante este período, Canaã foi governado pelo Egito". Dr. Ben-Tor acrescenta: "Os nomes dos reis aparecem em alguns dos selos. Entre outras coisas, podemos identificar uma esfinge que encontra-se em frente ao nome do faraó Tutmés que reinou cerca de 1504-1450 aC. Outro selo escaravelho tem o nome de Amenhotep, que reinou cerca de 1386-1349 aC. Ainda outro escaravelho retrata Ptah, o deus principal da cidade de Memphis ".

Outros artefatos descobertos incluem anéis de vedação feitos de faiança e uma riqueza de estatuetas e amuletos à imagem de deuses sagrados para a cultura egípcia.

De acordo com Ganor, "É verdade que os israelitas saíram do Egito, mas a evidência da escavação na caverna mostra que os egípcios não deixaram os israelitas e seus descendentes. Isso tem sido comprovado em escavações arqueológicas em que foram descobertas evidências de muitos anos após o "Exodus", que reflete a influência da cultura egípcia sobre os moradores judaítas do país".

A análise dos achados mostra que alguns dos objetos foram produzidos no próprio Egito e foram levados para Canaã pelos israelitas ou comerciantes. No entanto, alguns dos artefatos foram feitos no país usando métodos que imitam as técnicas de produção egípcias e copiam motivos culturais egípcios, enquanto utilizam matérias-primas indígenas.

De acordo com Dr. Amir Golani da Autoridade de Antiguidades de Israel, "durante o final da Idade do Bronze, Egito era um império extremamente poderoso e impôs sua autoridade em todo nossa região. A autoridade egípcia não foi apenas manifestada no controle político e militar, mas também foi uma forte influência cultural que contribuiu para a formação da sociedade. Junto com uma administração de funcionários egípcios em Israel, um grupo de elite local evoluiu no país, que adotou muitos dos costumes egípcios e sua arte".

Os artefatos foram transferidos para os laboratórios da Autoridade de Antiguidades de Israel para a continuação do tratamento. O inquérito sobre a caverna e os achados ainda está em estágio inicial e depois que completar o tratamento de centenas de objetos que foram expostos, será possível adicionar informações importantes sobre a influência do Egito sobre a população da Terra de Israel no período bíblico.

Os inspetores da Unidade de Prevenção Roubo de Antiguidades expressaram sua satisfação pelo fato de, na sequência de um trabalho árduo e determinado, o roubo de antiguidades na caverna foi frustrado, centenas de descobertas foram salvas da pilhagem e saques, e os arqueólogos foram capazes de realizar um sistemático estudo do local que irá fornecer informações muito valiosas para a compreensão da cultura do país na antiguidade.


Fonte: Ministério do Turismo de Israel

quinta-feira, 16 de abril de 2015

“Deus está dentro de cada um e este é o sentido da vida”, diz teóloga aos religiosos e religiosas

Os mais de 2 mil participantes do Congresso Nacional da Vida Consagrada refletiram, no dia 8, sobre as manifestações de Deus como mistério, a mistagogia. O tema foi abordado pela teóloga da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Rosemary Fernandes da Costa. O Congresso Nacional da Vida Consagrada acontece em Aparecida (SP), desde o dia 6, e termina nesta sexta-feira, 10.
Sobre o tema, a teóloga destacou a necessidade de voltar às fontes para melhor acolher o mistério de Deus. “Nós perdemos a água mais pura e ficamos bebendo água genérica longe da fonte, mas se bebermos na água dos fundadores e da patrística, do Evangelho, a encontraremos”, explicou. Segundo Rosemary, por estarem longes de si, os seres humanos estão longe de Deus e, sendo assim, a missão dos religiosos é ajudar as pessoas a perceberem que Deus está dentro de cada um e que este é o sentido da vida. “Assim, nós estaremos não só dando razão à missão que assumimos um dia, mas provocando que essas pessoas também abracem cada um, do seu jeito, a sua vocação existencial”.
Sinal profético da Vida Consagrada
Em conferência realizada na terça-feira, 7, o assessor teológico do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), padre Paulo Suess, tratou sobre as cartas “Alegrai-vos” e “Perscrutai”, enviadas aos religiosos e religiosas pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.
Paulo Suess citou a carta enviada pelo papa Francisco por ocasião da inauguração do Ano da Vida Consagrada, na qual o pontífice afirma que “graças ao Concílio, de fato, a Vida Consagrada empreendeu um fecundo caminho de renovação”. O assessor disse que a caracterização da Vida Consagrada como “sinal profético” é um fenômeno pós-conciliar. “Deve ser compreendido como consequência do testemunho de tantas religiosas e religiosos no continente latino-americano que, na esteira de Medellín, levantaram a sua voz pela causa do Reino. Profetas contextualizam a palavra de Deus nos ombros dos apóstolos”, disse o teólogo.
Celebração da Luz
Conduzida por uma equipe liderada por mulheres, consagradas e consagrados rezaram em favor das causas abraçadas na cerimônia de celebração da luz, na noite de quarta-feira, 8. As velas foram acesas na luz do Círio Pascal, indicando que a vocação da Vida Consagrada está alicerçada em Cristo.
A presidente da Confederação Latino-Americana e Caribenha de Religiosos e Religiosas (CLAR), Mercedes Casas Sánchez, participou da celebração e declarou que o momento a fez pensar na missão da Vida Consagrada, “que é desde a sua pequenez, iluminar juntamente com outras luzes, o Povo de Deus”. Segundo ela, os religiosos devem ser como uma pequena luz que vai acendendo as demais. “Nossa missão é ser luz e contagiar luzes, mas também devemos nos deixar contagiar”, concluiu a irmã.
Fonte: CNBB

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Tecnologia Israelense contra o crime

Empresa israelense lança sistema para investigar indivíduos na nuvem e em redes sociais. A tecnologia também extrai registros de celulares e já foi usada para reconstituir vídeos apagados em celular do pai de Bernardo Boldrini, garoto assassinado no RS em 2014.
A Cellebrite, empresa israelense líder em tecnologias para a investigação de provas em dispositivos móveis, irá apresentar na feira internacional de segurança e defesa LAAD 2015 (de 14 a 17 de Abril no Riocentro), um novo sistema capaz de varrer os serviços em nuvem das operadoras e prestadores de serviços para localizar pistas capazes de provar o envolvimento de suspeitos em casos criminais. Batizada de UFED Cloud Analyzer, a nova tecnologia quebra proteções e bloqueios, como senha e criptografia, e é capaz de identificar até mesmo postagens anônimas, perfis verdadeiros ou falsos em redes sociais e contas de webmail abertas pelo proprietário de um smartphone ou tablet.
A nova tecnologia também vasculha os eventuais vínculos do suspeito com outras pessoas investigadas (ou com a vítima), através da varredura em trocas de mensagens ou ligações, arquivos de áudio e vídeo guardados em redes sociais ou sites na nuvem e até pela localização GPS em dia hora definidos pelo investigador. De forma fácil e rápida, o investigador ou examinador profissional é capaz de varrer toda a vida virtual de um ou vários indivíduos e elucidar informações como falsos álibis, relacionamentos sociais, hábitos de deslocamento e locais visitados pela vítima ou suspeito. Durante a LAAD, a Cellebrite também apresenta a sua solução de investigação em dispositivos móveis e em nuvem na forma de um Quiosque, próprio para ser instalado em delegacias, postos de fronteira e pontos de revista e fiscalização em geral.

Fonte: Pletz

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Igreja na sociedade: fraternidade

Cardeal Odilo Pedro SchererArcebispo de São Paulo (SP)
Estamos no final da Campanha da Fraternidade de 2015. O tema – “Fraternidade: Igreja e Sociedade” - serviu para refletir sobre um dos aspectos fundamentais do Concílio Ecumênico Vaticano II, de cuja conclusão estamos lembrando 50 anos.

O Concílio tratou da relação Igreja-mundo. Não se trata de duas instâncias separadas ou antagônicas, nem também redutíveis a uma única realidade: ambas as realidades coexistem e interagem. O “mundo” tem sua autonomia legítima, diz o Concílio e isso significa que as “realidades terrestres” têm sentido e valor por si próprias, e não, apenas, porque a religião lhes dá sentido.
A Igreja reconhece que no mundo da natureza há uma lógica interna, que possui um sentido positivo, conferido por Deus Criador; e o próprio homem, organizando a sua convivência, é também capaz de realizar a boa obra, mesmo sem que isso dependa de um direcionamento religioso. A vida social precisa ser ordenada retamente, não por causa da religião, bem sim, por causa dos valores bem e da justiça, para os quais deve estar ordenada toda a vida e ação humanas.
Qual é, então, a parte da Igreja, inserida no mundo e na sociedade? Ela é testemunha do Evangelho do Reino de Deus e tem uma contribuição importante a dar ao convívio social e a toda atividade humana: apresentando a luz do Evangelho, ela ajuda a sociedade a encontrar mais facilmente os caminhos da retidão, da justiça e da realização da obra boa. Em uma palavra, a Igreja indica a verdadeira fraternidade, como forma de convivência na grande família humana.
Apontando para Jesus Cristo, “caminho, verdade e vida”, ela convida a seguir seus passos; e indica o Reino de Deus como o grande bem para o homem, a partir do qual se julgam toda decisão e ação humanas e todos os valores terrenos. A partir de sua antropologia, ela ajuda a compreender o valor e a dignidade de cada pessoa, que deve estar no centro de toda organização social, política e econômica.
Com a Campanha da Fraternidade, a Igreja no Brasil indica um valor fundamental para o convívio social: a fraternidade, expressão concreta do amor ao próximo. A Igreja ajuda a sociedade a orientar-se pela fraternidade, buscando a justiça, o respeito à pessoa e a solidariedade. Os referenciais para a vida social, econômica e política, propostos pela Igreja, podem ajudar a superar mais facilmente tantos problemas que afligem o convívio social: desonestidade e corrupção, a injustiça e violência, guerras, fome e exclusão social... Tudo isso é contrário à fraternidade e fere profundamente a dignidade humana.
A Igreja não é uma instância concorrente com a sociedade organizada, mas faz parte dela, mesmo não se confundindo com ela. Através de seus membros, que também são cidadãos do mundo, a Igreja se faz presente e atuante em toda parte. Ela age na sociedade e nos diversos níveis das relações sociais, quer através de seus representantes hierárquicos e de iniciativas que lhe são próprias; quer, ainda mais, através da presença de seus filhos em todo o tecido social. É grande o campo de atuação e testemunho cristão dos leigos!
A Campanha da Fraternidade se encerra no Domingo de Ramos; mas os temas por ela postos e suas reflexões, bem como iniciativas suscitadas por ela, continuam ao longo do ano inteiro. Não é demais lembrar que o grande documento do Concílio, que trata das relações Igreja-sociedade, é a Constituição Pastoral Gaudium et Spes, cuja leitura e estudo são muito úteis e recomendados.
No Domingo de Ramos, todos somos chamados a fazer nosso “gesto concreto de solidariedade”, como fruto da nossa penitência quaresmal. As ofertas recolhidas, servirão para apoiar projetos pastorais de caridade social, nas dioceses e, em âmbito nacional, promovidos e apoiados pela CNBB.
Fonte: CNBB

domingo, 5 de abril de 2015

Entidades manifestam-se contra a redução da maioridade penal

Em nota, entidades ligadas à Igreja Católica no Brasil se posicionaram contra a redução da maioridade penal. Em 2013, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio de seu Conselho Permanente, também emitiu nota na qual reafirmava “que a redução da maioridade não é a solução para o fim da violência”.
Na ocasião, os bispos da CNBB alertavam a sociedade que a medida é uma “negação da Doutrina da Proteção Integral que fundamenta o tratamento jurídico dispensado às crianças e adolescentes pelo Direito Brasileiro”. E que “a Igreja no Brasil continua acreditando na capacidade de regeneração do adolescente quando favorecido em seus direitos básicos e pelas oportunidades de formação integral nos valores que dignificam o ser humano”.
O posicionamento contra a redução da maioridade penal também foi manifestado por organismos ligados à CNBB como a Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (Anec), Cáritas Brasileira e Pastoral da Juventude (PJ).
A Cáritas Brasileira, articulada em 133 entidades no Brasil e, com mais de 20 anos trabalhando na promoção e defesa dos direitos da criança e adolescente, juntamente com a Pastoral do Menor, reafirma seu compromisso de promover e defender a vida das crianças e dos adolescentes. “Cabe destacar que as medidas de redução de direitos, principalmente no que se refere à redução da maioridade penal e do aumento do período de internação, atinge principalmente os e as jovens marginalizados e marginalizadas, negros e negras, aqueles que moram na periferia, que já tiveram todos os seus direitos de sobrevivência negados previamente”, consta no manifesto da Cáritas.
Presente em 900 municípios brasileiros, sendo responsável pelo formação de aproximadamente 2,5 milhões de crianças, jovens e adultos, a Anec também se posicionou contra a redução da maioridade penal, dizendo que “não se pode argüir como proposta para a diminuição da crescente violência no país a redução da maioridade penal, como se esta fosse uma fórmula mágica para resolver o problema da violência que tanto atormenta a população brasileira”. Para a entidade, “as violências cometidas não tem sua origem e nenhum desvio humano dos adolescentes, sim de uma realidade brutal e de negação de direitos que leva esses adolescentes a cometer tais atos”.
Em defesa dos direitos e promoção da vida dos jovens, a Pastoral da Juventude (PJ), ligada à CNBB,manifestou repúdio as tentativas da redução da maioridade penal. A PJ possui mais de 40 anos de história, articulando cerca de 10 mil grupos de jovens pelo país. No texto, a Pastoral destacou o fato do Brasil possuir a quarta maior população carcerária do mundo, com mais de 563 mil pessoas encarceradas, conforme dados apresentados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em junho de 2014.
Desta forma, a PJ reafirma que “a criminalidade e a violência na qual estão inseridos adolescentes e jovens são frutos de um modelo neoliberal de produção e consumo que opera na manutenção das injustiças socioeconômicas, e devem urgentemente ser transformadas, especialmente a partir da construção de políticas que garantam direitos básicos à juventude e adolescentes, como o direito à educação e saúde de qualidade, moradia digna e trabalho decente”. 

sábado, 4 de abril de 2015

Até 2050, Israel quer ter 75% de sua água potável vinda do mar

Israel quer chegar ao ano de 2050 tirando 75% de sua água potável do mar. Atualmente o país já extrai do oceano 40% da água que consome em seu território.
O plano foi apresentado por representantes de Israel a empresas de saneamento e indústrias brasileiras, nesta quarta-feira (25), durante evento que ocorreu em São Paulo. O evento teve como objetivo mostrar experiências de Israel para captação e tratamento de água em um país essencialmente seco.
Entre as soluções apresentadas pelos israelenses, que são referência internacional na gestão de água, estão investimentos em água de reuso (reaproveitamento da água obtida do esgoto) e a dessalinização (retirada do sal da água do mar).
No Brasil, as duas técnicas ainda têm exemplos pequenos aplicados ao saneamento. Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, o alto custo de implantação dessas tecnologias costumava ser um impeditivo. No entanto, diante de um contexto de crise hídrica, que atinge de maneira inédita o Sudeste, essas técnicas começam a ser mais viáveis.
Israel trabalha hoje com um custo equivalente a R$ 1,70 para dessalinizar mil litros de água do mar. Embora a Sabesp em São Paulo não divulgue o custo de tratamento de sua água, a tarifa mais barata atualmente é de R$ 0,53.
Segundo as empresas do mercado, novas tecnologias também têm feito com que o preço de implantação de estações de dessalinização e de reuso caiam e possam ser alternativas para métodos tradicionais de tratamento de água.

Fonte: NE10

quinta-feira, 2 de abril de 2015

“Deus humilha-se para caminhar com seu povo”, disse o papa Francisco

Milhares de peregrinos participaram da celebração do Domingo de Ramos, 29, na Praça de São Pedro. O papa Francisco presidiu missa, que teve início com bênção e procissão dos ramos, recordando a entrada de Jesus em Jerusalém. Em sua homilia, o papa citou trecho da Carta aos Filipenses, que diz “Humilhou-Se a Si mesmo”, destacando a humildade de Deus e o compromisso de cada cristão.
“Um estilo que nunca deixará de nos surpreender e pôr em crise: jamais nos habituaremos a um Deus humilde! Humilhar-se é, antes de mais nada, o estilo de Deus. Deus humilha-se para caminhar com o seu povo, para suportar as suas infidelidades”, disse o papa. Para Francisco, a Semana Santa é o caminho para à Páscoa, momento para viver a estrada da humilhação de Jesus.
“Nestes dias, ouviremos o desprezo dos chefes do seu povo e as suas intrigas para o fazerem cair. Assistiremos à traição de Judas. Veremos o Senhor ser preso, condenado à morte, flagelado e ultrajado. Ouviremos que Pedro, a ‘rocha’ dos discípulos, o negará três vezes. Ouviremos os gritos da multidão, que pedirá a Sua crucificação. E o veremos coroado de espinhos”.
Para o papa, este é o caminho de Deus, o caminho da humildade e que não há outra estrada de Jesus a não ser essa. “Não existe humildade sem humilhação”. Francisco explicou, ainda, que humildade quer dizer serviço, significa dar espaço a Deus despojando-se de si mesmo, esvaziando-se. “Esta é a maior humilhação.”
Doação e amor
Para esta Semana Santa, o papa fez convite para que os cristãos busquem deixar de lado o caminho da vaidade, do orgulho, do sucesso. E, deu exemplo de homens e mulheres que cada dia, no silêncio e escondidos, renunciam a si mesmos para servir um familiar doente, um idoso sozinho ou uma pessoa deficiente.
“Com eles, emboquemos também decididamente esta estrada, com tanto amor por Ele, o nosso Senhor e Salvador. Será o amor a guiar-nos e a dar-nos força e onde Ele estiver, estaremos também nós”, refletiu o papa.
Em saudação aos peregrinos, Francisco dirigiu-se aos jovens, motivando-os para a Jornada Mundial da Juventude, em Cracóvia. “Caros jovens exorto-vos a continuar o vosso caminho seja nas dioceses, seja na peregrinação através dos continentes, que vos levará no próximo ano a Cracóvia, pátria de São João Paulo II, iniciador das Jornadas Mundiais da Juventude”.
Ao final, o papa também rezou pelas famílias das vítimas do desastre aéreo da companhia alemã, recordando de modo particular o grupo de jovens estudantes que nele perdeu a vida.
Fonte: CNBB

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Páscoa na Terra Santa

Não há nada como vivenciar a Semana Santa em Jerusalém. Celebrando os melhores momentos da história da salvação e a vida de Jesus nos muitos locais em que eles aconteceram é uma experiência inesquecivel de fé para os cristãos. Na Páscoa e a Semana Santa, Jerusalém fica lotada de peregrinos de todas as partes do mundo. Para Ortodoxos e Católicos, celebrações acontecem na Igreja do Santo Sepulcro, onde seis pontos históricos marcaram a crucificação, sepultamento e resurreição de Jesus desde o século IV d.C.
No Domingo de Ramos (29 de março), mais de mil peregrinos católicos e protestantes descem o Monte das Oliveiras cantando hinos de louvor e com ramos de palmeiras, reencenando a Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém. A procissão acontece no período da tarde, iniciando-se na Igreja de Betfagé na encosta oriental do Monte das Oliveiras e segue descendo para Getsêmani e terminando na Cidade Velha na Igreja de Sant’Ana.
Os ortodoxos seguem o Patriarca, com ramos de palmeiras, em uma colorida procissão para a Igreja do Santo Sepulcro e retornam ao Patriarcado. Outras procissões dos católicos armênios, coptas e sírios também acontecem dentro da Igreja do Santo Sepulcro.
Outro destaque é a Quinta-feira Santa (2 de abril), quando os fieis comemoram a Última Ceia e a cerimônia do Lava-Pés dos apóstolos por Jesus e as últimas horas de Cristo antes de sua prisão no Getsêmani. O Patriarcado Latino lava os pés de seus sacerdotes imitando Jesus na Igreja do Santo Sepulcro, o guardião dos Lugares Santos na Sala da Última Ceia e, mais tarde, na Igreja de São Salvador. Na parte da tarde, uma oração católica curta em várias línguas acontece no Cenáculo, enquanto os anglicanos, luteranos e protestantes realizam uma proscissão da Catedral de São Jorge para a Igreja da Redenção e Igreja do Cristo, terminando no Getsêmani.
Na Hora Santa, uma leitura em várias línguas acontece na Basílica da Agonia no Getsêmani, com uma procissão à luz de velas do Getsêmani para Monte Sião (católicos). A Igreja de São Pedro em Gallicantu permanece aberta aos fiéis durante a maior parte da noite. Os ortodoxos comemoram com uma cerimônia de lavagem dos pés no pátio do Santo Sepulcro e nas respectivas igrejas na Cidade Velha.
Na Sexta-feira Santa (3 de abril), o dia em que Jesus foi crucificado e sepultado, uma procissão de milhares de cruzes é liderada pelo Patriarca, o guardião dos Lugares Santos e outros grupos independentes marcam as estações da Via Sacra ao longo da Via Dolorosa em Jerusalém na Cidade Velha para o Calvário na Igreja do Santo Sepulcro.
À noite, a procissão do enterro é realizado no Santo Sepulcro (católicos), nas igrejas da Cidade Velha e no Túmulo do Jardim em Jerusalém (protestantes), onde as orações também são realizadas em Inglês.
No Santo Sábado ou Grande Sábado (4 de abril), Cristãos Ortodoxos celebram a Cerimônia do Fogo Sagrado, quando milhares de pessoas reúnem-se dentro e fora da Igreja do Santo Sepulcro para aguardar o milagroso acendimento da vela do Patriarca, transmitido para o mundo todo. Além disso, a luz é trazida aos países ortodoxos por um voo especial.
No domingo de Páscoa (5 de abril), quando os fiéis celebram a ressurreição de Jesus, o Patriarca Latino lidera uma procissão até a Igreja do Santo Sepulcro para a leitura multi-lingual do Evangelho da Ressurreição e da celebração de Missas de Páscoa. Para os luteranos, o Eucaristia do dia da Páscoa acontece no Monte das Oliveiras atrás da Igreja Augusta Victoria e protestantes podem participar das cerimônias de Páscoa em Inglês no Jardim da Tumba e em várias igrejas protestantes em Jerusalém.
As denominações ortodoxas celebram o Domingo de Páscoa à partir de meia-noite de sábado com uma procissão Patriarcal para a Igreja do Santo Sepulcro e celebrações da Liturgia Divina Pascal das igrejas ortodoxas da Cidade Velha.
Na segunda-feira de Páscoa, (06 de abril), as celebrações deslocam-se para Emaús, para celebrar o Jesus ressuscitado aparecendo diante de dois dos seus discípulos e dividindo o pão com eles em Emaús, fora de Jerusalém. Há uma discussão sobre a localização exata de Emaús, próximo a Latrun, Abu Ghosh e al-Qubeibeh (oeste e noroeste de Jerusalém). Missas solenes são realizadas em vários locais, presidida pelo Patriarca Latino (Emmaus perto de Latrun) e pelo Custódio Franciscano (Emmaus em al-Qubeibeh). Muitos monges camimham 30 km de Jerusalém para Emaús-Latrun para participar na missa da tarde, celebrada nas ruínas da Igreja Crusader.
Fonte: Pletz