Em um artigo surpreendente que foi
publicado pela Universidade de Oxford, arqueólogos afirmam ter provas de que
ossos encontrados em uma igreja localizada em uma pequena ilha na Bulgária
podem ser nada menos do que de João Batista, o último dos profetas.
Segundo o relatório da pesquisa
realizada, os ossos teriam sido encontradas na igreja de Sveti Ivan, em uma
pequena ilha na Bulgária, cuja tradução literal seria São João.
Uma das teorias é de que ossos teriam
chegado ali, segundo os historiadores, após terem sido retirados da cidade de
Antioquia na Turquia, onde segundo a tradição teriam permanecido ali até o
século X.
A equipe de análise de carbono
pensava inicialmente que os ossos fosse bem mais modernos, talvez do século III
ou IV da era cristã, mas eles erraram em sua previsão. Após terem achado um
único osso contendo a quantidade ideal de colágeno para análise, o resultado
foi surpreendente, o osso é original do primeiro século.
Além deste resultado assustador, os
cientistas conseguiram constatar através da formação básica do DNA de que a
origem de um indivíduo é do Oriente Médio. Análises mais precisas ainda
indicaram que se trata de um indivíduo do sexo masculino e não de uma mulher.
Juntamente com o falange que foi
analisada, foram encontrados outras partes do corpo, entre elas uma parte do
cranio, uma porção da face. Eles também reconstruiram a seqüência completa do
genoma do DNA mitocondrial de três dos ossos humanos o que estabeleceu que os
ossos eram todos do mesmo indivíduo.
Os arqueólogos búlgaros que escavaram
os ossos, também encontraram uma caixa de tufo pequeno (feito de cinza
vulcânica endurecida), próximo ao sarcófago. A caixa de tufo tem inscrições em
grego antigo que diretamente mencionam a João Batista e seu dia santo, um texto
pedindo a Deus para "ajudar o seu servo Tomé. Há uma teoria de que Tomé
havia recebido a importante tarefa de trazer estas relíquias para a ilha.
Uma análise da caixa mostrou que a
caixa de tufo tem uma alta qualidade à prova d'água e é provavelmente tem sua
origem na Capadócia, uma região da moderna Turquia, onde a mão direita de São
João foi mantido até o décimo século.
Em um outro estudo separado, outro
pesquisador de Oxford, Dr. Georges Kazan descobriu em documentos históricos que
na segunda metade do quarto século, monges teriam retirado as relíquias de João
Batista de Jerusalém, o que incluía uma parte do crânio. Estas relíquias teriam
sido levadas para Constantinopla pelo imperador romano que construiu uma igreja
para abrigá-los no império. Outras pesquisas pelo Dr. Kazan sugere que o
relicário usado para contê-los pode ter sido parecido com o caixão em forma de
sarcófago descoberto em Sveti Ivan.
Registros arqueológicos e escritos
sugerem que estas relíquias foram inicialmente desenvolvidas e usadas em Constantinopla
pela elite da cidade dominante na época em que as relíquias de João Batista
teriam chegado lá.
Dr. Kazan declarou que a sua pesquisa
sugere que durante o século V ou início do sexto, o mosteiro de Sveti Ivan pode
muito bem ter recebido uma parte significativa das relíquias de João Batista.
Obviamente que todas as revelações
científicas não são a prova exata de que se trata realmente dos verdadeiros
ossos do último dos profetas, mas diante dos fatos, ninguém também pode negar
que a possibilidade é bem grande.
A análise científica das relíquias que foram empreendidas por
Tom Higham e Christopher Ramsey, em Oxford, e seus colegas em Copenhague foi
apoiada pela National Geographic Society. E o artigo completo foi levado ao ar
no documentário "A Cabeça de João Batista", ás 20:00 em 17 de junho
de 2012 em Londres, no Reino Unido.
Fonte: Cafetorah
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