segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Alegre expectativa

Dom Paulo Mendes PeixotoArcebispo de Uberaba (MG)

Estamos em clima de Natal, pois os enfeites começam a aparecer, o comércio se agita e tudo se transforma em festas de fim de ano. Nem sei se Jesus Cristo é citado no contexto de tudo isto! A figura do “Papai Noel” toma conta de tudo, aquece o comércio, encanta a criançada, atraída pela veste vermelha e barba branca, que não tem nada a ver com o Menino do Natal.

Em muitos lares e em outros ambientes, cristãos ou não, encontramos montado o presépio com diversas peças retratando a realidade da manjedoura e presença da Família de Nazaré, José, Maria e o nascituro Jesus. Significa sentimento cristão, mas nem sempre é alusão a um Menino, que é Deus. Jesus não passa de um humano qualquer e o Natal se transforma em festa como outras.
Na visão do Evangelho de João, Jesus é a Palavra que existe desde sempre, é eterna e que se encarnou, tomando forma humana. Palavra que veio como luz, no meio da escuridão que reinava no coração humano, para trazer vida e esperança às pessoas. Quem toma a decisão de viver na luz de Cristo, a seguir sua Palavra, passa a iluminar o caminho de outras pessoas.
João Batista entendeu o sentido dessa Palavra e se tornou instrumento importante na preparação para a chegada do Natal. Na sua visão, a comunidade deveria organizar-se, tirar as arestas, as dificuldades no relacionamento e dar espaço para a chegada de Jesus Cristo no coração de cada um de seus membros.
O nascimento de Jesus abre caminho para o surgimento de um novo mundo, porque Ele apresenta uma proposta de vida diferente da que existia no tempo. Isso veio incomodar a quem queria continuar numa prática conservadorista. A novidade trazida provocou várias reações, inclusive de tramar a morte do Menino.
Mesmo vivendo num mundo de hostilidade, de violência, de insegurança, a esperança não pode ser abandonada. A paz com Deus é muito maior do que uma ausência de conflitos. Ele não falha em sua promessa e dá conforto para quem pensa estar desprotegido.
Fonte: CNBB

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