O Serviço Pastoral dos Migrantes
(SPM) está lançando entre os dias 17 e 24 de junho, a 27ª Semana do Migrante,
com o tema “Migração e Saúde”, e o lema “Conquistar Direitos é defender a
Saúde”. Inspirada na Campanha da Fraternidade deste ano, a Semana do Migrante
quer motivar as comunidades cristãs e amplos setores da sociedade civil a
refletirem, celebrarem e se mobilizarem sobre o direito à saúde de diferentes
categorias de milhares de migrantes.
Frequentemente ignorados e vivendo
com frequência nos espaços segregados das nossas cidades, trabalhando e morando
em condições insalubres, os migrantes são vítimas potenciais de várias doenças.
Nas periferias das cidades são atingidos pelos problemas de saneamento básico,
e convivem com a precariedade do atendimento público à saúde. Os trabalhadores
rurais temporários, no isolamento das fazendas, sob um trabalho estafante,
sofrem com o descaso dos seus empregadores, que em vários casos os leva à morte
ou à invalidez precoce.
Os imigrantes hispano-americanos, nas
grandes metrópoles, clandestinos em sua maioria, são vítimas de doenças
respiratórias como a tuberculose. Mais grave é a situação em que se encontram
os membros mais frágeis das famílias migrantes, as mulheres, os idosos e as
crianças.
O presidente do Serviço Pastoral dos
Migrantes e bispo de Pesqueira (PE), dom José Luiz Ferreira Salles, destaca que
para viver com intensidade a temática proposta pela Semana do Migrante, temos
que ter “diante dos olhos e do coração a atitude do Bom Samaritano que nos
mostra a importância de cuidar da vida mais frágil, em situação de vulnerabilidade,
machucada, abandonada à beira do caminho, e sermos agraciados com a alegre
descoberta de que Cristo está presente neles e nos diz: ‘Fui estrangeiro e me
acolheste’ (Mt 25, 35)”.
“Frente a essa realidade é que surge
o clamor pelo respeito dos direitos fundamentais de toda pessoa humana, também
dos migrantes, deslocados e estrangeiros, que vivem e trabalham precariamente
em nosso país. O atendimento da saúde do migrante é uma expressão de
fraternidade para com aqueles que são diferentes de nós, mas gozam da mesma
dignidade de filhos de Deus”, destacou a secretária executiva do Setor de
Mobilidade Humana da CNBB, irmã Claudina Scapini.
Fonte: CNBB
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