sábado, 4 de abril de 2015

Até 2050, Israel quer ter 75% de sua água potável vinda do mar

Israel quer chegar ao ano de 2050 tirando 75% de sua água potável do mar. Atualmente o país já extrai do oceano 40% da água que consome em seu território.
O plano foi apresentado por representantes de Israel a empresas de saneamento e indústrias brasileiras, nesta quarta-feira (25), durante evento que ocorreu em São Paulo. O evento teve como objetivo mostrar experiências de Israel para captação e tratamento de água em um país essencialmente seco.
Entre as soluções apresentadas pelos israelenses, que são referência internacional na gestão de água, estão investimentos em água de reuso (reaproveitamento da água obtida do esgoto) e a dessalinização (retirada do sal da água do mar).
No Brasil, as duas técnicas ainda têm exemplos pequenos aplicados ao saneamento. Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, o alto custo de implantação dessas tecnologias costumava ser um impeditivo. No entanto, diante de um contexto de crise hídrica, que atinge de maneira inédita o Sudeste, essas técnicas começam a ser mais viáveis.
Israel trabalha hoje com um custo equivalente a R$ 1,70 para dessalinizar mil litros de água do mar. Embora a Sabesp em São Paulo não divulgue o custo de tratamento de sua água, a tarifa mais barata atualmente é de R$ 0,53.
Segundo as empresas do mercado, novas tecnologias também têm feito com que o preço de implantação de estações de dessalinização e de reuso caiam e possam ser alternativas para métodos tradicionais de tratamento de água.

Fonte: NE10

quinta-feira, 2 de abril de 2015

“Deus humilha-se para caminhar com seu povo”, disse o papa Francisco

Milhares de peregrinos participaram da celebração do Domingo de Ramos, 29, na Praça de São Pedro. O papa Francisco presidiu missa, que teve início com bênção e procissão dos ramos, recordando a entrada de Jesus em Jerusalém. Em sua homilia, o papa citou trecho da Carta aos Filipenses, que diz “Humilhou-Se a Si mesmo”, destacando a humildade de Deus e o compromisso de cada cristão.
“Um estilo que nunca deixará de nos surpreender e pôr em crise: jamais nos habituaremos a um Deus humilde! Humilhar-se é, antes de mais nada, o estilo de Deus. Deus humilha-se para caminhar com o seu povo, para suportar as suas infidelidades”, disse o papa. Para Francisco, a Semana Santa é o caminho para à Páscoa, momento para viver a estrada da humilhação de Jesus.
“Nestes dias, ouviremos o desprezo dos chefes do seu povo e as suas intrigas para o fazerem cair. Assistiremos à traição de Judas. Veremos o Senhor ser preso, condenado à morte, flagelado e ultrajado. Ouviremos que Pedro, a ‘rocha’ dos discípulos, o negará três vezes. Ouviremos os gritos da multidão, que pedirá a Sua crucificação. E o veremos coroado de espinhos”.
Para o papa, este é o caminho de Deus, o caminho da humildade e que não há outra estrada de Jesus a não ser essa. “Não existe humildade sem humilhação”. Francisco explicou, ainda, que humildade quer dizer serviço, significa dar espaço a Deus despojando-se de si mesmo, esvaziando-se. “Esta é a maior humilhação.”
Doação e amor
Para esta Semana Santa, o papa fez convite para que os cristãos busquem deixar de lado o caminho da vaidade, do orgulho, do sucesso. E, deu exemplo de homens e mulheres que cada dia, no silêncio e escondidos, renunciam a si mesmos para servir um familiar doente, um idoso sozinho ou uma pessoa deficiente.
“Com eles, emboquemos também decididamente esta estrada, com tanto amor por Ele, o nosso Senhor e Salvador. Será o amor a guiar-nos e a dar-nos força e onde Ele estiver, estaremos também nós”, refletiu o papa.
Em saudação aos peregrinos, Francisco dirigiu-se aos jovens, motivando-os para a Jornada Mundial da Juventude, em Cracóvia. “Caros jovens exorto-vos a continuar o vosso caminho seja nas dioceses, seja na peregrinação através dos continentes, que vos levará no próximo ano a Cracóvia, pátria de São João Paulo II, iniciador das Jornadas Mundiais da Juventude”.
Ao final, o papa também rezou pelas famílias das vítimas do desastre aéreo da companhia alemã, recordando de modo particular o grupo de jovens estudantes que nele perdeu a vida.
Fonte: CNBB

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Páscoa na Terra Santa

Não há nada como vivenciar a Semana Santa em Jerusalém. Celebrando os melhores momentos da história da salvação e a vida de Jesus nos muitos locais em que eles aconteceram é uma experiência inesquecivel de fé para os cristãos. Na Páscoa e a Semana Santa, Jerusalém fica lotada de peregrinos de todas as partes do mundo. Para Ortodoxos e Católicos, celebrações acontecem na Igreja do Santo Sepulcro, onde seis pontos históricos marcaram a crucificação, sepultamento e resurreição de Jesus desde o século IV d.C.
No Domingo de Ramos (29 de março), mais de mil peregrinos católicos e protestantes descem o Monte das Oliveiras cantando hinos de louvor e com ramos de palmeiras, reencenando a Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém. A procissão acontece no período da tarde, iniciando-se na Igreja de Betfagé na encosta oriental do Monte das Oliveiras e segue descendo para Getsêmani e terminando na Cidade Velha na Igreja de Sant’Ana.
Os ortodoxos seguem o Patriarca, com ramos de palmeiras, em uma colorida procissão para a Igreja do Santo Sepulcro e retornam ao Patriarcado. Outras procissões dos católicos armênios, coptas e sírios também acontecem dentro da Igreja do Santo Sepulcro.
Outro destaque é a Quinta-feira Santa (2 de abril), quando os fieis comemoram a Última Ceia e a cerimônia do Lava-Pés dos apóstolos por Jesus e as últimas horas de Cristo antes de sua prisão no Getsêmani. O Patriarcado Latino lava os pés de seus sacerdotes imitando Jesus na Igreja do Santo Sepulcro, o guardião dos Lugares Santos na Sala da Última Ceia e, mais tarde, na Igreja de São Salvador. Na parte da tarde, uma oração católica curta em várias línguas acontece no Cenáculo, enquanto os anglicanos, luteranos e protestantes realizam uma proscissão da Catedral de São Jorge para a Igreja da Redenção e Igreja do Cristo, terminando no Getsêmani.
Na Hora Santa, uma leitura em várias línguas acontece na Basílica da Agonia no Getsêmani, com uma procissão à luz de velas do Getsêmani para Monte Sião (católicos). A Igreja de São Pedro em Gallicantu permanece aberta aos fiéis durante a maior parte da noite. Os ortodoxos comemoram com uma cerimônia de lavagem dos pés no pátio do Santo Sepulcro e nas respectivas igrejas na Cidade Velha.
Na Sexta-feira Santa (3 de abril), o dia em que Jesus foi crucificado e sepultado, uma procissão de milhares de cruzes é liderada pelo Patriarca, o guardião dos Lugares Santos e outros grupos independentes marcam as estações da Via Sacra ao longo da Via Dolorosa em Jerusalém na Cidade Velha para o Calvário na Igreja do Santo Sepulcro.
À noite, a procissão do enterro é realizado no Santo Sepulcro (católicos), nas igrejas da Cidade Velha e no Túmulo do Jardim em Jerusalém (protestantes), onde as orações também são realizadas em Inglês.
No Santo Sábado ou Grande Sábado (4 de abril), Cristãos Ortodoxos celebram a Cerimônia do Fogo Sagrado, quando milhares de pessoas reúnem-se dentro e fora da Igreja do Santo Sepulcro para aguardar o milagroso acendimento da vela do Patriarca, transmitido para o mundo todo. Além disso, a luz é trazida aos países ortodoxos por um voo especial.
No domingo de Páscoa (5 de abril), quando os fiéis celebram a ressurreição de Jesus, o Patriarca Latino lidera uma procissão até a Igreja do Santo Sepulcro para a leitura multi-lingual do Evangelho da Ressurreição e da celebração de Missas de Páscoa. Para os luteranos, o Eucaristia do dia da Páscoa acontece no Monte das Oliveiras atrás da Igreja Augusta Victoria e protestantes podem participar das cerimônias de Páscoa em Inglês no Jardim da Tumba e em várias igrejas protestantes em Jerusalém.
As denominações ortodoxas celebram o Domingo de Páscoa à partir de meia-noite de sábado com uma procissão Patriarcal para a Igreja do Santo Sepulcro e celebrações da Liturgia Divina Pascal das igrejas ortodoxas da Cidade Velha.
Na segunda-feira de Páscoa, (06 de abril), as celebrações deslocam-se para Emaús, para celebrar o Jesus ressuscitado aparecendo diante de dois dos seus discípulos e dividindo o pão com eles em Emaús, fora de Jerusalém. Há uma discussão sobre a localização exata de Emaús, próximo a Latrun, Abu Ghosh e al-Qubeibeh (oeste e noroeste de Jerusalém). Missas solenes são realizadas em vários locais, presidida pelo Patriarca Latino (Emmaus perto de Latrun) e pelo Custódio Franciscano (Emmaus em al-Qubeibeh). Muitos monges camimham 30 km de Jerusalém para Emaús-Latrun para participar na missa da tarde, celebrada nas ruínas da Igreja Crusader.
Fonte: Pletz