quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Armas: Organizações religiosas contra comércio «irresponsável» de armamento

Declaração conjunta pretende sensibilizar líderes políticos antes da definição de um tratado sobre esta matéria, previsto para 2012

Organizações religiosas de todo o mundo estão a unir esforços para apoiar o surgimento de um “acordo forte e efetivo” sobre o Comércio de Armas, diploma que está a ser debatido em sede das Nações Unidas.

De acordo com um comunicado da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), enviado hoje à Agência ECCLESIA, está neste momento a circular uma “declaração inter-religiosa” dedicada a este tema, que já foi assinada por dezenas de responsáveis e instituições.

“Levantamos a nossa voz coletiva para clamar que todos os governos trabalhem conjuntamente para salvar vidas e findar o sofrimento humano causado pela transferência irresponsável de armas convencionais”, pode ler-se no texto.

A iniciativa partiu de uma ação de sensibilização da organização “Control Arms”, que entre 21 de setembro e 1 de outubro está a encorajar atividades que favoreçam uma ação mais eficaz neste âmbito.
Depois de reuniões preparatórias em 2010 e 2011, para o próximo ano está prevista a negociação de um Tratado sobre o Comércio de Armas (ATT).

“No mínimo, o ATT deverá estabelecer que nenhuma transferência internacional de armas e munições possa ocorrer se houver risco substancial de o armamento ser utilizado em violações dos direitos humanos”, sublinham as organizações religiosas.

Segundo o Observatório Permanente para a Produção, Comércio e Proliferação das Armas Ligeiras, criado pela CNJP em 2004, o número de armas de fogo e de munições apreendidas ou entregues tem vindo a crescer em Portugal.

Só em 2010, foram registadas cerca de 3,2 milhões de munições, número superior em “cerca de 12 % ao total das apreensões/entregas de munições realizadas entre 2005 e 2009 (2,9 milhões)”.

Fonte: Eclésia

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