segunda-feira, 3 de março de 2014

Esteja sempre pronta para recomeçar

Fui convidado para ir a um programa de televisão falar sobre recomeços. O desafio de recomeçar, os caminhos e descaminhos do recomeço em nossa vida. Comecei a refletir e a pensar nos meus “recomeços”. Percebi que nossa vida é feita de muitos deles e, a cada etapa, somos chamados a começar de novo. Às vezes não nos damos conta que estamos sempre recomeçando, talvez seja por isso que, quando tomamos consciência de que precisamos recomeçar, o medo nos venha. Ora, por que ter medo se recomeçar é tão natural?
Resolvi, então, oferecer sete dicas para os recomeços de nossa vida:
1. Recomeçar é dar uma nova chance a si mesma. Suplicamos aos outros chances na vida, enquanto nós mesmos não nos damos oportunidades. Coloque-se diante do espelho e acredite que você tem capacidade de mudar. Não espere que o outro venha lhe dar um emprego, um presente, uma oportunidade. Vá à luta e conquiste você mesma.
2. Podemos até olhar o passado, mas jamais fixar-se nele. O passado serve como aprendizado e não como fundamento para um novo tempo. Quem fixa seu olhar no que já passou vira estátua de sal, como aquela mulher de Ló, que teimou em olhar para trás e para trás ficou. Fixe o seu olhar lá adiante. Se quer realmente recomeçar, olhe para o novo à sua frente.
3. Sonhe alto. Deseje o melhor para você. Se pensarmos pequeno, teremos coisas pequenas. Almeje sempre o maior e o melhor e não se contente com migalhas. Afinal, você merece o melhor.
4. Faça uma verdadeira faxina no seu armário e no seu coração. Para recomeçar no amor, jogam-se fora as coisas que não prestam mais. Temos a capacidade de amar muito e muitas vezes.
5. A chance de recomeçar nos fortalece, pois do contrário seríamos eternamente acomodados. O recomeço nos move para frente.
6. Dê ao outro a chance de recomeçar. Não se prenda ao seu egoísmo pensando que só você tem esse direito.
7. Nossa história com Deus é feita de recomeços. De nosso lado, a fraqueza e a infidelidade e, da parte Dele, a fortaleza e a certeza de um Deus fiel. Por isso, sempre somos vítimas de nossa tibieza e, assim, sempre recorremos ao perdão e à misericórdia para que aconteça o recomeço.
Esteja pronta para recomeçar sempre. Recomeçar não é fraqueza, é sabedoria de quem sabe que depois de errar pode tentar outra vez e encontrar a felicidade.
Padre Juarez de Castro
Fonte: Revista Viva Mais

domingo, 2 de março de 2014

CNBB apresenta projetos para a Copa do Mundo

O projeto “Copa pela Paz” está entre as iniciativas propostas pela CNBB para a Copa do Mundo 2014. O evento esportivo acontecerá no mês de junho, no Brasil, e diversas cidades sediarão os jogos. A ideia é promover uma peregrinação dos ícones das Olímpiadas, cruz e símbolo da paz, abençoados pelo papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude ocorrida no Rio de Janeiro em 2013. Esta ação tem o objetivo de colaborar na reflexão sobre os desafios sociais da Copa e o aspecto religioso.
O Setor Mobilidade Humana da CNBB participou de reunião convocada pela Secretária-Geral da Presidência da República, por meio do Departamento de Diálogos Sociais da Secretaria Nacional de Articulação Social. O encontro realizado no dia 19, possibilitou o diálogo entre outras religiões, segmentos da sociedade civil e órgão governamentais quer irão atuar durante a Copa do Mundo no Brasil.
Diálogo
Na oportunidade, foram apresentadas ações e perspectivas do governo federal em relação à Copa do Mundo. Houve espaço para a apresentação das iniciativas desenvolvidas por igrejas e entidades religiosas em vista do evento esportivo.
No relatório exposto pelos assessores da CNBB, foram divulgadas ações propostas pelas pastorais sociais da Igreja para a Copa do Mundo. Estão previstas a criação de um Grupo de Trabalho Nacional da Copa e a articulação com as pastorais sociais, organismos, instituições e movimentos sociais para ações conjuntas. Foram sugeridos, ainda, a celebração de missas em outras línguas para os turistas estrangeiros, a elaboração de folder com orientações sobre o evento e a organização de um calendário comum de atividades.
A CNBB foi representada pelos membros da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, padre Ari dos Reis, irmã Claudina Scapini e Francisco Vladimir. Esteve presente também a religiosa da Conferência dos Religiosos do Brasil, irmã Gabriella Bottani, que integra a coordenação da “Rede Um Grito pela Vida”.
Ações
Os assessores da CNBB apresentaram, também, os projetos que estão sendo realizados na Igreja do Brasil por meio dos regionais, dioceses, paróquias, comunidades e pastorais, tendo em vista a Copa do Mundo. Em setembro do ano passado, representantes das arquidioceses que são cidades-sede da Copa, a Pastoral da Mulher Marginalizada e Pastoral do Povo da Rua participaram de reunião para definir ações pastorais para o evento esportivo.
Fonte: CNBB

sábado, 1 de março de 2014

Os irmãos Lumière e Jerusalém

Considerando o significado religioso e cultural de uma cidade como Jerusalém, não é surpresa que a cidade tenha sido palco de um dos primeiros locais capturados por uma câmera movimento.
Os Irmãos franceses Louis e August Lumière são considerados os primeiros cineastas do mundo: em 1895, eles filmaram com o seu cinematógrafo trabalhadores que saiam da fábrica em Lyon e teria sido o primeiro registro de uma imagem em movimento. No ano seguinte, os irmãos viajaram pelo mundo com sua nova invenção

 Jerusalém foi um de seus primeiros destinos .

Em Jerusalém, a câmera dos irmãos Lumière capturou a vida em uma cidade antiga e que estava em rápida transição. No século 19, a cidade santa cresceu. Deixando de ser uma cidade otomana de pouca importância – tendo apenas um imenso significado religioso – para se transformar em uma das principais cidades da região.
Nas duas décadas antes da chegada dos cineastas franceses, as primeiras imigrações em massa organizados de judeus sionistas da Europa para a Palestina havia começado.
Embora os números relativos à população e demografia de Jerusalém durante o domínio otomano sejam incertos, e as estimativas variem consideravelmente, é claro que, no início da primeira imigração judaica para a Palestina em 1882, a população de Jerusalém era constituída de apenas cerca de 20-30 mil pessoas. Divididos quase que proporcionalmente entre muçulmanos, cristãos e judeus.
Uma estimativa de 1882 , citada no livro “Jerusalem and Its Environs: Quarters, Neighborhoods, Villages, 1800-1948”, escrito por Ruth Kark e Michal Oren Nordheim , divide a população de 21 mil pessoas em nove mil judeus , sete mil muçulmanos e cinco mil cristãos .
Mas a partir das últimas décadas do século XIX, a população da cidade iria crescer rapidamente, especialmente a sua população judaica. De acordo com uma estimativa, a partir de 1896 – o ano de filmagem dos irmãos Lumière, a população da cidade dobrou em um tempo muito curto. E Jerusalém era agora o lar de uma esmagadora maioria judaica – de cerca de 45 mil habitantes , 28 mil eram judeus, 8.700 eram cristãos e 8.500 muçulmanos.
Sem surpresa, Jerusalém rapidamente ultrapassou as paredes antigas dos muros da cidade velha que tinham sido fechadas por séculos. Autoridades tiveram de abrir mais portas nos muros da cidade, e novos bairros foram construídos fora dos muros para acomodar a crescente população.
Também houve melhorias significativas em muitos aspectos da vida da cidade – áreas como a segurança pública, administração, saneamento e educação, graças às reformas realizadas por autoridades otomanas e filantropos judeus europeus, ansiosos para apoiar novos imigrantes judeus da cidade.
Podemos ver a evidência dessas mudanças nas cenas gravadas pelos irmãos Lumières em 1896 ? Talvez não. No entanto, podemos vislumbrar um raro momento que registra a vida diária em um tempo que já desapareceu. Os locais são familiares – o portão de Yafo, as ruas estreitas da antiga Jerusalém…
Podemos ver os membros de todas as comunidades religiosas que habitaram a cidade – eles parecem considerar os estrangeiros e sua invenção incomum com igual desconfiança ou desdém. Alguns cobrem seus rostos quando passam pela câmera.
Outros habitantes de Jerusalém eram mais curiosos sobre esta nova tecnologia, como pode ser melhor visto neste último clipe abaixo na visita dos irmãos Lumière à cidade santa. Nesta última compilação de imagens eles filmam a partir de um trem em movimento que sai para o seu próximo destino. Uma pequena multidão de espectadores curiosos acompanha a sua partida.

Espero que vocês tenham gostado das imagens.

Fonte: Conexão Israel