quarta-feira, 7 de maio de 2014

O exemplo de Israel

Quando SIC e TVI se preparam para estrear em breve - no caso da TVI muito em breve mesmo com Rising Star - formatos israelitas, vale a pena olhar para a pujante indústria de televisão deste pequeno país de cerca de sete milhões de habitantes, embora a sua influência à escala planetária ultrapasse fronteiras, como é fácil de entender. Afinal, porque são tão interessantes para o Mercado os formatos criados em Israel?
Esta pergunta feita recentemente a executivos da televisão israelita começou por ter uma resposta surpreendente. Eles explicaram que no país a área onde se trabalha melhor, com mais arrojo e inovacão é a informacão - "quase todos os dias temos novos desafios pela frente. Aqui não existe monotonia". Essa dinâmica no jornalismo, segundo alguns observadores, terá estado na origem do desenvolvimento doutros géneros. Antes do grande entretenimento, como é o caso de Rising Star, um programa onde a tecnologia e a interação na hora são elementos verdadeiramente inovadores, Israel desenvolveu excelentes projetos na área da ficção sendo que alguns deles chegaram a Portugal.
A produtora Dori Media, de origem argentina e israelita, criou algumas das novelas e séries mais populares dos últimos anos e a TVI, nomeadamente, comprou e adaptou alguns desses formatos. O exemplo mais conhecido talvez seja a série Ele é Ela, com Marco d"Almeida e Benedita Pereira, adaptada da novela La Lola. Outra série que fez grande sucessso, neste caso na televisão americana, foi In Treatment, com Gabriel Byrne, exibida na HBO e da qual a SIC chegou a ter os direitos de produção para Portugal.
Num país pequeno e com um mercado publicitário à escala, Israel também está habituado a produzir a preços bastante razoáveis e isso é apelativo quando se quer vender para países de maior dimensão. Rising Star, por exemplo, foi comissionado para territórios onde não falta dinheiro para fazer televisão como é o caso do Brasil, onde a Globo já tem o programa no ar. Em Portugal Rising Star significa um passo em frente. É um risco? Claro que sim, mas a televisão faz-se com momentos de rutura.

Fonte: DN Opinião

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