domingo, 6 de outubro de 2013

Organizações religiosas cobram reconhecimento do Estado

O primeiro dia do seminário promovido pelo Coletivo Inter-religioso foi marcado por reflexões que trouxeram à tona o distanciamento do Estado na relação com as organizações religiosas. O evento, que teve início nesta segunda-feira, 30 de setembro, dá continuidade ao debate sobre o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil, e cobra o diálogo permanente entre as organizações religiosas e o Governo.
O “Marco Regulatório – Memória, situação e perspectivas” foi tema de debate que abriu as atividades do seminário, com a presença da pastora Romi Márcia Bencke (Conic), Daniel Rech (CNBB) e Flamarion Vidal Arauto (FEB), com mediação de padre Geraldo Martins (CNBB).
A secretária geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), pastora Romi Márcia Bencke, lembrou que depende do Governo em querer estabelecer parcerias com as organizações da sociedade civil. “O Governo tem sim a opção por interlocutores, mas é preciso saber quem são eles. Há a interlocução com algumas organizações da sociedade civil e religiosas. Mas é necessário prestar atenção no perfil e na proposta dessas organizações”. A pastora Romi também questionou “a quem interessa cada vez mais a fragilização das organizações da sociedade civil”, que estão com seus direitos ameaçados, assim como as entidades religiosas que desenvolvem atividades ecumênicas em conjunto.
Dentro do debate, o representante da Federação Espírita Brasileira (FEB), Flamarion Vidal, fez uma crítica ao entendimento equivocado de Estado laico: “Quando é que o Estado, entendendo haver interesse público, poderá promover suas alianças ou aproximações com as organizações religiosas? Será que estamos tratando de um Estado laico ou um Estado ateísta? Podemos verificar que a posição é ateia, ou seja, há uma equivocada interpretação de que o Estado laico significa não ter religião. Em nosso entender, Estado laico precisa respeitar e garantir todas as religiões”.
 
Fonte: CNBB

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