quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Papa escolhe tema para o Dia Mundial da Paz 2015

A luta contra a escravidão no mundo contemporâneo é a temática escolhida pelo papa Francisco para reflexão do Dia Mundial da Paz, que será celebrado em 1º de janeiro de 2015
Em um comunicado, o Vaticano também informou o lema “Não mais escravos, mas irmãos". A proposta é promover ações contra o tráfico de seres humanos. 
Em várias ocasiões, Francisco classificou esta prática como uma praga do século XXI, convocando especialistas para discutir a questão e elaborar ações de combate ao tráfico humano.
De acordo com o texto divulgado pela Santa Sé, a realidade da escravidão não é algo do passado, mas um flagelo social muito presente. "A escravidão tem muitos rostos abomináveis: o tráfico de seres humanos, o tráfico de imigrantes e a prostituição, a escravidão no trabalho, a exploração do homem pelo homem (...). Os indivíduos e os grupos especulam sobre esta escravidão, beneficiando-se dos conflitos no mundo, do contexto de crise econômica e da corrupção", afirma o texto.
Fonte: CNBB

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Moedas raras de mais de dois mil anos são encontradas em Israel

Fragmentos de cerâmica descobertos pela Autoridade de Antiguidades de Israel há alguns meses, durante as obras de ampliação de uma rodovia entre Jerusalém e Tel Aviv, resultou na escavação arqueológica onde uma colônia até hoje desconhecida do final do período do Segundo Templo fora descoberta, bem como um raro tesouro de moedas que foi encontrado em uma das casas. O tesouro, que foi mantido em uma caixa de cerâmica, incluiu 114 moedas de bronze que datam do Quarto Ano da Grande Revolta dos judeus contra os romanos, antes da destruição do Templo construído pelo rei Herodes. Essa revolta levou à destruição do Templo em Tisha B'Av (o nono dia do mês de Av) aproximadamente 2.000 anos atrás.

De acordo com Pablo Betzer e Eyal Marco, os diretores da escavação da Autoridade de Antiguidades de Israel, "O tesouro, que parece ter sido enterrado vários meses antes da queda de Jerusalém, nos proporciona um olhar sobre a vida dos judeus que viveram na arredores de Jerusalém, no final da rebelião. Obviamente alguém temia que o fim estivesse chegando e escondeu suas posses, talvez esperando recolhê-las mais tarde, quando a paz fosse restaurada na região". Todas as moedas estão estampadas de um lado com um cálice e a inscrição em hebraico "Para redenção de Sião" e do outro lado, a imagem de um lulav e dois etrogs. Em torno deste está a inscrição em hebraico "Ano Quatro", isto é, o quarto ano da Grande Revolta dos judeus contra os romanos (69/70 CE).

O tesouro estava escondido no canto de uma sala, talvez dentro de um nicho de parede ou enterrados no chão. Outros dois quartos e um pátio pertencente ao mesmo edifício foram expostos durante o curso da escavação arqueológica. A estrutura foi construída no primeiro século aC e foi destruído em 69 ou 70 dC, quando os romanos foram reprimindo a Grande Revolta. Logo no início da segunda parte do século dC o edifício foi re-habitado por um breve período, que culminou com a destruição da colonização judaica na Judeia, como resultado da rebelião de Bar Kochba. Isso é atestado por três frascos completos que foram descobertos embutidos no chão do pátio.

Acredita-se que os moradores originais do local agora escavado, assim como a maioria das aldeias judaicas na Judeia, envolveram-se nas duas principais revoltas contra os romanos, tanto a Grande Revolta (ano 70) quanto a Rebelião de Bar Kochba (entre 132 e 135). Devido à sua participação nos motins, sua aldeia foi destruída duas vezes, e não foi repovoada. A possibilidade de preservar a vila permanece no âmbito do desenvolvimento da paisagem às margens da rodovia está atualmente sob revisão.



Fonte: Ministério de Turismo de Israel

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

JMJ Rio 2013. Um ano depois

Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo
Estamos a um ano da Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro (JMJ-Rio 2013). Impossível não recordar os momentos marcantes da preparação daquela Jornada e a beleza daquele Encontro.

A peregrinação do ícone de Nossa Senhora e da cruz, sinais da Jornada, durante mais de um ano, congregou um grande número de jovens por onde esses passaram, em todo o Brasil. Ajudaram a atrair os jovens pela própria força irradiadora daqueles sinais: a cruz de Cristo, recordando o mistério da nossa redenção e o amor infinito de Deus por nós; e o ícone, recordando a presença materna de Nossa Senhora com os discípulos e irmãos de Jesus, onde quer que eles se encontrem.
A semana missionária trouxe a percepção do rosto jovem da Igreja e do potencial missionário dos jovens; muitos jovens peregrinos vieram de outros países e se uniram aos de nossas comunidades para a partilha da fé e das experiências da missão e da vida cristã. Houve uma movimentação bonita, espalhando alegria e esperança juvenil por todo o Brasil.
E a Jornada propriamente dita, no Rio de Janeiro, quanta beleza e surpresa! A Cidade Maravilhosa ficou ainda mais bonita com tantos jovens circulando por toda parte com seus distintivos e camisetas coloridas! Será que o Rio de Janeiro viu em outra ocasião bandeiras de tantos países diversos agitadas pelas suas ruas e praças?! Quem esperava o caos, acabou sendo contagiado pelas manifestações festivas e ordeiras de jovens vindos de um grande número de países!
O papa Francisco trouxe vigor e profundidade à JMJ-Rio 2013. Com seus gestos marcantes e sua comunicação fácil chamou jovens e menos jovens para o foco da JMJ: devia ser uma peregrinação ao encontro de Cristo e dos irmãos. Ele próprio se fez peregrino e missionário de Jesus Cristo para ir ao encontro dos jovens.
A multidão de jovens na orla de Copacabana só foi aumentando a cada dia da Jornada; a impossibilidade, por causa das intempéries, de realizar o encontro final no Campo da Fé, fora da cidade, ajudou a dar ainda mais consistência e beleza ao encontro, nos últimos dias. Os jovens participantes foram capazes de enormes sacrifícios para estarem presentes na vigília e na missa de envio.
Ainda lembramos as palavras de encorajamento do papa Francisco aos jovens na vigília do sábado à noite? Ficaram gravados seus apelos referentes à esperança, feitos à imensa multidão à beira do mar, atenta e concentrada: “jovens, não percam a esperança!” O jovem está voltado para o futuro e não deve viver como se todo o sentido da vida se esgotasse nas realizações do aqui e agora. A esperança grande, com o olhar voltado para Cristo, é capaz de oferecer um sentido alto para suas vidas.
Mas a tentação é grande e muitas coisas conspiram para tirar a esperança dos jovens, incitando-os a consumir futilidades e ilusões para preencher o vazio existencial. Por isso, o papa Francisco apelou aos jovens: ”não deixem que lhes roubem a esperança!” O jovem também precisa ser vigilante para não apostar no vazio nem edificar sua casa sobre bases inconsistentes...
O terceiro apelo de Francisco foi lançado a todos os adultos e àqueles que têm responsabilidades na comunidade humana: “não roubem a esperança aos jovens!” Roubar a esperança aos jovens é negar-lhes a possibilidade de realização de seus justos anseios. Descuidar dos jovens é comprometer o futuro da sociedade. E da Igreja também. É tarefa de todos os adultos oferecer aos jovens motivos sólidos para esperar e edificar a própria vida. O próprio papa fez isso de maneira extraordinária durante a JMJ.
Os jovens terminaram o encontro com a alma leve e cheios de esperança! Os participantes da JMJ-Rio 2013 foram muitos e, mais numerosos ainda, aqueles que não foram ao Rio, mas se envolveram na preparação e na realização da JMJ. Foi muito bom e proveitoso para quem se envolveu! Foi uma semeadura que dará frutos com o passar do tempo.
No entanto, um cálculo sereno e objetivo nos leva a uma constatação preocupante: o percentual dos jovens que sintonizaram realmente com a Jornada foi bastante restrito. E os outros jovens, aqueles que permaneceram distantes ou nem tomaram conhecimento da JMJ? Para estes, fica voltada nossa tarefa, que segue após a Jornada, na pastoral ordinária.
Temos muito a fazer para ir ao encontro dos jovens e para envolvê-los na ação evangelizadora da Igreja! Enquanto isso, já foi iniciada a preparação da próxima Jornada, que acontecerá em Cracóvia, Polônia, em 2016.
Fonte: CNBB