sábado, 28 de junho de 2014

Invenção israelense calcula a calorias dos alimentos

O SCiO é um dispositivo portátil que se conecta a um smartphone por meio de Bluetooth LE, desenvolvido pela Consumer Physics, startup israelense que tem aporte da Kholsa Ventures. O dispositivo é baseado em espectroscopia de infravermelho próximo, o que significa que ele reflete a luz sobre um objeto e, em seguida, coleta e analisa a luz refletida de volta. O Kickstarter lançou o projeto na terça de manhã, com vários níveis de financiamento: o SCiO totalmente operacional tem preços a partir de US$ 149, mas os apoiadores do Kickstarter que oferecerem US$ 300 receberão dois anos de atualizações de software garantidas.
Enquanto os cientistas e pesquisadores usam espectroscopia de infravermelho próximo regularmente, existem muitos consumidores que gostariam de saber mais sobre a composição química do mundo à sua volta, seja para identificar aquelas pílulas na parte de trás do armário de remédios ou para descobrir se a fruta na feira está madura. A Consumer Physics vai oferecer versões tanto para Android quanto para iPhone, e também espera desenvolver uma plataforma na qual terceiros possam desenvolver seus próprios aplicativos.
Usar o SCiO é simples: aponte a sua luz azul para um objeto que você deseja analisar. Em poucos segundos, o aplicativo de smartphone associado terá a leitura do espectrômetro, enviando-a para os servidores do SCiO, analisando-o em um banco de dados de assinaturas espectrais conhecidas, exibindo as informações de uma maneira fácil de entender. Por sua vez, as leituras fornecidas pelos usuários poderão ajudar a completar o banco de dados de assinatura espectral.
A Consumer Physics desenvolveu três aplicativos diferentes para a identificação de alimentos, medicamentos e plantas. Durante uma breve demonstração, eu vi o módulo retornar o percentual de gordura e o número de calorias por 100 gramas de queijo. O SCiO também foi capaz de identificar vários medicamentos diferentes e distinguir entre um Tylenol comum e um Tylenol PM. Eu não vi o aplicativo para plantas, mas, eventualmente, ele deve ser capaz de medir a hidratação da folha e do solo, além de fornecer uma análise da solução hidropônica.
Apesar de o protótipo do SCiO ser aproximadamente do tamanho de um chaveiro grande, o módulo real é muito menor. É mais próximo do tamanho de um módulo de câmera para smartphones, podendo, um dia, ser incluído em uma grande variedade de dispositivos, incluindo wearables. Os kits de desenvolvimento disponíveis através do Kickstarter por US$ 200 oferecem módulos barebone do SCiO e acompanham desenhos CAD para impressoras 3D.
Apesar de a Consumer Physics, além de desenvolver o hardware, estar também preenchendo os primeiros bancos de dados e aplicativos que funcionam com o SCiO, espera-se que outras empresas desenvolvam seus próprios aplicativos, utilizando o kit de desenvolvimento disponível no Kickstarter. Pessoalmente, eu adoraria ver aplicativos que identificam se uma bebida foi batizada com drogas, por exemplo. No entanto, você pode ter que pagar por isso, especialmente para os casos de uso profissionais específicos. A espectrografia é muitas vezes usada para identificar pedras preciosas e o CEO Dror Oren acrescenta: “Se alguém quiser oferecer um aplicativo para identificação de diamantes que custa US$ 1.000, esse é o tipo de plataforma que queremos construir.”
Outras empresas que trabalham no espectrômetro portátil também têm usado a tecnologia para to monitorar calorias ingeridas e a ingestão nutricional através do suor do usuário. Os primeiros protótipos do SCiO serão lançados em outubro e o Kickstarter já está ativo.
Fonte: Pletz


quarta-feira, 25 de junho de 2014

Pinturas são reveladas no Hospital Saint-Louis, em Jerusalém

Pinturas murais que contam a história dos cruzados de Jerusalém foram recentemente expostas quando as freiras do Hospital Saint-Louis, perto da Cidade Velha de Jerusalém, estavam organizando os armazéns. Além disso, um cano de água que estourou no edifício revelou desenhos que estavam escondidos debaixo do gesso e pintura moderna. As pinturas, desenhadas pelo fundador do hospital, retratam os cavaleiros cruzados de armadura usando espadas e marca, entre outras coisas a genealogia dos cavaleiros franceses.

Após a descoberta, o pessoal da conservação da Autoriade de Antiguidades de Israel chegaram ao hospital e ajudaram as freiras com os "primeiros socorros" na limpeza e estabilizalção de algumas das pinturas na parede. As pinturas são no estilo característico de decorações de igrejas monumentais do século XIX, com muita atenção aos pequenos detalhes e motivos tirados do mundo da arte medieval.

Saint-Louis Hospice - uma impressionante estrutura de dois andares construído em estilo renascentista e barroco - está situado ao lado do edifício da prefeitura de Jerusalém e da movimentada Praça IDF, fora das muralhas da Cidade Velha e em frente à Porta Nova. O local recebeu o nome de São Luís IX, Rei da França (o líder da sétima cruzada 1248-1254 dC) e foi aberto ao público em 1896. Hoje, partes do edifício não são abertas aos visitantes, pois ela serve como hospital e hospício para doentes crônicos e terminais.

O hospital é dirigido pelas Irmãs de São José da Aparição. Esta ordem trata o doente, independentemente da religião, idade ou sexo. Além do trabalho sagrado realizado lá, o interior do edifício contém uma narrativa histórica fascinante e um tesouro artístico.
O hospital foi fundado por iniciativa de um conde francês, Comte Marie Paul Amédée de Piellat, um homem de muitas realizações, um cristão devoto e intelectual que visitou Jerusalém várias vezes na segunda metade do século XIX, e lá faleceu em 1925.

A antiga paisagem da Terra Santa, e  de Jerusalém em particular, estavam profundamente gravadas na personalidade de Piellat e assim fortalecendo sua fé cristã. De Piellat ficou chocado com a escassa presença católica em Jerusalém e estava preocupado com o aumento do poder da Igreja Ortodoxa Grega e os seus representantes - os russos. Deve-se observar que no final do século XIX, as grandes potências lutaram entre si pelo controle e hegemonia religiosa de Jerusalém. 
O conde decidiu agir e entre 1879 e 1896, construiu o hospital que substituiu um menor, com instalações mais modestas no bairro cristão no interior das muralhas da Cidade Velha. Em seguida, ele estabeleceu um outro complexo enorme e espetacular nas proximidades - Notre Dame de France, um albergue projetado para servir os peregrinos cristãos e atender a suas necessidades.
A área em particular que o conde escolheu para a construção do hospital não foi acidental. De Piellat se considerava um descendente dos Cruzados, bem como o último cruzado. Ele queria continuar o trabalho desses Reis Latinos, cavaleiros e nobres que estavam em Jerusalém, cerca de nove séculos antes. Por isso, ele escolheu instalar o hospital na zona histórica onde o exército do rei normando Tancredo acampou quando juntamente com os aliados seus aliados, violassem os muros da cidade de Jerusalém em 1099 dC e dominassem a cidade com fúria e brutalidade.

De Piellat , que também era um artista, adornou as paredes e teto do hospital com enormes pinturas retratando os cavaleiros Cruzados em suas armaduras e espadas. Paralelamente a estas figuras gigantes que pintou a heráldica das famílias dos cavaleiros franceses, escreveu os seus nomes e observou sua genealogia. Ele também acrescentou os símbolos das cidades dos cruzados, símbolos das ordens militares e ordens monásticas. A visão era espetacular; as enormes salas e quartos intermináveis do hospital foram decorados com a história dos cruzados de Jerusalém.

Os turcos tomaram posse do edifício durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Eles cobriram os afrescos de tirar o fôlego com tinta preta. No final da guerra, o conde  retornou ao hospital em sua velhice. De Piellat dedicou o resto de sua vida para remover a tinta preta e re-expor os afrescos. Ele faleceu no hospital em 1925.
O interesse nas pinturas perdidas e escondidas foi recentemente renovado quando elas foram revelados, mais uma vez em toda a sua glória. Estas pinturas magníficas são um pedaço da história e uma obra de arte rara. Fundos são atualmente necessários para sua conservação, exposição e documentação. Deve-se notar que não há intenção de transformar o hospital em uma atração turística , a fim de que o trabalho sagrado humilde e tranquilo feito lá possa continuar.

Fonte: Ministério do Turismo de Israel


segunda-feira, 23 de junho de 2014

A coragem do Papa Francisco

Dom Anuar BattistiArcebispo de Maringá (PR)

Um fato histórico. Domingo passado, dia 08 de junho, nos jardins do Vaticano o Papa Francisco conseguiu unir o Patriarca Bartolomeu I, junto com os presidentes de Israel, Shimon Peres, e da Palestina, Mammoud Abbas, para uma oração pela paz no Oriente Médio e no mundo.
O convite para o encontro foi feito em maio durante a viagem do Papa Francisco, de maneira inesperada, com a intenção de aproximar israelenses e palestinos, que ficaram mais afastados depois do fracasso das últimas negociações de paz. 
"A oração pode tudo", escreveu o papa na véspera do encontro, no Twitter, pedindo aos fiéis que rezem "pela paz no Oriente Médio e no mundo".
O padre Franciscano Pierbattista Pizzaballa, sacerdote responsável por cuidar dos locais de peregrinação católica na Terra Santa e um dos principais organizadores do encontro, dizia: "Este é um momento para pedir a Deus pelo presente da paz. É também um convite aos políticos a fazer uma pausa e levantar os olhos ao céu. Todos querem que algo aconteça, que algo mude. Todos estão cansados dessas eternas negociações que nunca terminam. O santo padre não quer entrar nas questões políticas do conflito israelense-palestino - que todos nós conhecemos.”
Na sua mensagem o Papa Francisco disse: "Chegar à paz pede coragem, muito mais do que guerra. Pede coragem para dizer sim para encontrar e não ao conflito; sim para o diálogo e não à violência; sim para as negociações e não para as hostilidades; sim para o respeito pelos acordos e não aos atos de provocação; sim à sinceridade e não à duplicidade. Tudo isso exige coragem, força e tenacidade. A busca pela paz é um ato de surprema responsabilidade diante de nossas consciências e de nossos povos. Todos pedem a queda dos muros da inimizade e que seja tomado o caminho do diálogo e da paz para que o amor e a amizade triunfem”.
Francisco se dirigiu aos líderes e afirmou que os filhos estão cansados e esgotados pelos conflitos e com desejo de paz.
Em sua fala, Peres admitiu o quão difícil é conseguir a paz, mas pediu para lutarmos com todas as nossas forças para chegar a ela, ainda que para isso sejam necessários sacrifícios ou compromissos.
O presidente de Israel disse ainda que a verdadeira paz pode se transformar em uma herança e garantiu que israelenses e palestinos anseiam por isso.
"As lágrimas das mães sobre seus filhos ainda estão gravadas em nossos corações. Devemos pôr fim aos gritos, à violência, aos conflitos. Precisamos da paz. A paz entre iguais."
O Presidente Palestino Abbas, disse: “a reconciliação e a paz são objetivos do seu povo. Aqui estamos, Deus, inclinados à paz. Mantenha nossos passos firmes e coroe nossos esforços e empenhos com o êxito".
O presidente também revelou o desejo de que a Palestina, e Jerusalém em particular, sejam uma terra segura para todos os que têm fé, e um lugar de oração e veneração para os seguidores das três religiões monoteístas.
O Papa concluiu dizendo: “Agora, Senhor, ajudai-nos Vós! Dai-nos Vós a paz, ensinai-nos. Abri os nossos olhos e os nossos corações e dai-nos a coragem de dizer: nunca mais a guerra; com a guerra, tudo fica destruído! Infundi em nós a coragem de realizar gestos concretos para construir a paz.
Senhor, Deus de Abraão e dos Profetas, Deus Amor que nos criastes e chamais a viver como irmãos, dai-nos a força para sermos cada dia artesãos da paz; dai-nos a capacidade de olhar com benevolência todos os irmãos que encontramos no nosso caminho. E que do coração de todo o homem sejam banidas estas palavras: divisão, ódio, guerra! Senhor, desarmai a língua e as mãos, renovai os corações e as mentes, para que a palavra que nos faz encontrar seja sempre irmão, e o estilo da nossa vida se torne: shalom, paz, salam! Amém.”
Que essa paz aconteça dentro da sua casa, da minha. Que as nossas famílias sejam as primeiras promotoras da paz. Boa semana com a paz do Senhor Jesus!

Fonte: CNBB

domingo, 22 de junho de 2014

CNBB envia representante para acompanhar trabalhos no Haiti

Para colaborar em atividades de inclusão social e de sobrevivência, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e a Cáritas Brasileira promovem  trabalho de solidariedade ao povo haitiano. Periodicamente, a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB envia um representante para visitar e checar os trabalhos de ajuda no país. Amanhã, 15 de junho, a assessora da comissão, irmã Dirce Gomes da Silva, irá fazer esse acompanhamento das atividades desenvolvidas no Haiti.
 "Desde que ocorreu o terremoto, em 2010, a CNBB e Cáritas realizaram uma coleta nacional de SOS ao Haiti e prepararam um grupo de irmãs que pudessem acompanhar de perto o reerguimento das comunidades em Porto Príncipe”, explicou o bispo de Ponta Grossa (PR) e presidente da a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB, dom Sérgio Braschi.
As religiosas promovem uma ação missionária permanente no Haiti, oferecendo apoio aos habitantes que sofrem, ainda hoje, muitos efeitos da pobreza e com a falta de estrutura do país, agravados pelo terremoto. Uma das propostas do trabalho missionário busca resgatar a dignidade das pessoas, valorizar sua autoestima, reconstruir suas esperanças e projetos.
Irmã Dirce irá analisar o andamento dos trabalhos, dialogar com as missionárias e ver quais formas de cooperar com as atividades, de modo a aprimorá-las. “A irmã Dirce irá se encontrar com a comunidade intercongregacional, das irmãs, fazer uma avaliação do projeto que nós temos e ouvi-las. É um trabalho muito importante”, afirmou o presidente.
Dom Sérgio também já esteve no país e teve suas impressões sobre as urgências da população haitiana. “Estive no Haiti e a gente vê a necessidade de, periodicamente, alguém da nossa comissão, ou da CRB, estar lá acompanhando os trabalhos, além das comunicações que nós temos via internet”, afirmou.
Irmã Dirce Gomes destacou o profetismo dos religiosos no meio dos mais sofridos e necessitados. “É a vida consagrada fazendo-se presente no meio dos mais pobres, mais sofridos, comprometida realmente com o projeto de Deus”, disse.
O terremoto
No dia 12 de janeiro de 2010, um terremoto de magnitude 7,0 na escala Richter atingiu o país, provocando uma série de feridos, desabrigados e mortos. Diversos edifícios desabaram, inclusive o palácio presidencial da capital Porto Príncipe.
Com o abalo, a capital haitiana foi vítima de uma grande destruição. Estima-se que metade das construções do país foram destruídas, 250 mil pessoas foram feridas, 1,5 milhão de habitantes ficaram desabrigados e o número de mortos ultrapassou 200 mil.
Fonte: CNBB

sábado, 21 de junho de 2014

Estudos Hebraicos e Judaicos na UFRJ

O Departamento de Letras Orientais e Eslavas (FL/UFRJ), o Colegiado de Pós-Graduação e Pesquisa (FL/UFRJ) e a Congregação da Faculdade de Letras da UFRJ aprovaram a reativação da Especialização de Estudos Hebraicos e Judaicos do Setor de Língua e Literatura Hebraicas (ano letivo de 2015).

Período: março a dezembro de 2015
Horário e dias: 2as e 4as-feiras (turno da tarde)
Local: Faculdade de Letras/UFRJ (Campus: Ilha do Fundão)
Coordenação e Corpo docente
Prof. Dr. Leopoldo Osorio Carvalho de Oliveira (Coordenador)
Profa. Dra. Cláudia Andréa Prata Ferreira (Vice-Coordenadora)
Número de Disciplinas: 6 disciplinas de 60 horas cada (4 créditos cada)
1 – Língua Hebraica Moderna
2 – Bíblia e Talmud: Língua e Literatura
3 – Literatura Israelense Moderna e Contemporânea
4 – Sionismo e Sociedade Israelense Contemporânea
5 – Judaísmo: Ética e Filosofia (Medievo ao Contemporâneo)
6 – As Diásporas Judaicas (Línguas e Literaturas)
Orientação: 02 disciplinas de 30 horas cada (2 créditos cada)
Informações:
Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu FL/UFRJ
Site: http://www.letras.ufrj.br/pgletras/
Setor de Língua e Literatura Hebraicas
E-mail: setordehebraico@letras.ufrj.br


Fonte: Pletz

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Papa envia mensagem ao Dia Mundial das Missões

Por ocasião do Dia Mundial das Missões a ser celebrado em 19 de outubro, o papa Francisco enviou mensagem aos organismos, pastorais, movimentos e demais serviços engajados na dimensão missionária da Igreja. No texto, o papa recorda a criação da data, em 1926, proposta por Pio XI que desejou proclamar um dia anual em favor da atividade missionária da Igreja universal. A celebração ocorre sempre no penúltimo domingo de outubro de cada ano, tradicionalmente reconhecido como o mês missionário. 
 “Queridos irmãos e irmãs, neste Dia Mundial das Missões, dirijo o meu pensamento a todas as Igrejas locais: Não nos deixemos roubar a alegria da evangelização! Convido-vos a mergulhar na alegria do Evangelho e a alimentar um amor capaz de iluminar a vossa vocação e missão”, disse o papa Francisco na mensagem.
Leia o texto na íntegra:
Queridos irmãos e irmãs! Ainda hoje há tanta gente que não conhece Jesus Cristo. Por isso, continua a revestir-se de grande urgência a missão ad gentes, na qual são chamados a participar todos os membros da Igreja, pois esta é, por sua natureza, missionária: a Igreja nasceu «em saída». O Dia Mundial das Missões é um momento privilegiado para os fiéis dos vários Continentes se empenharem, com a oração e gestos concretos de solidariedade, no apoio às Igrejas jovens dos territórios de missão. Trata-se de uma ocorrência permeada de graça e alegria: de graça, porque o Espírito Santo, enviado pelo Pai, dá sabedoria e fortaleza a quantos são dóceis à sua ação; de alegria, porque Jesus Cristo, Filho do Pai, enviado a evangelizar o mundo, sustenta e acompanha a nossa obra missionária. E, justamente sobre a alegria de Jesus e dos discípulos missionários, quero propor um ícone bíblico que encontramos no Evangelho de Lucas (cf. 10, 21-23).

1. Narra o evangelista que o Senhor enviou, dois a dois, os setenta e dois discípulos a anunciar, nas cidades e aldeias, que o Reino de Deus estava próximo, preparando assim as pessoas para o encontro com Jesus. Cumprida esta missão de anúncio, os discípulos regressaram cheios de alegria: a alegria é um traço dominante desta primeira e inesquecível experiência missionária. O Mestre divino disse-lhes: «Não vos alegreis, porque os espíritos vos obedecem; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos no Céu. Nesse mesmo instante, Jesus estremeceu de alegria sob a ação do Espírito Santo e disse: “Bendigo-te, ó Pai (…)”. Voltando-se, depois, para os discípulos, disse-lhes em particular: “Felizes os olhos que vêem o que estais a ver”» (Lc 10, 20-21.23).

As cenas apresentadas por Lucas são três: primeiro, Jesus falou aos discípulos, depois dirigiu-Se ao Pai, para voltar de novo a falar com eles. Jesus quer tornar os discípulos participantes da sua alegria, que era diferente e superior àquela que tinham acabado de experimentar.
2. Os discípulos estavam cheios de alegria, entusiasmados com o poder de libertar as pessoas dos demónios. Jesus, porém, recomendou-lhes que não se alegrassem tanto pelo poder recebido, como sobretudo pelo amor alcançado, ou seja, «por estarem os vossos nomes escritos no Céu» (Lc 10, 20). Com efeito, fora-lhes concedida a experiência do amor de Deus e também a possibilidade de o partilhar. E esta experiência dos discípulos é motivo de jubilosa gratidão para o coração de Jesus. Lucas viu este júbilo numa perspectiva de comunhão trinitária: «Jesus estremeceu de alegria sob a ação do Espírito Santo», dirigindo-Se ao Pai e bendizendo-O. Este momento de íntimo júbilo brota do amor profundo que Jesus sente como Filho por seu Pai, Senhor do Céu e da Terra, que escondeu estas coisas aos sábios e aos inteligentes e as revelou aos pequeninos (cf. Lc 10, 21).
Deus escondeu e revelou, mas, nesta oração de louvor, é sobretudo a revelação que se põe em realce. Que foi que Deus revelou e escondeu? Os mistérios do seu Reino, a consolidação da soberania divina de Jesus e a vitória sobre satanás. Deus escondeu tudo isto àqueles que se sentem demasiado cheios de si e pretendem saber já tudo. De certo modo, estão cegos pela própria presunção e não deixam espaço a Deus. Pode-se facilmente pensar em alguns contemporâneos de Jesus que Ele várias vezes advertiu, mas trata-se de um perigo que perdura sempre e tem a ver conosco também. Ao passo que os «pequeninos» são os humildes, os simples, os pobres, os marginalizados, os que não têm voz, os cansados e oprimidos, que Jesus declarou «felizes». Pode-se facilmente pensar em Maria, em José, nos pescadores da Galileia e nos discípulos chamados ao longo da estrada durante a sua pregação.

3. «Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado» (Lc 10, 21). Esta frase de Jesus deve ser entendida como referida à sua exultação interior, querendo «o teu agrado» significar o plano salvífico e benevolente do Pai para com os homens. No contexto desta bondade divina, Jesus exultou, porque o Pai decidiu amar os homens com o mesmo amor que tem pelo Filho. Além disso, Lucas faz-nos pensar numa exultação idêntica: a de Maria. «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador» (Lc 1, 46-47). Estamos perante a boa Notícia que conduz à salvação. Levando no seu ventre Jesus, o Evangelizador por excelência, Maria encontrou Isabel e exultou de alegria no Espírito Santo, cantando o Magnificat. Jesus, ao ver o bom êxito da missão dos seus discípulos e, consequentemente, a sua alegria, exultou no Espírito Santo e dirigiu-Se a seu Pai em oração. Em ambos os casos, trata-se de uma alegria pela salvação em ato, porque o amor com que o Pai ama o Filho chega até nós e, por obra do Espírito Santo, envolve-nos e faz-nos entrar na vida trinitária.
O Pai é a fonte da alegria. O Filho é a sua manifestação, e o Espírito Santo o animador. Imediatamente depois de ter louvado o Pai – como diz o evangelista Mateus – Jesus convida-nos: «Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve» (Mt 11, 28-30). «A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 1). De tal encontro com Jesus, a Virgem Maria teve uma experiência totalmente singular e tornou-se «causa nostrae laetitiae». Os discípulos, por sua vez, receberam a chamada para estar com Jesus e ser enviados por Ele a evangelizar (cf. Mc 3, 14), e, feito isso, sentem-se repletos de alegria. Porque não entramos também nós nesta torrente de alegria?

4. «O grande risco do mundo atual, com a sua múltipla e avassaladora oferta de consumo, é uma tristeza individualista que brota do coração comodista e mesquinho, da busca desordenada de prazeres superficiais, da consciência isolada» (Exort. ap. Evangelii Gaudium, 2). Por isso, a humanidade tem grande necessidade de dessedentar-se na salvação trazida por Cristo. Os discípulos são aqueles que se deixam conquistar mais e mais pelo amor de Jesus e marcar pelo fogo da paixão pelo Reino de Deus, para serem portadores da alegria do Evangelho. Todos os discípulos do Senhor são chamados a alimentar a alegria da evangelização. Os bispos, como primeiros responsáveis do anúncio, têm o dever de incentivar a unidade da Igreja local à volta do compromisso missionário, tendo em conta que a alegria de comunicar Jesus Cristo se exprime tanto na preocupação de O anunciar nos lugares mais remotos como na saída constante para as periferias de seu próprio território, onde há mais gente pobre à espera.

Em muitas regiões, escasseiam as vocações ao sacerdócio e à vida consagrada. Com frequência, isso fica-se a dever à falta de um fervor apostólico contagioso nas comunidades, o que faz com as mesmas sejam pobres de entusiasmo e não suscitem fascínio. A alegria do Evangelho brota do encontro com Cristo e da partilha com os pobres. Por isso, encorajo as comunidades paroquiais, as associações e os grupos a viverem uma intensa vida fraterna, fundada no amor a Jesus e atenta às necessidades dos mais carecidos. Onde há alegria, fervor, ânsia de levar Cristo aos outros, surgem vocações genuínas, nomeadamente as vocações laicais à missão. Na realidade, aumentou a consciência da identidade e missão dos fiéis leigos na Igreja, bem como a noção de que eles são chamados a assumir um papel cada vez mais relevante na difusão do Evangelho. Por isso, é importante uma adequada formação deles, tendo em vista uma ação apostólica eficaz.

5. «Deus ama quem dá com alegria» (2 Cor 9, 7). O Dia Mundial das Missões é também um momento propício para reavivar o desejo e o dever moral de participar jubilosamente na missão ad gentes. A contribuição monetária pessoal é sinal de uma oblação de si mesmo, primeiramente ao Senhor e depois aos irmãos, para que a própria oferta material se torne instrumento de evangelização de uma humanidade edificada no amor. Queridos irmãos e irmãs, neste Dia Mundial das Missões, dirijo o meu pensamento a todas as Igrejas locais: Não nos deixemos roubar a alegria da evangelização! Convido-vos a mergulhar na alegria do Evangelho e a alimentar um amor capaz de iluminar a vossa vocação e missão. Exorto-vos a recordar, numa espécie de peregrinação interior, aquele «primeiro amor» com que o Senhor Jesus Cristo incendiou o coração de cada um; recordá-lo, não por um sentimento de nostalgia, mas para perseverar na alegria. O discípulo do Senhor persevera na alegria, quando está com Ele, quando faz a sua vontade, quando partilha a fé, a esperança e a caridade evangélica.

A Maria, modelo de uma evangelização humilde e jubilosa, elevemos a nossa oração, para que a Igreja se torne uma casa para muitos, uma mãe para todos os povos e possibilite o nascimento de um mundo novo.

Vaticano, 8 de Junho – Solenidade de Pentecostes – de 2014.
Fonte: CNBB

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Israel atinge recorde em número de turistas

2013 foi um ano recorde para o turismo de Israel com a entrada de 3,54 milhões de visitantes. Durante os três primeiros meses de 2014, a tendência de crescimento manteve-se com cerca de 775 mil visitantes a entrar em Israel, mais 3% do que no mesmo período do ano anterior.
Segundo informação do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, em 2013, os cristãos representavam mais de metade do número total de turistas no destino, com 53%; 96% eram visitantes de um dia e 78% visitantes de cruzeiro. No total, mais de dois milhões de cristãos visitaram Israel em 2013.
Os principais países de origem dos turistas cristãos em visita ao país são os EUA, Rússia, Itália, Alemanha, Reino Unido, França, Ucrânia, polónia, Espanha, Brasil.

Fonte: Publituris

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Artigo Padre Juarez: Do que você precisa para ser feliz?

Em 2012, a Universidade de Wisconsin liderou uma série de pesquisas e determinou que Matthieu Ricard seria o homem mais feliz do mundo. Ele é francês, PhD em biologia, filho de filósofos e abandonou tudo para se tornar monge budista. Cientistas estudaram, meteram-lhe eletrodos na cabeça, fizeram várias ressonâncias magnéticas e concluíram que Matthieu teria o grau mais elevado de felicidade. Ele mesmo não leva isso muito a sério. Mas, como cientista, acha que pode explicar tudo através de testes e fórmulas matemáticas. E foi declarado dono da felicidade plena.
Felicidade não é medida por aparelhos ou testes de laboratórios como se esta fosse algo que se pudesse colocar num tubo de ensaio para analisar. A felicidade existe e pode ser sentida, mas não medida. Felicidade é uma realidade, mas não pode ser limitada a uma equação científica.
A felicidade é fruto de um caminho que se toma. A felicidade vem como resposta às escolhas que você faz em sua vida. A felicidade também não é um estado permanente de euforia, como se estivéssemos entorpecidos. Sofrimentos e problemas não significam infelicidade. A felicidade é mais do que uma emoção, é uma paz na alma que dá forças para rir, lutar e acreditar, mesmo na dor.
Para ser feliz, seja boa. A bondade muda o nosso coração e toca o coração do outro. Encha o seu dia de atitudes boas e procure espalhar a bondade por onde passar. Para ser feliz, sorria. Sorria para o mundo. Ache graça em tudo e principalmente ria de si mesma e tente não levar as coisas tão a sério.
Para ser feliz, acredite. Acredite em você. Acredite que você pode mudar a sua vida e a dos outros. Acredite no amanhã. Acredite que tudo pode ser resolvido, até mesmo o maior de todos os problemas. Acredite nas pessoas, afinal há bondade no coração dos homens – acredite sobretudo em Deus. É por causa d’Ele que podemos sorrir, fazer e espalhar coisas boas e ter certeza de que a felicidade não é privilégio de Matthieu Ricard, afinal, Deus criou você para ser feliz.
Padre Juarez de Castro
Fonte: Revista Viva Mais

domingo, 8 de junho de 2014

O matrimónio cristão é fiel, perseverante e fecundo – o Papa Francisco em Santa Marta

O matrimónio cristão é fiel perseverante e fecundo, esta a mensagem principal do Papa Francisco na Missa na Capela da Casa de Santa Marta na manhã desta segunda-feira. Cerca de quinze casais estiveram presentes na Eucaristia e agradeceram a Deus as suas histórias de amor em família com 25, 50 e 60 anos. Ocasião propícia para o Santo Padre refletir sobre os três pilares que, na visão da fé, devem suster o amor dos esposos: fidelidade, perseverança e fecundidade. E o Papa recordou o modelo de referência: os três amores de Jesus: pelo Pai, pela Mãe e pela Igreja que é a sua esposa: bela, santa, pecadora, mas ama-a na mesma:

“É um amor fiel; é um amor perseverante, não se cansa nunca de amar a sua Igreja; é um amor fecundo. É um amor fiel! Jesus é o fiel! S. Paulo, numa das suas Cartas, diz: ‘Se tu confessas Cristo, Ele te confessará, a ti; se tu não és fiel a Cristo, Ele permanece fiel, porque não pode renegar-se a si próprio! A fidelidade é precisamente o ser de Jesus. E o amor de Jesus na sua Igreja é fiel. Esta fidelidade é como uma luz sobre o matrimónio. A fidelidade do amor. Sempre.”
“A vida matrimonial deve ser perseverante. Porque, ao contrário, o amor não pode andar em frente. A perseverança no amor, nos momentos belos e nos momentos difíceis, quando existem os problemas: os problemas com os filhos, os problemas económicos, os problemas aqui e ali. Mas o amor persevera, vai em frente, sempre tentando de resolver as coisas, para salvar a família. Perseverantes: levantam-se em cada manhã, homem e mulher e levam para a frente a família.”
O amor de Jesus faz a Igreja fecunda que cresce com a fecundidade nupcial – sublinhou o Papa Francisco – que recordou as difíceis provas que, a propósito deste aspeto, surgem num matrimónio quando os filhos não chegam ou são doentes. O Santo Padre considerou que muitos são os casais que encontram a sua força em Jesus. No lado oposto estão os casais que não são fecundos por escolha e isso é algo que Jesus não gosta – afirmou o Papa Francisco:

“Estes matrimónios que não querem os filhos, que querem permanecer sem fecundidade. Esta cultura do bem-estar de dez anos atrás convenceu-nos: ‘É melhor não ter filhos! É melhor! Assim tu podes ir conhecer o mundo, de férias, podes ter uma casa no campo, tu estás tranquilo’...Mas é melhor talvez – mais cómodo – ter um cãozinho, dois gatos, e amor vai para o cão e os dois gatos. E verdade isto, ou não? Já viram isto, não é? E no final este matrimónio chega à velhice em solidão, com a amargura da triste solidão. Não é fecundo, não faz aquilo que Jesus faz com a sua Igreja: fá-la fecunda.” 

Fonte: Rádio Vaticano


sábado, 7 de junho de 2014

Novas relações comerciais entre Brasil e Israel

De 14 a 18 de maio, empresários brasileiros debateram sobre novos caminhos para as relações comerciais entre os dois países, visitaram empresas de tecnologia e participaram da homenagem a Fernando Henrique Cardoso, prestada pela Universidade de Tel Aviv.

A Missão Empresarial a Israel, programa realizado pela Câmara Brasil Israel de Comércio e Indústria (Cambici) que aconteceu dos dias 14 a 18 de maio, foi encerrada com um saldo positivo. “Organizamos uma agenda intensa, com a qual pudemos cumprir com nosso objetivo: debater sobre caminhos para incrementar o relacionamento comercial entre Brasil e Israel, e apresentar a realidade e as inovações dopaís aos integrantes da missão”, afirmou Jayme Blay, presidente da Cambici.
O primeiro compromisso da agenda foi um encontro com Boaz Albaranes, o novo Cônsul para Assuntos Econômicos de Israel no Brasil, que iniciará suas atividades no mês de julho. Na oportunidade, ele expôs os objetivos de seu mandato e ouviu a opinião dos participantes a respeito da atual balança comercial. “Atualmente, ela é desfavorável para o Brasil, e é urgente encontrar caminhos para buscar o equilíbrio. Só assim o relacionamento entre os dois países se desenvolverá e passará a atender às expectativas do governo brasileiro. A Câmara certamente o apoiará nessa importante tarefa”, explicou Blay.
A missão encontrou-se também com Roy Geva, Chefe de Relações Internacionais para a Europa (Head of Developer Relation for Google Europe), e com Shlomo Nimrodi, CEO da Ramot, Companhia de Transferência de Tecnologia da Universidade de Tel Aviv, além de visitar o laboratório de Nanotecnologia dessa instituição. O objetivo foi apresentar aos integrantes os avanços tecnológicos propiciados por Israel e, também, expor os aspectos que beneficiam o rápidodesenvolvimento tecnológico do país.
“Impressionante a rapidez com que Israel concebe uma ideia e a coloca em prática, com ousadia e sem medo de errar”, opinou Sidney Klajner. Floriano Pesaro ressaltou um outro aspecto da cultura empresarial local. “O triângulo formado pelo poder privado, poder público e universidades cria as bases necessárias para o desenvolvimento. Essa é uma plataforma de sucesso que deve inspirar o Brasil, para que possa realizar atransformação necessária para seu crescimento”. O grupo também conversou com Arad Nir, especialista em política internacional e diplomacia, e comentarista internacional do Channel 2 News, o maior provedor de notícias de Israel, com o objetivo de aprofundar seus conhecimentos a respeito do processo de paz no Oriente Médio.
No dia 15, a Missão esteve presente no grande evento realizado pela Universidade de Tel Aviv (UTA) em homenagem ao ex-presidenteFernando Henrique Cardoso, que recebeu o título de “Doutor Honoris Causa”. “Essa indicação não teve nenhum cunho político – é puramente meritocrática. No dia seguinte, o grupo participou de um jantar de Shabat em Jerusalém com o ex-presidente Fernando Henrique no qual também estiveram presentes representantes da Tel Aviv University.
Fonte: Pletz


quinta-feira, 5 de junho de 2014

Papa Francisco e os presidentes de Israel e da Palestina rezarão pela paz

Durante a sua peregrinação à Terra Santa, realizada entre 24 e 26 de maio, o papa Francisco convidou os presidentes de Israel, Shimon Peres, e da Palestina, Mahmoud Abbas, para um encontro de oração pela paz. A iniciativa acontecerá no próximo dia 8, no Vaticano. 
 “Será um encontro de oração. Não será um encontro para fazer uma mediação ou buscar soluções, não! Nos reuniremos para rezar, somente. Depois, cada um volta para sua casa. Mas eu acredito que a oração seja importante, e rezar juntos sem fazer discussões de outro tipo, isto ajuda”, disse o papa Francisco aos jornalistas ao retornar da peregrinação.
O papa explicou ainda que este encontro era para ter ocorrido na Terra Santa, mas não foi possível devido aos problemas logísticos, sobretudo com relação ao território. O encontro pretende relançar as negociações de paz.
Fonte: CNBB

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Israel vai à lua

Em 2007 foi anunciado o desafio “Google Lunar X Prize”, cujas regras são bastante simples: a primeira equipe participante que conseguir aterrizar um robô na lua ganha 20 milhões de dólares. O robô deve ser capaz de viajar pelo menos 500 metros na superfície da lua, e enviar fotos e video de alta qualidade para a Terra. Simples.
Yariv Bash formou em 2010 a equipe SpaceIL, juntamente com seus amigos Kfir Damari and Yonatan Weintraub. Os três são jovens engenheiros que resolveram sonhar grande, e fazer Israel entrar em um seleto grupo de países. Apenas os Estados Unidos, Rússia e China conseguiram aterrizar espaçonaves na lua, e o fizeram usando suas agências espaciais. A pequena SpaceIL (pronuncia-se Space Eye Ell, em inglês) pretende fazê-lo com uma estrutura muito menor e mais barata.
A SpaceIL é uma ONG, cujo objetivo principal é estimular a ciência e o ensino de ciência e tecnologia para jovens. Essa é uma visão inteligente, pois independentemente do sucesso da missão espacial, eles serão bem-sucedidos. Isto obviamente não quer dizer que eles não almejam de verdade chegar à lua, pois vejamos. Vinte e cinco pessoas trabalham em período integral, e cerca de 250 voluntários participam nas mais diversas atividades. Eles recebem apoio da agência espacial israelense, da indústria aeronáutica, das indústrias de segurança Rafael e Elbit Systems, e de quase todas as universidades israelenses. O orçamento total do projeto é de 36 milhões de dólares, desses 16 milhões já foram doados pelo bilionário americano Sheldon Adelson, amigão do nosso primeiro-ministro.
Até hoje 70 mil crianças e jovens de israel já participaram das atividades educativas da SpaceIL. A ONG espera criar um “Efeito Apollo”, empolgando os jovens com a perspectiva de que eles também podem participar de projetos ambiciosos nos campos da ciência e tecnologia, e aumentando o número de alunos do Ensino Médio que escolherão estudar Engenharia, Matemática e Ciências. Hoje em dia apenas 9% dos alunos israelenses tem a avaliação “excelente” em matemática na prova PISA, comparados com a média de 12% dos países da OECD. Em ciências o índice é de 6%, e o da OECD é de 8%. Israel precisa melhorar bastante para suprir a grande demanda de profissões relacionadas a ciência e tecnologia na indústria aeronáutica, no exército, na indústria de segurança, e claro, para seguir despontando em hi-tech e nos permitir dizer de peito estufado que somos uma “Startup Nation”.
A data limite para se ganhar o “Google Lunar X Prize” é Dezembro de 2015, e a equipe do SpaceIL tem fortes adversários. São no total 18 equipes participantes, talvez a mais séria delas (depois do SpaceIL, obviamente) é a Astrobotic Tech, fundada por um professor de robótica da prestigiosa universidade Carnegie Mellon, de Pittsburgh, EUA. Eles já agendaram seu lançamento para Outubro de 2015, a bordo do foguete Falcon 9, da bem-sucedida empresa espacial SpaceX, de Tony Stark, quer dizer, Elon Musk. A espaçonave israelense, chamada Sparrow, chegará ao espaço tomando carona em algum foguete da Agência Espacial israelense, em data a ser definida ao longo de 2015. Sparrow é a menor espaçonave participando da competição, tendo o tamanho de uma lavadoura de louças, e pesando menos de 140 kg. A SpaceIL quer mostrar que é possível explorar o espaço usando-se equipamentos bem menores e mais baratos do que hoje.
Agora chegou a sua vez de ajudar a SpaceIL. No dia 13 de Maio foi lançada uma campanha de arrecadação no site Indiegogo. O objetivo é 240 mil dólares, um dólar para cada milha até a lua. O lema da campanha (e da organização) é a famosa frase de Ben-Gurion: “Em Israel, para uma pessoa poder ser realista, ela deve acreditar em milagres”. Não acredito que os seus 18 dólares são o que está faltando para o projeto, mas é importante ajudar, pelo menos para se poder dizer que “eu ajudei Israel a chegar à lua”. No pior dos casos Israel terá uma nova geração de jovens empolgados com ciência e tecnologia, o que não é nada mau.
Nada mau mesmo…

Fonte: Conexão Israel

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Artigo Padre Juarez: Pequena receita de amor

A prendemos a amar com Deus. Nós amamos “porque Deus nos amou primeiro”. O amor que sentimos pelos outros e pelas coisas será sempre um amor aprendido do Coração de Deus. É claro que o amor de Deus é muito superior, porque é perfeitíssimo e é a fonte de todo amor.
O amor de Deus é eterno, isto é, não tem começo e não tem fim. Significa que existiu antes do nosso nascimento e vai existir depois da nossa morte. Significa que é um amor que abraça a tudo e a todos. Ter uma vida vivida sob a perspectiva do amor é vivê-la a partir do amor que vem de Deus. É tentar, mesmo com nossa limitação, imitar a Deus na quantidade e qualidade de amar. Isso não é querer ser Deus, mas imitá-Lo na entrega verdadeira e no amor sem limites.
Embora os relacionamentos que vivemos tenham começo, meio e fim, devemos vivê-los tendo em vista esse amor de Deus. Talvez pensemos que, por causa de nossa limitação, não possamos viver um amor divino e, então, nos conformamos em viver um amor rasteiro, mesquinho e sem entrega. Nada disso! Devemos amar profundamente. Amar como Deus ama.
O amor de Deus é um amor que perdoa sempre, passa por cima de muitas coisas; o amor suporta tudo, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. O amor não age com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não é injusto, mas verdadeiro. O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta; tem paciência e perdoa setenta vezes sete. Então faça isso. Coloque no seu amor humano uma pitada do amor de Deus. Coloque mais perdão, mais compreensão, sorriso, mais vontade de nunca desistir desse amor.
Anote essa pequena receita para sua vida: ame com o amor humano, que é limitado, mas misture a ele um pouco do amor de Deus, que é infinito, que tudo suporta, tudo crê e tudo perdoa.
Padre Juarez de Castro
Fonte: Revista Viva Mais

domingo, 1 de junho de 2014

Cefep apresenta cartilha para eleições 2014

O Centro Nacional de Fé e Política “Dom Helder Câmara (Cefep), organismo vinculado à CNBB, em parceria com outras entidades, lançou a cartilha “Eleições 2014”, cuja temática é “Seu voto tem consequências: um novo mundo, uma nova sociedade”. O subsídio foi apresentado durante a 52ª Assembleia Geral da CNBB e entregue aos bispos.
 Na apresentação do material, o bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e a Educação da CNBB, dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, orienta que a cartilha seja estudada nas dioceses, grupos, comunidades, para um “grande movimento de cidadania e vivência da fé”. De acordo com dom Joaquim, o texto quer ajudar os cristãos a se prepararem para as eleições de outubro. A reflexão proposta pela cartilha utiliza o método ver, julgar e agir.
“Com o olho nas eleições, vemos o Brasil que temos com suas conquistas e desafios, com suas luzes e sombras”, disse dom Joaquim Mol. Ao final da apresentação, o bispo disse “ter a alegria de expressar o apoio da CNBB a este relevante trabalho” proposto na cartilha das “Eleições 2014”.
Para aquisição da cartilha, acesse: www.cpp.com.br ou 0800.703.8353
Fonte: CNBB