sábado, 27 de setembro de 2014

Eilat do Norte

O ponto mais extremo do sul israelense, que faz fronteira com Egito e Jordânia, é o balneário de Eilat. Seu calor infernal permite aos locais e turistas, do mundo inteiro, pegar praia sempre, inclusive no inverno. Os vários hotéis da cidade movimentam milhões de shekalim por ano. Zona livre de impostos, costuma atrair também consumidores de eletrodomésticos.
De carro, a viagem, da região central até lá, dura por volta de quatro horas. De ônibus, cinco. Há vários voos diários, saindo de Tel Aviv.
A beleza de Eilat, banhada pelo Mar Vermelho, é prejudicada pela distância. Para o israelense comum, até Jerusalém-Tel Aviv já é uma viagem (40 minutos, sem trânsito). É verdade que muitos jovens se reúnem, alugam apartamento, van e passam boa parte das férias lá. Famílias aproveitam mais feriadões, como Pessach (Páscoa Judaica, em março-abril), Sucot (Festa dos Tabernáculos – fim de setembro-outubro) ou Chanuka (dezembro).
Para período curto, apenas fim de semana, há procura, mas somando o preço do avião, fica caro para o pessoal. Qual a solução tomada? Até pensaram em esticar a linha de trem até lá, mas o custo era alto. O projeto ainda está em andamento. Então, resolveram fazer uma Eilat mais perto.
Nahariya se localiza no litoral norte, onde o trem chega. Saindo de Tel Aviv, a viagem de carro dura duas horas, no máximo. O município tem aproximadamente 60 mil habitantes. A avenida beira-mar tem calçadão, circundado por restaurantes, quadras esportivas e hotéis. O Mar Mediterrâneo, mesmo com suas águas quentes, não recebe tantos banhistas no inverno, como no Mar Vermelho, mas garante a diversão das famílias.
Toda a estrutura montada, ao longo dos anos, foi para criar alternativa a longínqua Eilat, mas não foi possível substituí-la. Entretanto, Nahariya é um dos pontos preferidos do turista interno, que deseja descansar, curtir e não gastar tanto. A comida e praia são de primeira. Quem conhece, sabe, mas o povo ainda escolhe a cidade do sul. Não tem problema. Fica uma opção a mais.
Na década passada, boa leva de judeus argentinos veio morar em Nahariya. Escapando da crise financeira que assolou o país sulamericano, encontraram um paraíso, apenas dez quilômetros distante de Rosh HaNikrá, ponto turístico que faz fronteira com o Líbano.
Eilat ou Nahariya? As duas são maravilhosas, mas hoje prefiro a do norte, porque é mais barata, mais perto, posso ir de trem, sem deixar de aproveitar as belezas de sua praia, ficando em um baita hotel.

Fonte: Conexão Israel

Nenhum comentário:

Postar um comentário