domingo, 2 de março de 2014

CNBB apresenta projetos para a Copa do Mundo

O projeto “Copa pela Paz” está entre as iniciativas propostas pela CNBB para a Copa do Mundo 2014. O evento esportivo acontecerá no mês de junho, no Brasil, e diversas cidades sediarão os jogos. A ideia é promover uma peregrinação dos ícones das Olímpiadas, cruz e símbolo da paz, abençoados pelo papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude ocorrida no Rio de Janeiro em 2013. Esta ação tem o objetivo de colaborar na reflexão sobre os desafios sociais da Copa e o aspecto religioso.
O Setor Mobilidade Humana da CNBB participou de reunião convocada pela Secretária-Geral da Presidência da República, por meio do Departamento de Diálogos Sociais da Secretaria Nacional de Articulação Social. O encontro realizado no dia 19, possibilitou o diálogo entre outras religiões, segmentos da sociedade civil e órgão governamentais quer irão atuar durante a Copa do Mundo no Brasil.
Diálogo
Na oportunidade, foram apresentadas ações e perspectivas do governo federal em relação à Copa do Mundo. Houve espaço para a apresentação das iniciativas desenvolvidas por igrejas e entidades religiosas em vista do evento esportivo.
No relatório exposto pelos assessores da CNBB, foram divulgadas ações propostas pelas pastorais sociais da Igreja para a Copa do Mundo. Estão previstas a criação de um Grupo de Trabalho Nacional da Copa e a articulação com as pastorais sociais, organismos, instituições e movimentos sociais para ações conjuntas. Foram sugeridos, ainda, a celebração de missas em outras línguas para os turistas estrangeiros, a elaboração de folder com orientações sobre o evento e a organização de um calendário comum de atividades.
A CNBB foi representada pelos membros da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, padre Ari dos Reis, irmã Claudina Scapini e Francisco Vladimir. Esteve presente também a religiosa da Conferência dos Religiosos do Brasil, irmã Gabriella Bottani, que integra a coordenação da “Rede Um Grito pela Vida”.
Ações
Os assessores da CNBB apresentaram, também, os projetos que estão sendo realizados na Igreja do Brasil por meio dos regionais, dioceses, paróquias, comunidades e pastorais, tendo em vista a Copa do Mundo. Em setembro do ano passado, representantes das arquidioceses que são cidades-sede da Copa, a Pastoral da Mulher Marginalizada e Pastoral do Povo da Rua participaram de reunião para definir ações pastorais para o evento esportivo.
Fonte: CNBB

sábado, 1 de março de 2014

Os irmãos Lumière e Jerusalém

Considerando o significado religioso e cultural de uma cidade como Jerusalém, não é surpresa que a cidade tenha sido palco de um dos primeiros locais capturados por uma câmera movimento.
Os Irmãos franceses Louis e August Lumière são considerados os primeiros cineastas do mundo: em 1895, eles filmaram com o seu cinematógrafo trabalhadores que saiam da fábrica em Lyon e teria sido o primeiro registro de uma imagem em movimento. No ano seguinte, os irmãos viajaram pelo mundo com sua nova invenção

 Jerusalém foi um de seus primeiros destinos .

Em Jerusalém, a câmera dos irmãos Lumière capturou a vida em uma cidade antiga e que estava em rápida transição. No século 19, a cidade santa cresceu. Deixando de ser uma cidade otomana de pouca importância – tendo apenas um imenso significado religioso – para se transformar em uma das principais cidades da região.
Nas duas décadas antes da chegada dos cineastas franceses, as primeiras imigrações em massa organizados de judeus sionistas da Europa para a Palestina havia começado.
Embora os números relativos à população e demografia de Jerusalém durante o domínio otomano sejam incertos, e as estimativas variem consideravelmente, é claro que, no início da primeira imigração judaica para a Palestina em 1882, a população de Jerusalém era constituída de apenas cerca de 20-30 mil pessoas. Divididos quase que proporcionalmente entre muçulmanos, cristãos e judeus.
Uma estimativa de 1882 , citada no livro “Jerusalem and Its Environs: Quarters, Neighborhoods, Villages, 1800-1948”, escrito por Ruth Kark e Michal Oren Nordheim , divide a população de 21 mil pessoas em nove mil judeus , sete mil muçulmanos e cinco mil cristãos .
Mas a partir das últimas décadas do século XIX, a população da cidade iria crescer rapidamente, especialmente a sua população judaica. De acordo com uma estimativa, a partir de 1896 – o ano de filmagem dos irmãos Lumière, a população da cidade dobrou em um tempo muito curto. E Jerusalém era agora o lar de uma esmagadora maioria judaica – de cerca de 45 mil habitantes , 28 mil eram judeus, 8.700 eram cristãos e 8.500 muçulmanos.
Sem surpresa, Jerusalém rapidamente ultrapassou as paredes antigas dos muros da cidade velha que tinham sido fechadas por séculos. Autoridades tiveram de abrir mais portas nos muros da cidade, e novos bairros foram construídos fora dos muros para acomodar a crescente população.
Também houve melhorias significativas em muitos aspectos da vida da cidade – áreas como a segurança pública, administração, saneamento e educação, graças às reformas realizadas por autoridades otomanas e filantropos judeus europeus, ansiosos para apoiar novos imigrantes judeus da cidade.
Podemos ver a evidência dessas mudanças nas cenas gravadas pelos irmãos Lumières em 1896 ? Talvez não. No entanto, podemos vislumbrar um raro momento que registra a vida diária em um tempo que já desapareceu. Os locais são familiares – o portão de Yafo, as ruas estreitas da antiga Jerusalém…
Podemos ver os membros de todas as comunidades religiosas que habitaram a cidade – eles parecem considerar os estrangeiros e sua invenção incomum com igual desconfiança ou desdém. Alguns cobrem seus rostos quando passam pela câmera.
Outros habitantes de Jerusalém eram mais curiosos sobre esta nova tecnologia, como pode ser melhor visto neste último clipe abaixo na visita dos irmãos Lumière à cidade santa. Nesta última compilação de imagens eles filmam a partir de um trem em movimento que sai para o seu próximo destino. Uma pequena multidão de espectadores curiosos acompanha a sua partida.

Espero que vocês tenham gostado das imagens.

Fonte: Conexão Israel

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Papa Francisco preside missa com os novos cardeais

“O cardeal entra na Igreja de Roma, não entra numa corte. Evitemos todos e hábitos e comportamentos de corte: intrigas, críticas, facções, favoritismos, preferência”, disse o papa Francisco em missa presidida por ele e concelebrada por 18 novos cardeais, no domingo, 23, na basílica de São Pedro. Um dos cardeais não participou. Ele tem 98 anos e pediu dispensa do papa Francisco para estar em Roma. Ele vai receber o barrete e o anel nos próximos dias.
Entre os novos cardeais estava o brasileiro dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, ao qual foi atribuído o título da igreja de Santa Maria Mãe da Providência. Os novos cardeais receberam das mãos do papa um anel, símbolo do novo compromisso universal com a Igreja, e o solidéu cardinalício, vermelho como o sangue dos mártires que doaram suas vidas pelo Evangelho.
Em sua homilia, o papa Francisco convidou os novos cardeais a escutarem a voz do Espírito Santo. Disse também que “imitar a santidade e a perfeição de Deus pode parecer uma meta inatingível”, mas segundo o papa é possível pois a “santidade cristã é antes de mais fruto da docilidade – deliberada e cultivada - ao Espírito de Deus”.
“Cristo veio para nos salvar, para nos mostrar o caminho, o único caminho de saída das areias movediças do pecado, e este caminho é a misericórdia. Ser santo não é um luxo, é necessário para a salvação do mundo.”
Testemunho
O papa ainda se referiu os novos membros do Colégio Cardinalício como “queridos irmãos cardeais” e disse que “o Senhor e a Mãe da Igreja pedem-lhes ardor e zelo no testemunho da santidade. É neste suplemento de alma que consiste a santidade de um cardeal”.
Ao final da homilia o papa lembrou que é preciso abençoar aqueles que falam mal e são hostis. “Saudemos com um sorriso a quem talvez não mereça; não aspiremos a fazer-nos valer, mas oponhamos a mansidão à prepotência; esqueçamos as humilhações sofridas. Deixemo-nos guiar pelo Espírito de Cristo: Ele santificou-se a si próprio na cruz, para podermos ser “canais” por onde corre a sua caridade. Este é o comportamento, esta é a conduta de um cardeal”.
Fonte: CNBB