domingo, 5 de fevereiro de 2012

O Caminho da Unidade é longo e não devemos desistir

Nas Vésperas da Solenidade da Conversão de São Paulo Apóstolo, que encerrou a XLV Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, Bento XVI pediu que os cristãos perseverem com coragem e generosidade no caminho rumo à unidade.

"Às vezes temos a impressão de que o caminho para a plena restauração da comunhão é ainda muito longo e cheio de obstáculos, mas, apesar disso, eu convido todos a renovar a sua determinação para procurar com coragem e generosidade a unidade que é a vontade de Deus".

E indicou São Paulo como exemplo, porque "diante das dificuldades de todos os tipos, ele sempre manteve uma forte confiança em Deus, que leva a sua obra a cumprimento".

"Nesta jornada, há sinais positivos de um renovado senso de fraternidade e de um sentimento compartilhado de responsabilidade para com os grandes problemas que afligem o nosso mundo".

O bispo de Roma recordou a história de Saulo, " distinguido pelo zelo com que perseguia a Igreja primitiva" e "depois transformado em apóstolo incansável do Evangelho de Jesus Cristo".

O pontífice observou que a conversão de Paulo não é o resultado de uma longa reflexão interior, nem fruto de esforço pessoal. "Foi antes de tudo pela graça de Deus, que agiu de acordo com os seus caminhos inescrutáveis".

Por isso é que Paulo escreveu em Gálatas: "Já não vivo eu, mas é Cristo quem vive em mim, e esta vida, que eu vivo na carne, eu a vivo pela fé no Filho de Deus que me amou e se entregou por mim" (Gal 2,20).
A transformação de Paulo, segundo o papa, "não se limita ao âmbito ético, tal como a conversão da imoralidade à moralidade, nem ao plano intelectual, como uma mudança na maneira de compreender a realidade, mas, antes, é uma renovação radical do próprio ser, similar, em muitos aspectos, a um renascimento".

"À medida que elevamos a nossa oração, temos a confiança de ser transformados e conformados à imagem de Cristo", o que "é especialmente verdadeiro na oração pela unidade dos cristãos".
Quanto à unidade das igrejas, o papa afirmou que, "mesmo experimentando a situação atual de dolorosa divisão, nós, cristãos, podemos e devemos olhar para o futuro com esperança", porque "a presença de Cristo ressuscitado chama todos os cristãos a agir em conjunto pela causa do bem. Unidos em Cristo, somos chamados a partilhar da sua missão, que é a de levar esperança até onde dominam a injustiça, o ódio e o desespero".

O papa explicou ainda que a espera pela unidade visível da Igreja deve ser paciente e confiante e que "a atitude de espera paciente não significa passividade ou resignação, mas uma resposta pronta e alerta para qualquer possibilidade de comunhão e de fraternidade que o Senhor nos dá".
"Tudo é motivo de grande esperança e alegria, e deve nos encorajar a continuar o nosso compromisso de alcançar a linha de chegada juntos, sabendo que o nosso trabalho não é vão no Senhor (cf. 1 Cor 15,58 )", concluiu o Santo Padre.

Fonte: Zenit

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