terça-feira, 19 de junho de 2012

Semana do Migrante discute o direito à saúde conforme CF2012


O Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM) está lançando entre os dias 17 e 24 de junho, a 27ª Semana do Migrante, com o tema “Migração e Saúde”, e o lema “Conquistar Direitos é defender a Saúde”. Inspirada na Campanha da Fraternidade deste ano, a Semana do Migrante quer motivar as comunidades cristãs e amplos setores da sociedade civil a refletirem, celebrarem e se mobilizarem sobre o direito à saúde de diferentes categorias de milhares de migrantes.
Frequentemente ignorados e vivendo com frequência nos espaços segregados das nossas cidades, trabalhando e morando em condições insalubres, os migrantes são vítimas potenciais de várias doenças. Nas periferias das cidades são atingidos pelos problemas de saneamento básico, e convivem com a precariedade do atendimento público à saúde. Os trabalhadores rurais temporários, no isolamento das fazendas, sob um trabalho estafante, sofrem com o descaso dos seus empregadores, que em vários casos os leva à morte ou à invalidez precoce.
Os imigrantes hispano-americanos, nas grandes metrópoles, clandestinos em sua maioria, são vítimas de doenças respiratórias como a tuberculose. Mais grave é a situação em que se encontram os membros mais frágeis das famílias migrantes, as mulheres, os idosos e as crianças.
O presidente do Serviço Pastoral dos Migrantes e bispo de Pesqueira (PE), dom José Luiz Ferreira Salles, destaca que para viver com intensidade a temática proposta pela Semana do Migrante, temos que ter “diante dos olhos e do coração a atitude do Bom Samaritano que nos mostra a importância de cuidar da vida mais frágil, em situação de vulnerabilidade, machucada, abandonada à beira do caminho, e sermos agraciados com a alegre descoberta de que Cristo está presente neles e nos diz: ‘Fui estrangeiro e me acolheste’ (Mt 25, 35)”.
“Frente a essa realidade é que surge o clamor pelo respeito dos direitos fundamentais de toda pessoa humana, também dos migrantes, deslocados e estrangeiros, que vivem e trabalham precariamente em nosso país. O atendimento da saúde do migrante é uma expressão de fraternidade para com aqueles que são diferentes de nós, mas gozam da mesma dignidade de filhos de Deus”, destacou a secretária executiva do Setor de Mobilidade Humana da CNBB, irmã Claudina Scapini.
Fonte: CNBB

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