terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Reencontrar a alma da Europa

Formada em Roma uma Coordenação Européia dos Movimentos pela Vida

Representantes dos movimentos pela vida de 15 países europeus se reuniram em Roma no sábado, dez de dezembro, com a finalidade de “reencontrar a alma da Europa”, propondo iniciativas para dar maior voz ao povo e para favorecer a emersão da cultura pela vida.

Apesar dos berços vazios, o temor do inverno demográfico, as políticas contraditórias que vêm a Europa mais preocupada com os animais do que com as crianças concebidas, os delegados dos Movimentos pela Vida da Europa discutiram como renovar o compromisso na defesa dos direitos humanos e particularmente o direito à vida e a família natural.

A este respeito, foi constituído um comitê preparatório para recolher alguns milhares de assinaturas em pelo menos sete países da Europa com o objetivo de incluir no Tratado de Lisboa, o reconhecimento da pessoa desde a sua concepção.

Na proposta apresentada, Carlo Casini, presidente da Comissão de assuntos Constitucionais do Parlamento Europeu, explicou que “o reconhecimento da dignidade humana e do direito à vida desde a sua concepção é a afirmação que salva os direitos humanos e salva a Europa.”

Os diversos delegados alegaram que “tal reconhecimento é decisivo do ponto de vista jurídico-cultural, não é apenas o ponto de partida para uma correção das leis e da política que ofendem a vida.” Por conseguinte - destacou Casini – “a Europa deve reencontrar a sua alma. E a sua alma é a dignidade de cada ser humano, sobretudo se ela começa na concepção”.

De acordo com várias intervenções, é preciso vencer o silêncio, pois as instituições européias, sobre as questões relativas à vida nascente, assumem uma postura hostil e em alguns casos de autêntica arrogância.

Em resposta a petição de 500.000 cidadãos que solicitava a discussão sobre o reconhecimento da pessoa desde a sua concepção, o órgão competente disse que "a definição do início da vida é de competência exclusiva dos Estados membros".

Casini, que é também presidente do Movimento pela Vida revelou que as contradições no comportamento das instituições européias são evidentes. “A União Européia – afirmou – protege os animais, mas quando se trata de crianças ou crianças concebidas, no melhor dos casos, se cala, enquanto continuam as tentativas para o reconhecimento do aborto como direito humano fundamental”.

“Por isso é evidente - acrescentou Casini – que o reconhecimento da dignidade humana e do direito à vida desde a concepção é a afirmação que salva os direitos humanos e salva a Europa”

Os delegados dos diversos países discutiram especialmente a situação cultural e social fundamental de suas ações.
Não é verdade que os
 Movimentos pela Vida surgiram somente em oposição ao aborto. Na verdade, estes desenvolvem uma atividade em favor da vida, sempre e em qualquer lugar.

Os Movimentos pela Vida recusam a cultura de morte e lutam pela liberdade, o progresso, os direitos de todos, por isso pedem o reconhecimento do ser humano desde sua concepção.

Participaram da reunião os responsáveis da Marcha pela vida de Bruxelas. O Family Center de Zagreb. O presidente da FAFCE – Fédération dês Associations Familiales Catholiques na Europa, o Vice presidente da Union pourLa Viee o presidente da Confederação Nacional das famílias cristãs, francesa. O Vice presidente da Bundesverband Lebensrecht, alemã. O chairman da Dignitatis Humanae Institute, os dirigentes da Pro Life Alliance, do Cristian Concern, do Comment on Reproductive Ethics (CORE) da Grã-Bretanha.

Representando a Itália, juntamente com os diretores do Movimento pela Vida, responsáveis por esta iniciativa; estava o Presidente do Fórum das associações das famílias católicas da Europa (FaFce).

Da Irlanda, os dirigentes da Precious Life Northern Ireland e da Youth Defence Repubblic of Ireland. Da Polônia, os dirigentes da Polish Federation Pro Life. De Portugal, o responsável pela Federação Portuguesa pela Vida. Da Romênia, os responsáveis pelas Associações Pro Vida Homnini e Associatia Darlu Vietii.

Da Eslováquia, os responsáveis do Forun Zivota e Ano pre Zivot. Da Suécia, os membros da direção das associações Pro Vida. Da Ucrânia, o Bispo de Mukachevo e a diretora do Movimento pela vida nacional. Da Hungria, os dirigentes da Associação “Juntos pela Vida” e o Ministro para assuntos sociais e família.
Trata-se de um núcleo forte de representantes de uma Europa que quer renascer e fazer nascer muitos meninos e meninas.

Os representantes dos diversos movimentos participaram da entrega do prêmio “Madre Teresa de Calcutá”, atribuído em memória de Chiara Lubich. Neste domingo, eles participaram do Ângelus com o Papa, que dirigiu a eles a seguinte saudação: - “Tenho o prazer de cumprimentar os representantes dos Movimentos pela Vida de diversos países europeus, reunidos em ocasião do prêmio pela vida “Madre Teresa de Calcutá” atribuído em memória de Chiara Lubich. Caros amigos, no aniversário da Declaração Universal dos direitos humanos, recordemos que o primeiro dentre todos é o da vida. Desejo-lhes tudo de bom pelas vossas atividades.”

Fonte: Zenit

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