sábado, 28 de abril de 2012

Israel: Monte do Templo

O Monte do Templo é o lugar religioso de maior importância no Mundo para Judeus e Cristãos, e segundo a tradição muçulmana o terceiro lugar em importância para o mundo islâmico. O Monte do Templo (em hebraico: הר הבית, transl. Har Ha-Bayit), em alusão ao antigo templo, pelos judeus e cristãos, e Nobre Santuário (الحرام الشريف, transl. Al-Haram ash-Sharif) pelos muçulmanos. É também conhecida como a Esplanada das Mesquitas pelos árabes, e considerado um lugar sagrado para muçulmanos e judeus e é um dos locais mais disputados do mundo.

Muçulmanos e judeus da idade média acreditam que sob seus escombros está escondido o Templo de Salomão. Os templos sobre as rochas que encontram-se no local foram construídos pelos muçulmanos e é o terceiro local mais sagrado do islamismo, referência a viagem até Jerusalém e a ascensão de Muhammad ao paraíso que foram fruto apenas de uma visão em um sonho de Maomé. O local é também associado a vários profetas judeus, sendo que os próprios muçulmanos consideram estes profetas judeus como muçulmanos. Lá localiza-se a Mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha, construídas ambas no século VII, uma das estruturas mais antigas do mundo muçulmano. O Monte do Templo é o lugar mais sagrado do judaísmo, já que no Monte Moriá se situa a história bíblica do sacrifício de Isaac. O lugar da "pedra do sacrifício" (a Sagrada Pedra de Abraão), o local foi eleito pelo rei Davi para construir um santuário que abrigasse o objecto mais sagrado da fé judaica, a Arca da Aliança. As obras foram terminadas por Salomão, o filho de Davi, no que se conhece como Primeiro Templo ou Templo de Salomão e cuja descrição só conhecemos através da Bíblia, resistindo no local por cerca de mais de 400 anos e sendo profanado e destruído por Nabucodonosor II em 587 a.C., dando início ao exílio judaico na Babilónia. No Novo Testamento há também muitas e importantes passagens que relatam milagres e ensinamentos de Jesus na localização e dentro do Templo de Jerusalém. Alguns anos depois foi reconstruído o Segundo Templo, que resistiu alí também por mais de 400 anos, sendo que voltou a ser destruído em 70 E.C. pelos romanos, afim de conter a revolta judaica. Com a excepção do muro ocidental, conhecido como Muro das Lamentações, que ainda se conserva e que constitui o lugar de peregrinação mais importante para os judeus. Segundo a tradição judaica, neste mesmo local deverá construir-se o terceiro e último templo nos tempos do Messias. História O Monte do Templo, conhecido como Monte Moriah é na realidade o local onde Abraão, o Pai da fé teria oferecido seu filho Isaque a Adonai, recebendo como resposta de que não havia necessidade do sacrifício e que um cervo havia sido lhe entre em substituição. Além deste fato, segundo as Escrituras Sagradas, no mesmo local ficava localizada o celeiro de Araúna e seu campo de trigo, local onde o Rei Davi ofereceu o sacrifício ao Senhor afim de que a praga cessasse sobre a cidade de Jerusalém.

Desta forma havia compreendido Davi de que este era o local que Adonai havia escolhido entre todas as tribos de Israel para pôr ali o seu nome e sua arca para sempre. Neste mesmo local foram construídos posteriormente o Primeiro Templo sob o comando do Rei Salomão e o Segundo Templo sob o comando de Zorobabel que foi reformado e ampliado por Herodes o Grande. Com a queda de Jerusalém e a Queima do Templo no ano 70 E.C os judeus perderam seu principal local de culto e foram proibidos de residirem em Jerusalém por centenas de anos, sendo que este local caiu nas mãos dos romanos que construíram ali um templo a Zeus que posteriormente foi destruído e mais tarde no local foram construídas as duas mesquitas que resistem até os dias de hoje. O Califa Omar ordenou a construção de uma mesquita ao lado sudeste do local, em direção a Meca, somente 78 anos após isto foi concluída a mesquita de al-Aqsa. A construção original ficou conhecida por ter sido feito de madeira. Em 691 uma mesquita octogonal com uma cúpula foi construída sobre as rochas, chefiada pelo califa Abd al Malik, ficando o santuário conhecido como a Domo da Rocha (Qubbat as-Sakhra قبة الصخرة). Sua cúpula em si foi coberta de ouro somente em 1920. Em 715, os omíadas liderados pelo califa al-Walid I, construíram um templo nas proximidades de Chanuyos, que deram o nome de al-Masjid al-Aqsaالمسجد الأقصى, a al-Aqsa ou traduzido "a mais distante mesquita ", correspondente à crença muçulmana da lendária jornada noturna no relato do Alcorão e hadith feita por Muhammad(Maomé). O termoal-Haram al-Sharifالحرم الشريف (Santuário Nobre) refere-se a toda a área que circunda a rocha, como foi chamado mais tarde pela mamelucos e Império Otomano.

Após o local ter sido conquistado pelos cruzados, Saladino reconquistou Jerusalém e os templos em 2 de outubro de 1187, através do Cerco a Jerusalém. Antes da queda pelos cristãos, Saladino ofertou generosos termos de rendição, os quais foram rejeitados. Após o cerco ter iniciado, ele ofereceu 25% do reino de Jerusalém ao povo cristão, que também foi rejeitado, porém após a morte de uma série de muçulmanos (estima-se 5.000), as forças cristãs lideradas por Balião de Ibelin iniciaram a destruição dos locais sagrados muçulmanos localizados na Esplanada das Mesquitas, o que gerou a revolta entre os muçulmanos. Após a captura de Jerusalém, Saladino convidou os judeus a voltarem a cidade, sendo que estes anteriormente foram expulsos pelos cristãos. Os judeus de Ashkelon, uma grande população judaica, aceitaram este convite e voltaram a viver em Jerusalém. História recente

Frequentemente o acesso aos templos é bloqueado por questões de segurança (o que algumas organizações vêem como violações aos direitos humanos), porém em determinadas ocasiões do ano o acesso de fiéis oriundos da Cisjordânia é liberado pelo exército israelense; durante o Ramadã de 2008, por exemplo, o então ministro da defesa do país, Ehud Barak, permitiu o acesso, durante as reuniões de sexta-feira, apenas de homens entre 45 e 50 casados, mulheres de 30 e 45 anos, além de homens com mais de 50 e mulheres com mais de 45 anos. Segundo a ortodoxia judaica, os judeus não devem subir ao Monte do Templo porque o consideram um lugar sagrado profanado e porque poderiam, sem querer, violar o Santo dos Santos do antigo templo, isto é, a zona do mesmo cuja entrada só estava permitida ao Sumo Sacerdote. Os conflitos na região ocorrem constantemente devido a falsas acusações dos muçulmanos de Israel põem em risco o local com escavações arqueológicas, mas no ano de 2007 foram os muçulmanos que fizeram escavações e construções ilegais, ampliando o número de mesquitas no local para três e causando a destruição de milhares de raridades arqueológicas que se encontravam no sub-solo.

Fonte: Cafetorah

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