terça-feira, 1 de maio de 2012

Papa: "Viajar, caminho que nos leva ao encontro de Deus"

Iniciou-se em 23 de abril o VII Congresso Mundial da Pastoral do Turismo, em Cancún (México), e nesta ocasião, foi divulgada uma mensagem enviada pelo Papa ao Presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, Cardeal Antonio Maria Veglió, e ao Bispo Prelado de Cancún-Chetumal, Dom Pedro Pablo Elizondo Cárdenas.

Na mensagem, Bento XVI lembra que a Igreja sustenta e promove as potencialidades do turismo e, ao mesmo tempo, assinala os seus riscos e desvios, empenhando-se em corrigi-los.

Ressaltando que o turismo, é um espaço privilegiado para o restabelecimento físico e espiritual, facilita o encontro entre pessoas de culturas diversas e torna-se ocasião de contato com a natureza, Bento XVI afirma que viajar favorece a escuta e a contemplação, a tolerância e a paz, o diálogo e a harmonia no meio da diversidade.

“Viajar é manifestação do nosso ser homo viator, enquanto reflete aquele outro itinerário, mais profundo e significativo, que somos chamados a percorrer: o caminho que nos leva ao encontro de Deus”.

Mas o Papa ressalva que “como toda a realidade humana, o turismo não está isento de perigos nem de elementos negativos; males que temos de enfrentar urgentemente, porque lesam os direitos e a dignidade de milhões de homens e mulheres, especialmente pobres, menores e deficientes”.

“O turismo sexual devasta, do ponto de vista moral, psicológico e clínico, a vida das pessoas; o tráfico de seres humanos por motivos sexuais ou para transplante de órgãos, a exploração de menores, o abuso e a tortura verificam-se, infelizmente, em muitos contextos turísticos”.

Neste sentido, o Papa apela às pessoas que pastoralmente ou por motivos de trabalho se consagram ao mundo do turismo, e à comunidade internacional, para aumentarem a vigilância para prevenir e contrastar estas aberrações.

Bento XVI indicou, por fim, três âmbitos nos quais a pastoral do turismo deve centrar a sua atenção: Em primeiro lugar, “iluminar este fenômeno com a doutrina social da Igreja, promovendo uma cultura do turismo ético e responsável.

Em segundo lugar, a ação pastoral nunca deve esquecer o “caminho da beleza”: “É importante cuidar do acolhimento e organizar as visitas turísticas sempre dentro do respeito devido ao lugar sagrado e à função litúrgica”.

E, em terceiro lugar, “a pastoral do turismo deve acompanhar os cristãos no gozo das suas férias e tempo livre a fim de que seja proveitoso para o seu crescimento humano e espiritual”. Ou seja, que as férias sejam um “tempo oportuno para relaxar o corpo e nutrir o espírito com períodos mais amplos de oração e de meditação, a fim de crescer na relação pessoal com Cristo e se conformar cada vez mais aos seus ensinamentos”.

Em síntese, Bento XVI recorda que, no contexto da nova evangelização, é necessário colher a ocasião que o turismo oferece para apresentar Cristo como resposta suprema às questões do homem atual. E exorta todos a fim que a pastoral do turismo faça parte da pastoral orgânica e ordinária da Igreja.

Fonte: Rádio Vaticano

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